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Mogli – Entre dois Mundos: Uma boa ideia e uma péssima execução | Crítica

É difícil reinventar um clássico, que ganhou o mesmo formato pouco tempo antes, e com um orçamento praticamente ilimitado. Mogli – Entre Dois Mundos já chega com a responsabilidade de surpreender, mas infelizmente, não foi isso que aconteceu.

Em 2016, tivemos Mogli, o menino lobo, longa inspirado na história de Rudyard Kipling de volta às telonas, com direção de Jon Favreau e chancela da Disney. Dessa vez, o filme (era pra ser da Warner), mas foi adquirido para distribuição da Netflix.

Até um certo ponto, o novo Mogli segue a história contada no livro de Rudyard Kipling e que ganhou as telas com Favreau. Mas quando ele chega no momento “entre dois mundos”, é que o enredo se perde. Um dramalhão desnecessário, que poderia vir de uma novela mexicana ou dos clássicos de bollywood, que não emociona e nem convence. Só irrita mesmo.

O live-action também deixa muito à desejar. O CGI é realmente muito ruim. Os animais são mal acabados e tortos, parecendo que eram pelúcias animadas, não passando nenhuma veracidade e, muito menos, emoção. O visual de floresta também não parece verosímil, e não espere ver tomadas bonitas de natureza. E não são só os efeitos que decepcionam. Mogli, vivido por Rohan Chand não surpreende, nem traz a carga emocional e dramática que precisa nesse filme.

Com Christian Bale (Batman: O Cavaleiro das Trevas) fazendo a voz de Baguera, Cate Blanchett (Thor: Ragnarok) como Kaa, Peter Mullan como Akelá, Tom Hollander como Tabaqui, Benedict Cumberbatch (Vingadores: Ultimato) como Shere Khan e o próprio diretor Andy Serkis (Uma Razão para Viver) como Baloo, Mogli – Entre dois mundos mostra que não tem elenco que segure uma produção ruim.

Dirigido por Andy Serkis, Mogli – Entre dois mundos, trouxe um tom mais escuro e uma tentativa de maturidade à história já conhecida. Contudo, o filme parece algo fora de tom. Não é engraçado e cantante, para divertir, nem é tenso, para ser um suspense e, aí sim, inovar a fórmula. Ao invés de deixar quem está assistindo realmente preso à tela, o filme se tornou arrastado e muitas vezes entediante, dando aquela vontade de pular algumas partes.

No fim, Mogli poderia ter sido surpreendente. Mas os problemas técnicos e um enredo que não decidiu o público alvo falaram mais alto que a ideia um tanto quanto inovadora.

Para quem curte a história de Mogli e quer ver mais uma versão, pode apostar em Mogli – Entre dos Mundos. Porém, não espere se emocionar, nem surpreender.

 

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