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O futuro da Marvel no cinema é pura diversidade (com multiversos) | Opinião

Atenção, texto com spoiler de Vingadores: Ultimato

Fechado o ciclo com Vingadores: Ultimato, abrem-se as portas para o futuro do MCU, o Marvel Cinematic Universe, ou só Universo Cinematográfico da Marvel (UCM), como preferir. E quando se poderia pensar numa possível estafa de filmes de super-heróis, ou mesmo crer que nada poderia ser maior que a grande celebração que foi Ultimato, o ápice de 11 anos de um mundo composto por 22 filmes, a Casa das Ideias chega de sola e nos prepara um terreno ainda mais promissor, cheio de diversidade (haters gonna hate) e pasmem, multiversos.

Começamos pelos multiversos. Eles serão uma realidade, é claro, se não houver uma grande pegadinha no trailer de Homem-Aranha: Longe de Casa. É nele que um transformado Peter Parker (Tom Holland) questiona Nick Fury (Samuel L. Jackson) sobre de onde vem o novo personagem Mysterio (Jake Gyllenhaal). “O estalo de dedos abriu um buraco na nossa dimensão”, diz o chefe caolho dos heróis mais poderosos da Terra. A pergunta do Aracnídeo não deixa por menos: “Tá dizendo que existe um multiverso?”. Curiosamente, essa dica veio antes com um filme da Sony/Marvel Studios. Aliás, um dos melhores filmes de super-heróis de todos os tempos e justamente contemplado com o Oscar de Melhor Animação: Homem-Aranha no Aranhaverso. O longa que colocou uma infinidade de realidades alternativas e uniu as mais diferentes versões do cabeça-de-teia em uma linda e colorida aventura ajudou a abrir e criar uma oportunidade talvez já prevista pelos irmãos Russo e toda a equipe de Kevin Feige (o chefão da Marvel Studios). Quase como uma forma de “educar” o novo público. É bem fácil imaginar que as ideias andavam lado a lado já nessas duas produções, mesmo com um segundo estúdio na parada. Mas isso não é informação, apenas opinião.

O céu deixou de ser um limite, desde que este diálogo não seja uma pegadinha

E será justamente em Homem-Aranha: Longe de Casa (novamente nas mãos do competente Jon Watts) que teremos a possibilidade de ver as consequências de tantos estalos de dedos com as jóias do infinito. Foram três desde Vingadores: Guerra Infinita (Thanos, Hulk e Homem de Ferro). Com a (quase) certeza dos multiversos estabelecidos, o céu é o limite. Ou melhor, não há céu que segure as possibilidades. Teremos a apresentação de Miles Morales, do qual já tínhamos uma pista no filme anterior do Aranha? Mutantes no MCU? A apresentação do Quarteto Fantástico? Tudo é uma incógnita, ou quase tudo. O que sabemos com a divulgação do novo calendário da Disney é que teremos uma longa e rica nova fase da Marvel no Cinema (a fase 4). Já podemos contar: Guardiões da Galáxia vol. 3 (o roteiro de James Gunn já está pronto e ele voltou pra Marvel), ou os Asgardianos da Galáxia, já que Thor parte com eles. O filme solo da Viúva Negra (uma incógnita saborosa deixada por Ultimato), Doutor Estranho 2 (o diretor Scott Derrickson já andou dando algumas pistas no Twitter), Pantera Negra 2 (com a volta de Ryan Coogler), o retorno da Capitã Marvel (outro sucesso de 1 bilhão de dólares), e uma provável estreia do Mestre do Kung Fu. Enfim… as cartas estão na mesa, ainda que nada tenha sido “oficializado”. São seis “rumores” ou opções, para sete datas já confirmadas.

Valquíria, a rainha de nova Asgard

Além da próxima fase do MCU, temos também um legado para este futuro. E esse futuro é ainda mais diverso do que se podia imaginar. A diversidade que reflete o mundo em que vivemos. Ela veio para ficar no Universo Marvel. Aliás, essa é uma tônica histórica da Casa das Ideias. Desde sua fundação. O mundo de Stan Lee, Jack Kirby e companhia sempre espelhou realidades da sociedade contemporânea. Pantera Negra, Capitã Marvel são provas recentes disso. E falamos em diversidade, falamos também em representatividade. Colocar personagens com as mais variadas características, gêneros, cores e culturas. Pluralidade mesmo. Vida como vemos nas ruas.

A contar, as pontas fechadas em Ultimato nos levam para: um Capitão América negro (Falcão de Sam Wilson), o primeiro personagem assumidamente homossexual (papel de Joe Russo durante a terapia de grupo com Capitão América), uma Valquíria, a Rainha de Nova Asgard provavelmente bissexual (muita gente já andou shippando ela com a Capitã Marvel), uma bola picando para um filme com o grupo de heroínas (o que seria uma adaptação da Força V, ou A-Force) e uma Capitã Marvel cheia de si para comandar a equipe. E não para por aí, temos um quase certo Mestre do Kung-Fu para trazer novas culturas orientais para um dos mais ricos universos cinematográficos já vistos. Acabou? Ainda não. Os próprios irmãos Russo já deixaram aberta a possibilidade de um herói se assumir como gay.

Como falei, o futuro é diverso na Marvel. Mais do que isso. Multidiverso.

Quer mais? Temos o leque de séries para o Disney+. Mais espaço para esse universo expandido que não para de crescer. Soldado Invernal e Falcão, Loki, Feiticeira Escarlate e Visão… uma série do Gavião Arqueiro…

O céu já deixou de ser o limite no MCU faz tempo.

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