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Rei Arthur: os filmes das lendas de Camelot | Lista

“Aquele que arrancar esta espada desta bigorna na pedra será o legítimo rei da Inglaterra.”

 

Na expectativa para mais uma adaptação da lenda épica do Rei Arthur e seus cavaleiros (Rei Arthur: A Lenda da Espada de Guy Ritchie) a Vigília Nerd montou uma lista dos principais filmes relacionados aos corajosos cavaleiros de Camelot! Em ordem cronológica, temos clássicos que incluem magia e misticismo, até os mais atuais e mais realistas, com batalhas gigantes e incríveis. Afie a espada, prepare sua poção de pipoca e divirta-se com essas histórias de amor, traição e honra.

A Espada era a Lei (1963)

Clássica representação de Merlin

A Espada era a Lei (The Sword in the Stone, 1963) foi uma das últimas animações supervisionadas pelo próprio Walt Disney. Como todas elas, incrivelmente desenhada e ótima para ser vista com as crianças, pois traz muitas lições e aprendizados. Wart/Verruga (Arthur) é o irmão adotivo de Kay, um cavaleiro que deverá participar de um torneio para ver quem consegue retirar a mágica Espada na Pedra. Pela lenda, quem a retirar será o novo rei da Inglaterra. Essa premissa é uma das mais conhecidas nas obras ‘arthurianas’. Sendo Wart um bastardo, ele aprende a ser humilde e a dar valor ao conhecimento e sabedoria ao invés da força, aprende tudo isso com a ajuda de Merlin, o mago que o faz passar por diversas situações mágicas lindamente escritas para a animação, e isso pode ser um pouco enfadonho, mas a garotada também pode gostar muito. É o início da lenda, então não temos (apenas a menção) dos cavaleiros e outros nomes conhecidos como Morgana (mas temos a estréia da depois reutilizada nos quadrinhos Madame Mim, que tem um duelo bacana com Merlin) mesmo assim, esse filme trouxe a lenda de volta para a mente e a imaginação de muita gente.

Monty Python em Busca do Cálice Sagrado (1975)

O vilão mais temido de Monty Python

Monty Python é até hoje referência de ótimo humor e críticas sociais para vários artistas e grupos que fazem comédia desde sempre. E esse é o ápice dos ingleses que moldaram o que chamamos de humor inglês na década de 1970. Se não conhece as esquetes do programa de televisão do grupo Monty Python, logo após essa lista, vá a procura! Se curte humor ácido e um tanto quanto fora da caixa, eles são a melhor opção. Até hoje não conheço melhor piada do que a esquete do papagaio morto e das caminhadas idiotas.

E ninguém melhor que os ingleses para avacalhar suas próprias lendas, desde piadas aos franceses, aos frades e padres que acompanhavam a busca do Santo Graal, até a temíveis feras e magos que só te permitem passar pelos caminhos se acertarem questões como: Qual sua cor preferida?

O final nonsense deixa muita gente enlouquecida, e é genial. As animações do mestre Terry Gilliam (diretor consagrado de ótimos longas como Os 12 Macacos, Brazil, Os Irmãos Grimm, entre outros) dão o ar de tosquice e originalidade que só o grupo tem. Se você ainda não conhece, seja bem-vindo ao universo mais fora da casinha que existe.

 

Excalibur (1981)

Morganna (Helen Mirren) e Merlin

O clássico dos clássicos! Referência de todos que hoje produzem cinema fantástico, graças a visão e texto de incrível John Boorman. Baseado no livro Le Morte D’Arthur, de Thomas Mallory, referência básica para quem gosta do gênero,  aqui temos a história mais clássica do jovem escudeiro Arthur, que criado na pobreza por tios, durante uma batalha ajudando seu irmão, descobre que é filho de Uther Pendragon e a futura esperança de unificação do reino da Bretanha. Guiado pelo mestre/mago Merlin, temos aqui sim, magia e ocultismo de forma simples que pode muito bem ser levada a sério e, da mesma forma, elevar o nível de história encantada com magos e bruxas. Falando em bruxa, temos aqui Helen Mirren (lindíssima) no papel de Morgana, e a participação de Gabriel Byrne como Uther, Liam Neeson como Gawain e Patrick Stewart como Leondegrance e a absoluta atuação de Nicol Williamson como Merlin!

