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O Castelo de Vidro: Memórias familiares da jornalista Jeannette Walls viram emocionante adaptação

Crítica por Luana Chinazzo

“Não julgue o livro pela capa” diz o ditado popular que eu resolvi ignorar quando encontrei a obra de Jeannette Walls pela primeira vez em uma livraria sem nunca ter ouvido falar da autora. Comprei o livro pela sua capa e pelo trecho tocante na contracapa. Não me arrependi! Ao contrário, a história, lida em 2014, me marcou, e foi uma feliz surpresa saber que chegaria aos cinemas.

Capa do livro de memórias de Jeannette Walls

O Castelo de Vidro é uma dessas narrativas que te ilumina por dentro e te faz repensar os objetivos de vida e as relações familiares. O filme homônimo, do diretor americano Destin Daniel Cretton (Temporário 12), conseguiu entregar bem a mensagem desejada por meio de um enredo muito bem adaptado e atores talentosos. Brie Larson (Oscar de melhor atriz por O Quarto de Jack), protagoniza o filme levando toda sua sensibilidade emocional à jornalista Jeannette que narra sua infância, as  relações com os pais e os irmãos e as escolhas tomadas pelos membros da família; Naomi Watts (O Chamado; O Impossível; King Kong), como a mãe da protagonista, também emprega uma ótima atuação, com destaque especial à caracterização muito real da atriz quando a personagem atinge uma idade avançada; e Woody Harrelson (Assassinos Por Natureza; Jogos Vorazes) está impecável na pele do pai alcoólatra e sonhador.

No enredo do drama, a protagonista conta a história dela e dos irmãos criados por pais excêntricos, em um ambiente de pobreza e constantes mudanças domiciliares. Ao longo do filme, percebemos que as dinâmicas familiares são impactadas pelas vivências e muitas de nossas características têm raízes em nossa criação. No fim, a grande moral da história é que o que você considera o teto de vidro de seu Castelo pode ser sua maior fortaleza.

Família Walls da adaptação

Saí muito satisfeita da sala de cinema e recomendo, a quem gostar de histórias sensíveis, que assista essa. E a dica especial é ficar para os créditos, o ponto alto da produção, que trazem imagens reais das personagens e comprovam a riqueza de detalhes da adaptação. O filme estreia em 24 de agosto, separe seu lencinho e prepare o coração.

Veredito da Vigilia

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