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Missão: Impossível – Efeito Fallout | Intenso do início ao fim

Missão: Impossível – Efeito Fallout estreia no Brasil na quinta-feira, dia 26 de julho, despertando curiosidade e expectativa nos cinéfilos. Não por acaso. As filmagens causaram notícias de todos os tipos, sempre mexendo com o fandom de diversas formas curiosas. A primeira é recorrente: Tom Cruise. Como se não bastasse recusar dublês nas cenas mais arriscadas, dessa vez ele talvez tenha chegado a um novo limite. Vale lembrar que em 2015, em Missão: Impossível – Nação Secreta, ele se arriscou em um avião decolando. Desta vez, ele quebrou o tornozelo em uma cena em que corre atrás de Walker (Henry Cavill). A cena está no filme. A segunda é pelo próprio Cavill, que vive um vilão com cavanhaque e bigode. O tal bigode da discórdia que foi editado digitalmente para algumas cenas especiais de Liga da Justiça. Se você é iniciado no mundo nerd, vai saber do que estou falando. Por fim, mas não menos importante, o novo Missão: Impossível vai causar furor pela sua intensidade. Tudo isso entrega um ótimo filme, talvez o melhor da franquia. Faltou alguma coisa nesse parágrafo introdutório? Ah, sim, viradas de roteiros. Temos muitos plot-twists jogados na nossa cara. Prepare a pipoca.

A saga de Tom Cruise (Ethan Hunt) com a franquia baseada na clássica série de TV americana dos anos 60 começou em 1996. Em Missão: Impossível, o astro trouxe Brian De Palma para dirigir a ação/aventura/suspense e criou um universo inteiro para si (mais um). Cinco filmes depois, com altos e baixos, ele talvez tenha acertado em cheio com Efeito Fallout. Junto dele, a equipe afiada que o acompanha: Ving Rhames como Luther, e o sempre ótimo Simon Pegg como Benji Dunn. O time feminino também volta com Michelle Monaghan, o amor de Ethan, e a afiadíssima Rebecca Ferguson, outra agente secreta e affair do mocinho. Soma-se ao girlpower Angela Bassett (Pantera Negra) como Erica Sloan e Vanessa Kirby (a princesa Margaret de The Crown) como a Viúva Branca. A direção, assim como em Nação Secreta, também é de Christopher McQuarrie.

Henry Cavill (e o bigode da discórdia) bate de frente com Tom Cruise

O ponto alto de Efeito Fallout é aliar um ritmo intenso do início ao fim ao mesmo tempo que é envolvente, com poucos deslizes. Aceitáveis, talvez, afinal, estamos falando de Tom Cruise e suas acrobacias. Desde a introdução apontando para a nova missão – novamente envolvendo armas nucleares e uma rede secreta de anarquistas, o chamado Sindicato – até os créditos finais, quase não há momentos para respirar. E em se tratando de Missão: Impossível, é interessante estar com o fôlego em dia. A trama é bem dividida entre todos os protagonistas, embora o melhor ainda fique com Cruise. Os vilões nem sempre são aqueles que pensamos e nada é entregue de forma que o público possa adivinhar o que vai acontecer. Espere por muitas viradas surpreendentes e plot-twists. Aliás, em uma só cena temos vários deles. Um pequeno deleite cinematográfico.

Tom Cruise, o diretor Christopher McQuarrie e Rebecca Ferguson acertando os ponteiros no set de Missão: Impossível

As cenas de lutas estão cruas como devem ser, mostrando veracidade nas ações e movimentos bem coreografados. Mas, evidentemente não temos um filme perfeito. Os escorregões ficam por contas daquelas cenas em que você se diz: “ok, não tinha como acontecer isso”. O importante é que aqui elas não chegam a atrapalhar ou frustrar o espectador, que pode no máximo dar aquele sorrisinho no canto da boca. Outra coisa que joga a favor da sessão é que as cenas aéreas, tomadas panorâmicas e arriscadas são literalmente de tirar o fôlego. Novamente, Tom Cruise foi quem realmente se arriscou, inclusive pilotando um helicóptero em queda brusca (que você pode ver aqui). Aliás, fica a pergunta depois de Missão: Impossível – Efeito Fallout se alguém vai conseguir parar Tom Cruise.

O final é um clássico, mas com um desnecessário desfecho envolvendo a relação de Cruise com seus “pares amorosos”. Se eu fosse mulher não gostaria. Exageros à parte, é um filme perfeito para o Imax e as telonas.

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