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O Mistério do Relógio na Parede: magia para crianças | Crítica

Está aberta a temporada de lançamentos com temática de Halloween em 2018. E o primeiro filme é: O Mistério do Relógio na Parede, um longa direcionado ao público infantil, com sustinhos engraçados e com um toque de nostalgia para o público adulto. A produção chega aos cinemas de todo o Brasil no dia 20 de setembro.

Acompanhamos as mudanças na vida de Lewis (Owen Vaccaro) quando ele precisa começar a viver com seu tio Jonathan (Jack Black, Jumanji: Bem-vindo à Selva) após a morte de seus pais. Na casa super assustadora e coberta por relógios, Lewis também conhece a senhorita Zimmerman (Cate Blanchett, Thor: Ragnarok), uma vizinha que só usa roxo e faz os melhores biscoitos de chocolate.

Claro que nada é tão simples quanto parece e Lewis vai descobrir os mais diferentes mistérios na casa. Os mais diferentes mistérios mesmo: desde zumbis até cadeiras enfeitiçadas e um tipo de grifo feito completamente de plantas. Tudo pode ficar bem confuso, e bem rápido.

O filme se passa no ano de 1955, em Michigan, então ele trata em diferentes momentos sobre como a guerra mudou a vida das pessoas e é um detalhe muito sensível do roteiro. Mais do que criar um vilão sem um motivador, O Mistério do Relógio na Parede trabalha com pessoas que viram coisas horríveis acontecendo e que mudaram em decorrência disso. Ótima ideia para sintetizar um roteiro (quase parecido com o que Stephen King faz, mostrando que o pior não são os monstros e sim as pessoas. Ou qualquer episódio de Scooby-Doo, você escolhe), porém, ele se perde no fato de que é um filme infantil.

Nada grita mais Halloween do que Jack O’ Lanterns

O engraçado sobre esse filme é que passei as quase duas horas dele tentando sintetizar em uma frase para os stories – inclusive, se você ainda não segue a Vigília no Instagram, clique aqui para mudar isso – e a melhor explicação sobre ele é: O Mistério do Relógio na Parede é uma junção de Nanny McPhee – A babá encantada (Kirk Jones, 2005) e o episódio do Chirrin Chirrion do Diabo do Chapolin. É uma mistura de steam punk leve, uma casa muito louca, umas magias infundadas, uns bonecos assustadores e comédia ao mesmo tempo. Mas não me entenda mal: não é um filme ruim, inclusive, é divertido. Só é bastante confuso em alguns momentos.

Talvez uma das coisas que mais me incomodou foi a atuação de Owen Vaccaro (que primeiro achei que fosse o indicado ao Oscar Jacob Tremblay e fiquei muito preocupada). Não sei se o ator infantil ainda não tem o necessário para fazer o público se conectar com ele ou se ficar entre Jack Black e Cate Blanchett ofuscou o desempenho dele, porém, na maior parte do tempo, ele só parece perdido nas cenas.

Vai dizer que Owen Vaccaro não parece Jacob Tremblay?

O Mistério do Relógio na Parede tem alguns momentos de jumpscare que deixam o filme divertido em sua maneira única. Também é legal lembrar que o diretor Eli Roth é responsável por filmes como O Albergue (2005), Canibais (2013) e do fatídico remake de Desejo de Matar (2018), então de filmes estranhos e com sustos ele entende bem.

A dica é: não levem crianças muito pequenas, talvez seja um pouco assustador demais para o público muito mais jovem. O mistério do relógio na parede é um filme divertido para assistir com a família, aproveitar a comédia batida, não pensar e começar a temporada de filmes de Halloween.

A Vigília recomenda!

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