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Lúcifer trouxe um final não tão esperado assim…

Estreou na sexta-feira, dia 28 de maio, a segunda parte da quinta temporada (ou sexta temporada, como muitos chamam por terem problemas com esse esquema de dividir uma temporada em duas partes), de Lúcifer, a série da Netflix que conta a história do próprio senhor do inferno, tendo suas diversões por Los Angeles.

AVISO: o texto abaixo contém SPOILERS PESADOS da última temporada!

Seguindo exatamente de onde parou na primeira parte, temos a chocante aparição do Criador de todas as coisas, Deus (Dennis Haysbert), vindo para impedir a briga entre seus filhos.

Não vou comentar sobre as soluções de casos que ocorrem no decorrer da série, porque, é mais do mesmo. Crime, resolução do crime, e no meio disso tudo, alguns pontos que vão contando a história principal. Vamos nos ater a isso.

Nessa temporada, temos Deus tentando uma reaproximação com Lúcifer (Tom Ellis) que eu confesso, me incomodou. Não pelo fato dele querer se retratar de alguma maneira com ele, mas pelo fato como foram apresentados. Deus, o ser criador de tudo e mais poderoso, na mitologia apresentada na série, agora é retratado como uma pessoa quase que “boba”, com atitudes que não condiziam e tentativas pífias de se “humanizar”. Mesmo assim, os momentos entre Deus e Ella Lopez (Aimee Garcia) ou com a pequena Trixie (Scarlett Estevez) nos deram bons momentos de reflexão, e fizeram com que deixássemos de lado os detalhes que apontei acima (afinal, ser fiel com mitologias nunca foi o ponto central da série, mas também, nem era pra ser).

O fato, que dá pano para essa temporada, é que Deus conta que está perdendo seus poderes e se aposentando, contando que precisa de um substituto. Obviamente, Lucifer vê nisso mais uma oportunidade de se provar digno do amor da Detetive.

Acho que a definição dessa temporada pode ser resumida por conflitos pessoais. Lúcifer, Deus, Maze, Dan, Linda, todos os personagens principais tiveram seus dramas escrachados na tela, na busca de resolverem tudo de uma vez todas (afinal é a última temporada) sem deixar nenhuma ponta solta. Mas, é aí que mora o problema.

A série foi divertida, não me entendam mal, porém, oito episódios para se encerrar uma série de cinco temporadas, com a adição de um personagem do tamanho de Deus, não teria como não deixar pontas soltas.

A série teve duas “mortes” bem impactantes, que renderam cenas emocionantes. A de Dan Espinoza (Kevin Alejandro), nos deu uma das cenas mais tristes da série, quando vemos a pequena Trixie entrando no hospital chorando, e ela mesma consolando Maze e pedindo pra Lúcifer lhe dizer que aquilo tudo era mentira. A outra “morte”, também nos choca, mas essa não vou entregar aqui.

De filhos perdidos até a busca de Lúcifer pelo amor do pai (o que eu, como católico praticante, posso afirmar que faria católicos fervorosos quererem tirar a série do ar), a série andou em mais do mesmo até os três últimos episódios, quando finalmente todas as armações de Miguel começaram a ser desvendadas, e todas as cartas foram colocadas sobre a mesa.

Lúcifer

Em uma (que era para ser um grande momento) batalha entre Arcanjos, o épico ficou de fora, mesmo que esse não seja o estilo da série. No final, Lúcifer até alcança seu objetivo, mas infelizmente não foi de forma plenamente satisfatória. A real é que não foi bom. Se realmente essa foi a última temporada, o desfecho infelizmente não foi o esperado. A série até termina com um gancho para uma nova temporada, contando como Lúcifer irá lidar com seu novo cargo. Caso isso não aconteça, o final pode ser considerado ainda mais decepcionante.

A quinta temporada de Lúcifer foi aquele “mais do mesmo” que todos (nós) fãs amam, sem grandes surpresas e sem deixar aquele quentinho no coração.

Veredito da Vigilia

Zeh Marquez

Apaixonado por e-Sports e estudante de Publicidade e Propaganda.

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