Trilha sonora não menos absoluta de Wagner. Obrigatório!

A Espada do Valente (1984)

Após anos de paz e sem muitos desafios pela frente, a corte de Arthur está ligeiramente preguiçosa e pensam apenas em banquetes e bebedeiras. Surge então o Cavaleiro Verde para desafiar os cavaleiros que já nem tão mais corajosos declinam da proposta do misterioso ser (interpretado pelo ótimo Sean Connery). Sobra para o estagiário, ops para o escudeiro Gawain, único o qual ainda restava um pouco de coragem naquela corte acovardada. A história de lealdade de Gawain para seu rei é incrível e mística, onde temos bruxas, unicórnios e charadas. Nosso amado J.R.R. Tolkien (O Senhor dos Anéis, Hobbit) escreveu um livro sobre essa lenda, que inspirou a participação de John Rhys-Davies (O Gimli de O Senhor dos Anéis), Peter Cushing (Star Wars) e obviamente o Miles O’Keeffe (o musculoso Tarzan de 1981) como Sir Gawain. Apesar da tosquice e falta de recursos para a ambientação, a história de lealdade e valentia é ótima (e me tem um valor especial).

Lancelot – O Primeiro Cavaleiro (1995)

Richard Gere em Corra que a Polí… ops outro filme de Jerry Zucker

A tentativa de fazer Richard Gere (o Fábio Junior de Hollywood) um ator de ação. Óbvio que não funcionou. Estigmatizado como bom mocinho de comédias românticas, ele tenta fazer o papel do canastrão Lancelot, que salva a futura Rainha de Camelot, Guinevere (a lindinha e sumida Julia Ormont) do terrível cavaleiro rebelde Malagant (who?). Ao levar ela para o casamento com o Rei Arthur (Sean Connery sempre uma presença marcante) eles acabam se apaixonando, e levam essa paixão para dentro do castelo, trazendo a ruína e traição ao reino. Tirando a história já manjada e o vilão inexpressivo, a produção é competente e a caracterização “bacana”. O uniforme dos cavaleiros é estiloso (embora pouco útil), e o filme tem cores fortes, com muito azul nas roupas e telhados, o que dá uma sensação de Sessão da Tarde. Ah você conhece Sir Agravaine hoje como outro Sir, o Davos de Game Of Thrones.

As Brumas de Avalon (2001)

Baseado em um dos livros mais cultuados sobre as lendas arthurianas, As Brumas de Avalon (de Marion Zimmer Bradley) é uma obra-prima que mostra a visão feminina do mito Arthur. Mas a adaptação homônima não é tão feliz quanto a das páginas dos quatro volumes que compõem a trama literária.

Lançada como uma série em dois capítulos, foi também lançado em um episódio com grandes cortes. Já está na hora de produzirem uma versão em quatro filmes (alôô Peter Jackson). A série tem bons nomes como Anjelica Huston (Familia Adams), Julianna Marguiles (The Good Wife, Plantão Médico) e Joan Allen (série de filmes Jason Bourne) o que justamente reforça o papel feminino da obra original.

 

Keira ‘Guinevere’ Knightley

Rei Arthur (2004)

No início dos anos 2000, uma onda de filmes-lendas com a visão realista começou a pipocar nas telonas. Robin Hood, Troia, e claro, o nosso “rei” não poderia ficar de fora. No topo dessa onda está Clive Owen, recém vindo Closer e indo para Sin City, como Arthur, um soldado romano que aqui liderou e unificou diversos povos ingleses contra o império romano. Com o elenco pouco conhecido na época, temos no papel de uma Guinevere arqueira, ninguém menos que Keira Knightley. Mads Mikkelsen, Ioan Gruffudd, Joel Edgerton, Ray Winstone e Ray Stevenson completam o time dos “cavaleiros” da távola redonda.

Não espere as maldições de Morgana, ou o “Sopro do Dragão” (diga três vezes bem rápido) caiam sobre os personagens, pois aqui é só espada e machado mesmo. E isso fica ótimo como proposta para ser algo inédito e fugir de comparações. Dirigido por Antoine Fuqua (novo Sete Homens e um Destino, Dia de Treinamento), um ótimo filme desmistificando tudo relacionado a lenda mágica.

E você, gosta do estilo capa e espada? Qual o seu preferido?

Éderson Nunes

@elnunes

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