Televisão

O Cravo e a Rosa estreia novo horário de novelas na TV Globo

No ano em que se celebra os 70 anos na telenovela no Brasil, a TV Globo estreia em sua grade de programação um novo horário destinado ao gênero. A partir de segunda-feira, dia 6 de dezembro, uma obra de grande sucesso que divertiu milhões de espectadores volta a ser exibida nas tardes da emissora: O Cravo e a Rosa.

A novela de Walcyr Carrasco (Verdades Secretas), com direção-geral de Walter Avancini e Mário Márcio Bandarra, irá ao ar de segunda a sexta-feira, após o Jornal Hoje. Na sequência, os grandes sucessos do Sessão da Tarde e, logo depois, o tradicional Vale a Pena Ver de Novo segue trazendo as grandes obras da dramaturgia, agora, privilegiando a reexibição de novelas originalmente exibidas às nove horas.

O Cravo e a Rosa

Comédia romântica inspirada no clássico A Megera Domada, de William Shakespeare, e com referências da novela O Machão, de Ivani Ribeiro, O Cravo e a Rosa é ambientada na São Paulo dos anos 1920 e narra o tumultuado romance entre o rude caipira Julião Petruchio (Eduardo Moscovis) e a geniosa Catarina Batista (Adriana Esteves), mulher rica e moderna, com ideais feministas. Filha do banqueiro Nicanor Batista (Luís Melo), ela é conhecida como ‘‘fera’’ por botar todos os seus pretendentes para correr.
Catarina esbarra na teimosia cínica de Petruchio que, inicialmente, decide conquistá-la para salvar sua fazenda de ser leiloada com o dote do casamento. Em meio às contradições, eles acabam se apaixonando, mas não dão o braço a torcer e vivem às turras, protagonizando cenas muito divertidas, com discussões e brigas vulcânicas.

Além da história central, a novela conquistou o público com as tramas paralelas e diversos personagens caristmáticos, repletos de humanidade. O triângulo amoroso entre a irmã de Catarina, Bianca (Leandra Leal), o professor Edmundo (Ângelo Antônio) e o interesseiro Heitor (Rodrigo Faro), inspirado na peça Cyrano de Bergerac, escrita em 1897 pelo francês Edmond Rostand, também movimenta os capítulos.

A relação do submisso Cornélio (Ney Latorraca) com a dissimulada e ambiciosa Dinorá (Maria Padilha) garantem momentos impagáveis. Ele morre de medo da esposa e, como um cordeirinho, faz tudo o que ela quer, inclusive cuidar da gata da sogra, Josefa (Eva Todor), mesmo tendo alergia a gatos.

O bom-humor da trama é destacado especialmente no núcleo da fazenda de Petruchio, que mostra a vida na roça do interior de São Paulo. Calixto (Pedro Paulo Rangel) é como um pai para Petruchio, o que não impede que seja chamado de “asno” durante os acessos de fúria do patrão. Neca (Ana Lúcia Torre), fiel criada da fazenda, está sempre às turras com Calixto. Lindinha (Vanessa Gerbelli), sobrinha de Calixto criada desde pequena na fazenda, é apaixonada por Petruchio, que a trata como irmã. Para conquistá-lo, ela é capaz de qualquer golpe baixo. A jovem é o amor da vida de Januário (Taumaturgo Ferreira), um caipira ingênuo e de bom caráter, mas ela o humilha sempre que possível. No decorrer da trama, para separar Catarina de Petruchio, Lindinha se alia a Marcela (Drica Moraes), filha do poderoso fazendeiro Joaquim (Carlos Vereza). Ela chega da Europa disposta a conquistar o caipira, por quem se apaixonou no passado. As duas criam diversas armadilhas que acentuam ainda mais o temperamento explosivo do casal protagonista, garantindo novos momentos de muita diversão.

A abertura da novela foi escolhida como a melhor do ano de 2001 pelo júri do II Festival Latino-Americano de Cine Vídeo, no Mato Grosso do Sul. Inspirada em fotos e filmes do início do século, traz um camafeu dourado que gira no ar e, a cada volta, mostra imagens em preto e branco com aparência de película antiga, típicas do cinema mudo, de vários personagens da trama, em especial Petruchio e Catarina.

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