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Masterchef: proteínas incomuns e eliminação das Arábias

“Minha boca deu uma secada num grau agora”. A frase da competidora Maria Antônia logo no início do episódio de terça-feira, 1º de maio, de Masterchef Brasil, já dava uma ideia do desafio que estava por vir. Basicamente, os cozinheiros amadores tinham proteínas raras, geralmente não utilizadas no dia-a-dia. Uma daquelas provas clássicas do Masterchef, com direito a cérebro e outras iguarias.

Vinícius (aka o “cara que se acha”), que ganhou a última prova, saiu distribuindo cérebro, moela de pato, timo, filé de coxa de avestruz, carne de búfalo, paca, sobrecoxa de coelho, entre outras raridades que causam pânico aos cozinheiros amadores. Tudo isso deveria ser executado com três minutos de mercado e uma hora e quinze de prova. Após o desafio da organização, os competidores oscilaram entre nervosismo e confiança.

“Se você continuar desse jeito, você vai trabalhar no IML”, diz Jacquin para Clarisse, depois de provar o prato feito por ela. Ninguém mandou ficar inventando historinhas na hora da apresentação. Nesse programa já sabemos: Menos é Mais! Para Eliane, Jacquin foi ainda mais enfático. “Parece um avestruz que caiu dentro de um cocô de dinossauro”. Confessamos que rimos nessa parte. Já para Victor Hugo ele cravou: “Essa comida podia levar até um processo”. Ok, Jacquin tava que tava.

Para desespero geral da nação, o melhor prato foi de Eliane, que subiu ao mezanino com Vinicius e Tiago. E aqui a Vigília vai deixar uma crítica: Eita mina chata essa Elaine! Ainda guardamos rancor do episódio em que ela empurrou Dalvio para sua terrível eliminação.

Feito o registro, seguimos adiante.

Víctor Hugo e Clarisse foram para a prova de eliminação com punições.

Eliminação das Arábias

Essa cara… essa dor… chora não Hugo!

Com temperos milenares, os participantes dessa edição do Masterchef tiveram a tarefa inglória de levar os chefs diretamente para o Oriente Médio. Pelo paladar, é claro. Porém, essa prova tinha um PLUS: ela seria em dupla. A primeira dupla formada foi Victor Hugo e Clarisse. Eliane, a vencedora da prova, escolheu as duplas e surpreendeu, por ser boazinha.

As duplas iam realizar a prova em “conjunto”, mas não iriam cozinhar “juntas”. Cada um iria cozinhar durante um minuto. Qual é a chance desse revezamento dar certo?

Rita e Aristeu, que formaram uma dupla improvável, conquistaram Fogaça, que disse que se sentiu transportado direto para o Oriente Médio. Padre Evandro e Rui, que pareceram se divertir durante toda a prova, fizeram um “combinado de cordeiro”, o que arrancou risadas de Paola, que não poupou elogios. “Estratégia, seriedade e diversão são ingredientes principais para ter um bom prato e tá tudo aí”, finalizou Fogaça. Maria Antônia e Kathleen, dois gênios fortes, acabaram deixando a personalidade de lado. As duas não conseguiram surpreender os jurados. Ana Luiza e Hugo escutaram de Paola “tá cozido isso? A gente não falou 460 mil vezes do tempo?”. Eita. No final, faltou sabor e organização. Por fim, Victor Hugo e Clarisse, que tiveram só uma hora de prova, apresentaram um prato que deixou um ponto de interrogação no rosto de Paola. “Tá tudo ótimo, mas tem gosto de Panetone”, disse a chef. Ficamos confusos com essa também.

Padre Evandro e Rui: só alegria na cozinha

Os destaques ficaram com Rita e Aristeu e Padre Evandro e Rui, que venceram a prova. Segundo Jacquin, “quando vemos um padre católico cozinhando bem comida árabe, vemos que o mundo está num bom caminho”. Os dois piores foram Ana Luiza e Hugo. Mas se você acha que os dois foram eliminados, achou errado…

A dupla precisou se enfrentar em uma prova final, onde o ingrediente principal era a carne moída. Com direito a três minutos de mercado e quarenta de prova, um precisava superar o outro.

Nunca antes na história do Masterchef um time esteve tão descontraído

Ana Luiza acabou se confundindo, pegou a massa errada no mercado e se desesperou. Mas Hugo ofereceu o restante de sua massa para ela, mesmo sabendo que isso poderia custar caro. Mas não era o dia de Ana Luiza, que realmente perdeu o equilíbrio, e literalmente acabou se queimando. Hugo se mostrou mais que um colega, mas um amigo, e prestou solidariedade à ela. Pausa para outra crítica – Viu bem, Eliane???? – fim da nova crítica. O prato que Hugo apresentou parecia muito gostoso, mas o de Ana Luiza também… No primeiro, faltou sal. No segundo, sobrou acidez.

Muito emocionados, os dois escutam um belo discurso de Paola. Mas Ana Luiza errou um pouco mais e deixou o Masterchef. E saiu dizendo para o seu até então adversário direto: “Ganha isso para mim!”, com, evidentemente, muitas lágrimas nos olhos.

Na próxima semana, os participantes entrarão no mundo de alta gastronomia em uma prova em grupo, que promete ser eletrizante.

P.S: Não será tão cedo que o Masterchef irá terminar. As inscrições para o Masterchef Profissional já estão abertas.

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