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Marcella: Ainda mais desequilibrada e sombria na segunda temporada | Crítica

Marcella voltou. E voltou ainda mais sombria, mais violenta e mais desequilibrada. A série inglesa original Netflix chegou em sua segunda temporada sem fazer nenhum alarde, mas com uma produção envolvente e muito chocante.

Para quem foi pego de surpresa, a série, roteirizada por Hans Rosenfeldt, conta a história da detetive Marcella Backland, vivida pela atriz Anna Friel. A produção inglesa é basicamente um thriller psicológico, que tem à sua frente uma excelente policial, que é absurdamente transtornada. Separada, com seus dois filhos morando em parte no internato e em parte na casa do ex-marido e da atual namorada, Marcella é um verdadeiro mix de sentimentos. Dedicada ao trabalho e à carreira, que ela havia deixado de lado para cuidar da família, ela se mete em verdadeiros perrengues para encontrar a justiça. A primeira temporada estreou em 2016 e a segunda chegou em 2018 na Netflix.

Com oito episódios de mais ou menos quarenta minutos, nesta segunda temporada de Marcella temos um crime em série, ainda mais cruel que o assassinato da primeira temporada. Crianças estão sumindo e aparecendo mortas, e isso precisa de alguma explicação. Seus fiéis escudeiros, em especial o detetive Rav Singha (Ray Panthaki) seguem na trama. Como é de se esperar, a detetive que dá nome à série usa toda a sua genialidade e seu verdadeiro destemor para investigar o caso. Ou melhor, os casos.

Contudo, como não poderia ser diferente, Marcella é brilhante, mas tem em sua vida segredos sombrios e momentos em que ela realmente não deve se orgulhar. E todos eles vêm à tona o tempo todo, quase colocando em cheque a sua carreira.

E talvez esse seja um dos maiores acertos de Marcella. Ela não é perfeita, ela erra, ela é muito equivocada, mas você vai torcer por ela com todo o coração. Os takes rápidos, com jogadas de câmera e visual sombrio te fazem ficar tenso e aflito durante cada um dos episódios, com aquela sensação de “eu preciso assistir mais um”. A trilha sonora, em especial, a música de abertura, já nos fazem respirar mais fundo, porque sabemos que vem algo bem forte por aí. E, alerta spoiler gigante: o final da segunda temporada deixa um gancho enorme para uma continuação, apesar dos pesares.

Marcella consegue ser diferente, é um verdadeiro tesouro escondido dentro da Netflix. Mas já alertamos: você não vai conseguir parar!

One thought on “Marcella: Ainda mais desequilibrada e sombria na segunda temporada | Crítica

  • Alexandre Figueiredo

    Marcella está mais tresloucada do que nunca e isso é a cereja do bolo da série

    Resposta

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