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Meu Malvado Favorito: Gru, os minions (e mais uma galera) estão de volta! | Crítica

Depois de um excelente início em Meu Malvado Favorito, de 2010, uma sequência não tão boa (Meu Malvado Favorito 2, de 2013), Gru, os minions e as suas meninas estão de volta para sua terceira incursão nos cinemas (quarta se contarmos o spin-off Minions, de 2015). E com uma aposta em diversas tendências que vem dando certo nas telonas, a animação consegue evoluir, trazendo novos personagens, um vilão saído direto dos anos 80 e uma revelação familiar (e nem é spoiler) com Dru, o irmão gêmeo de Gru. Embora um excelente programa para as crianças, o primeiro longa do vilão-herói ainda é o melhor de todos. A nova aventura estreia dia 29 de junho em todo o Brasil.

Gru e seu inimigo Baltazar, que não saiu dos anos 80.

Com a direção de Kyle Balda, Pierre Coffin e co-direção de Eric Guillon, basicamente a mesma equipe dos anteriores, a comédia animada acerta em buscar nos anos 80 as influências (ridículas no “bom sentido”, e sempre muito nostálgicas) para o vilão Baltazar Bratt, na versão brasileira dublado pelo marcante Evandro Mesquita. Com suas ombreiras, mullets e bigode, ele é responsável pela parte musical da trama. Sempre que ele entra em cena, você pode aguardar um grande clássico dos anos 80. Aliás, os anos 80 nunca morrem não é mesmo? É a ação do vilão que não saiu da infância que faz com que Gru (voz de Leandro Hassum) e a agora esposa Lucy (voz de Maria Clara Gueiros) percam seus empregos. Aliás, Gru até acaba recuperando um diamante precioso em sua intervenção, mas o inimigo foge, após dedilhar Jump (Van Halen) em seu teclado sintetizador com alças.

Sem emprego, Gru e Lucy chegam em casa e contam a notícia para as meninas Agnes, Margot e Edith. A pequena Agnes, desde sempre viciada em unicórnios chega a vender o boneco que ganhou no primeiro longa para “ajudar” a família. Pra piorar as coisas, os minions se rebelam e exigem que Gru volte aos seus tempos de vilania. Mas o agora pai de família se recusa, e os bichinhos amarelos saem pela cidade tocando o terror (até mesmo quando são presos). Sem grandes explicações (é uma animação né gente) um distinto senhor chamado Fritz procura Gru informando que seu irmão quer lhe conhecer. Gru e Dru são gêmeos idênticos, exceto pela vasta (e linda) cabeleira de Dru. Já temos motivo para a ciumeira. Além disso, Dru é um ricaço do ramo de criação de suínos, mas lhe falta a pegada de vilão que está no sangue da família. A dupla vai ter suas diferenças, mas é claro, unirá forças para acabar com o inimigo com mullets e ombreiras.

Cara de um, focinho do outro

Com todos os elementos colocados, Meu Malvado Favorito 3 cumpre sua tarefa como bom entretenimento, mas sem o brilho da estreia. Todos os personagens ganham suas boas cenas, falas e gracinhas, sem que ninguém fique de fora, nem mesmo os já manjados minions, que se não conseguem ser engraçados o tempo todo, ainda têm os seus momentos. O cânone do unicórnio, das lições de moral (bem de leve) estão lá, e claro, a trilha sonora feita novamente com o toque de Pharrell Williams, mas também sem a presença de uma “Happy”. Nesse quesito, o resgate oitentista fala mais alto, e com a vitória, dessa vez, vindo com a vingança de Gru com o teclado sintetizador ao som de Money For Nothing, do Dire Straits. Caso encerrado, o próximo problema agora será impedir o ímpeto do irmão Dru, que ao que parece, conseguiu pegar gosto pelas atividades de vilão.

Nos vemos em Meu Malvado Favorito 4, ou então Meus Malvados Favoritos. Ou até antes, pois Minions 2 já está confirmado para 2020!

Veredito da Vigilia

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