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Neymar, O Caos Perfeito é puro ego | Primeiras Impressões

Neymar, os parças, o Bruninho do volêi, o Gabriel Medina, o pai e a mãe dele. Todos essas pessoas são figurinhas carimbadas da nova série documental Neymar, O Caos Perfeito, produzido pela Netflix. Assistimos o primeiro episódio na live do Casimiro na Twitch, que bateu o recorde brasileiro de visualizações na plataforma e já temos nossas primeiras impressões.

Neymar, O Caos Perfeito é um grande recorte da parte boa da vida do jogador. Reportagens que enaltecem ele, depoimento dos país e dos admiradores, brincadeiras com amigos. Tudo para reforçar a imagem de bom moço, divertido e disponível.

Sobre os bastidores, o documentário ficou devendo. Mostrou o jatinho, a foto do filho, videochamada com os parças. Porém, por onde estão as confusões? E as angústias? E o que não deu certo? Tudo o que aparece sobre a vida que teoricamente não é mostrada não choca, não gera polêmica e nem surpreende. O documentário parece um recorte dos melhores momentos das reportagens.

Faltou mostrar como Coringa se encaixaria na personalidade de Neymar
Faltou mostrar como Coringa se encaixaria na personalidade de Neymar

Pai zeloso, celebridade acessível com as crianças, sempre entre amigos. Brincalhão. Um bon vivant. Que vive, recebe os amigos e acha que o público implica com ele por ele “ser focado em campo e viver bem a vida”. Num país que tivemos Adriano Imperador, Ronaldo Fenômeno e até Renato Gaúcho, Neymar precisa farrear muito para se comparar com esses nomes.

As comparações com Pelé não ficaram de fora. Foram muitas, mostrando como o Neymar e Pelé vieram do mesmo lugar e como o time do Santos catapulta estrelas aos grandes times. Inclusive, é feita até mesmo uma afirmação de que Neymar é melhor que Pelé. Junto com exemplos cansativos e infantis, o pai de Neymar dedica muito tempo a ler sobre toda a trajetória do filho.

Documentário defensor

O documentário dedica uma grande parte do seu tempo mostrando toda a estrutura da empresa que gere o marketing e a imagem de Neymar, além da carreira. Falam sobre a quantidade de funcionários, mostram como funciona. Forçam o grande apelo com as crianças e o “superheroísmo” do jogador.

Neymar, O Caos Perfeito é aquilo que chamamos no jornalismo de “documentário chapa branca”. Não compromete ninguém e enaltece o personagem principal. Parece algo encomendado pelo interessado. Veremos se o conteúdo “esquenta” nos próximos episódios.

É importante falar que a fotografia, a trilha sonora e a montagem são bem feitas. O maior problema é o conteúdo pouco inspirado e nada revelador.

E a dúvida que fica: por que o David Brasil está sempre com o Neymar?

Veredito da Vigilia

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