Séries

MasterChef: só restam três

Quase lá. Falta um programa para conhecermos os dois grandes finalistas. Restam três competidores, nessa, que é a temporada de MasterChef que menos surpresas apresentou até agora. Apenas um dos candidatos ao título parece ser um estranho no ninho, o que ficou ainda mais evidente depois do episódio do dia 8 de agosto. E nós explicamos o porquê.

A começar com a prova inicial, que colocou Valter, Deborah, Michele e Victor V. em uma bancada diferente. Agora o local de preparo formava uma espécie de arena, onde os quatro ficavam um de costas para o outro. O cardápio foi escolhido por cada um dos candidatos e o objetivo era um dos mais difíceis já colocados até agora. Eles teriam que vender o seu menu para quatro exigentes empresários do ramo, todos proprietários de grandes restaurantes brasileiros. Os escolhidos foram Arnaldo Lorençato, crítico de gastronomia há 25 anos; Arri Coser, empresário, empreendedor e investidor gastronômico; Benny Novak, chef empreendedor de sucesso à frente de sete restaurantes renomados em São Paulo e Marcelo Fernandes, proprietário de cinco restaurantes premiadíssimos. Além de definirem o vencedor, eles também já estariam fazendo uma espécie de teste de emprego e não pouparam no interrogatório, o que deixou os cozinheiros muito, mas muito nervosos.

Valter foi o primeiro e arriscou um assado de tiras com molho de romãs (!!!). Aparentemente foi o que mais conseguiu articular os processos da cozinha com o diálogo com os ‘cobras’. Michele, por sua vez, passou uns três minutos tentando colocar a tampa em um multiprocessador enquanto falava com os novos jurados. Nervosismo era pouco. Seu menu pareceu estranho: ravioli de cacau, recheado com camarões acompanhado de espuma de manga (vixe). Victor V. conseguiu vender seu peixe e despertou interesse dos empresários com uma receita sua da China e Deborah deu uma ideia de empreendimento que ainda não foi visto pelos restaurantes pelo mundo a fora com a sua especialidade em farofas. Exceto por ela, todos entregaram os pratos na famosa contagem regressiva de Ana Paula Padrão (ok, deve ser edição, mas tudo bem).

E se MasterChef fosse um campeonato de pontos corridos, Valter já teria ganho, mesmo com duas rodadas de antecedência. Afinal, ele ganhou novamente a prova e se livrou da eliminação. Foi ele quem aliou melhor execução, sabor e contato com os empresários. Deborah bateu na trave, se acertasse o ponto da lagosta, teria vencido o catarinense. Victor V. se enrolou legal no final e foi a decepção da primeira etapa, enquanto o prato da Michele, que ficou bem estranho, acabou levando um ponto de consideração dos jurados. Ela parece ser a candidata mais subestimada da edição. E não vamos mentir, estamos espantados com o desempenho dela. É ela o estranho no ninho do programa agora.

O corte, quase final

Com Valter novamente no mezanino, Deborah, Michele e Victor V. vão para o tudo ou nada. A missão é replicar um clássico da culinária francesa: o Tournedos Rossini (um medalhão de filé, servido com uma fatia de foie gras e molho com vinho e outras especiarias). Mais um da série: Nunca vi nem comi, só ouço falar.

E para surpresa (nossa) e geral da nação, Michele foi quem mostrou melhor desenvoltura e deixou os amigos Deborah e Victor V. na berlinda. Nitidamente os dois faziam a última dupla de competidores com um nível elevado de amizade. Victor V., no caso, sempre foi o candidato com mais amigos, um dos mais espontâneos nas entrevistas e sempre concedia um ar mais relaxado durante os episódios. Quase que o alívio cômico.

A tensão entre ele e Deborah era visível, mas passando pelo crivo do júri, não ficou difícil saber quem iria ser eliminado. Victor V., o amigão da vizinhança, não agradou com sua mistura, que roubou o sabor das proteínas principais. Menos mal para Deborah, que verá o amigo torcendo por ela do lado de fora, como ele mesmo admitiu.

Façam suas apostas. Quem leva essa edição do MasterChef? A Vigília coloca seus 15 centavos no chef Valter.

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