Séries

Masterchef: final da ousadia x a tradição

Apesar de todas as inovações que tivemos nesta edição do Masterchef Profissionais, a final, que aconteceu no dia 12 de dezembro, foi um menu degustação, mais uma vez. A competição foi acirrada, afinal, os dois competidores venceram muitas provas e eram muito diferentes entre eles. Com o menu “Despertar” de Willian e o “Sem fronteiras” de Rafael, vimos dois pratos excelentes.

Willian decidiu fazer os dois pratos virarem cinco, decisão que de imediato, assustou os jurados. Rafael resolveu repetir o prato que o colocou no programa e seguiu uma linha mais conservadora, como sempre.

Como sempre, parecia que não ia dar tempo. Mas no final, os dois fizeram duas entradas muito bonitas. Quando Rafael começou a apresentar, Fogaça sentenciou: “Um pouco previsível”. A segunda entrada servida por ele fez Paola observar: “Você é a terceira pessoa que traz esse prato na final”. A chef ainda ressaltou que o dele estava mais sofisticado. Willian traz um prato com muito conceito. Três snacks chamados de mar, terra e ar. “É divertida, é ousada, é você”, disse Paola ao provar. A segunda entrada ele serviu dentro do coco, que ele mesmo cortou. “Onde você inventou esse monte de coisa?”, disse o Fogaça, rindo. Jacquin se rasgou de elogios para Willian. Mas Fogaça lembrou: eles começaram com alto nível e não podiam baixar.

Rafael, que sempre se sentiu superior aos outros colegas, tremeu, literalmente, de medo. No mercado, ele quase não conseguiu pegar as sacolas. “Ele se apagou de ver o outro com umas ideias do outro mundo”, disse Jacquin. Rafael percebe que esqueceu as especiarias no mercado e pergunta se Willian pegou. O zoeiro respondeu que “especial aqui sou só eu”. Ouch!

A mãe de Rafael protagonizou um momento engraçado também. Ele virou a massa para sovar na bancada e ela disse “Tá seca!”, o pai dele falou pra ela “Ué, vai lá fazer”.

Os erros de Willian, como esquecer coisas no mercado e deixar o crocante quebrar, parecem ter ajudado ele. O primeiro prato foi categorizado como impactante, por Fogaça. O segundo, foi categorizado como “engraçado, igual a você”, por Jacquin.

Rafael ousou um pouco mais, mas ainda nos clássicos. Fez um prato bom e equilibrado, e foi chamado de ambicioso por Paola. Jacquin disse que se sentiu em Paris, apesar de reclamar do tamanho do prato: ele achou muito grande. Sobre o segundo prato, Paola sentenciou: “Se alguém perguntar qual é o ponto de um pato, eu usaria esse de exemplo. O prato está sublime”, disse a chef. Fogaça elogiou a quantidade de técnicas que foram utilizadas para cozinhar os pratos entregues por Rafael.

Novamente Willian foi inventivo e Rafael foi clássico, fechando bem o cardápio de cada um. Willian abriu uma gaveta e cortou a mão. Para fazer o curativo, ainda pediu para o bombeiro esperar ele finalizar o preparo antes de fazer o curativo, que precisou ser trocado mais uma vez.

Quase no final da prova, Willian deu um pouquinho para André experimentar, afinal, ele usou repolho fermentado no preparo. Rafael quase perdeu sua polpa de maracujá no meio de um monte de gelo. Apesar dos pesares, pareceu que ambos entregaram o que queriam.

A primeira sobremesa de Rafael foi um sorbet de maracujá, muito elogiado pelos chefs. Paola comeu tudo o que estava no prato, comentando que a quantidade estava perfeita. A segunda sobremesa era uma tangerina com castanha do pará, açafrão e mel de cacau. “Você foi magnífico, você é o mestre das texturas”, disse Paola. Jacquin achou um pouco gorduroso, mas elogiou o financier, que Rafael tinha errado da outra vez.

Willian levou uma sobremesa chamada de chá da tarde. Era um bolo de limão, com creme de limão e mais limão, além de uma calda de chá. “Que surpresa agradável, muito agradável”, disse Jacquin, que continuou: “Tecnicamente está perfeito”. Na segunda sobremesa, Willian trouxe um Kimchi (acelga fermentada), com rui barbo, água de rosas e morango. “É um soco na boca sem massagem”, disse Fogaça. Jacquin classificou como ousado e surpreendente. “Vamos lembrar que você fez uma sobremesa com acelga fermentada e pimenta, contando que você é extremamente rebelde e você quer mostrar na cozinha que você faz exatamente aquilo que quer”, disse Paola.

Pra que isso, cara?

Com dois menus bem diferentes, mas com níveis equivalentes, Rafael levou o Masterchef Profissionais. Talvez ele não tenha sido o queridinho do público, mas foi o competidor que teve mais vitórias ao longo da temporada.

Mas acabou tudo em abraços!

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