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Lista | Inumanos: erros e acertos

Sim, precisamos falar (mais) de Inumanos. O filme, que virou série, e que foi levado ao cinema com tecnologia IMAX deu início a nova empreitada da Marvel na TV e deixou várias coisas soltas no ar. Depois das nossas primeiras impressões (leia aqui), resolvemos dissecar um pouco mais da série e levantar alguns erros e acertos da produção, que terá sua continuação no final de setembro, sendo transmitida aqui no Brasil pelo Canal Sony, da TV paga.

Vamos lá:

  1. Expectativa x Realidade – Esse é um dos piores erros da Marvel. Quando você direciona uma produção para o nome IMAX, você espera que isso tenha impacto direto no que será visto. Ledo engano. A começar que as sessões sequer usam tecnologia 3D. A imagem é bonita? É, mas e daí. Do que adianta se você promete uma coisa e não cumpre. Se você for ver no cinema vai se dar conta de que o IMAX não faz diferença alguma para a produção.
  2. Defeitos Especiais – dando continuidade ao primeiro tópico, vou repetir: se você joga a galera pra uma sala IMAX, você promete algo com muito impacto visual. A produção é de TV. Os efeitos especiais até certo ponto são “ok”, mas chega a um momento que elas são muito mal inseridas, principalmente na interação com os atores. É risível (isso mesmo, eu disse risível), quando Crystalis passa a mão em Dentinho e vemos ela passando reto pelo lado. Por outro lado, Dentinho está a contento. O cabelo da Medusa também não é lá essas coisas, mas ele terá seu próprio tópico.
  3. O Cabelo da Medusa. A maior polêmica da série. Desde as primeiras imagens, um enrosco para se resolver. A primeira cena de Raio Negro e sua esposa na cama é legal e uma boa sacada. O cabelo cobrindo o corpo dela e se mexendo foram uma boa jogada. O problema vem depois. Maximus, ao aplicar seu golpe de estado (alguém lembrou do Brasil?) chega na cunhada com uma máquina de raspar cabelos (!?!?!). A cena é tão inviável que sei lá, pode virar a Martha da Marvel. Nitidamente uma saída para mascarar as restrições orçamentárias de manter a personagem funcionando durante todos os episódios. Sei lá, se cortassem com adagas ou espadas ficaria menos surreal, afinal, um aparador elétrico de cabelo não é o que imaginamos ver na tecnologia inumana.
  4. A pobreza da Família Real – vamos lá, uma raça “superior” que vive na Lua, mas os cenários e detalhes são de uma pobreza franciscana. Ao mesmo tempo que se misturam templos e tecnologia, temos cenários tão vazios e sem elementos que dá uma pena da produção.
  5. Karnak falhando – tudo bem ele não é invencível, mas fazer ele cair sozinho de um penhasco beira ao nível “canastrice” visto nas atitudes do Punho de Ferro em Defensores.

Ok, vamos aos pontos positivos

  1. O plot que mostra que Maximus se rebela contra o irmão Raio Negro é bom. Apesar de sabermos quem são mocinhos e bandidos, você vai dar muita razão para alguns dos argumentos dele. Afinal, a segregação vivida em Attilan torna Raio Negro e sua família real em verdadeiros tiranos. Não há democracia, não há igualdade.
  2. A origem e flashbacks de Raio Negro e Medusa – foi uma boa saída também. Ao vermos um pouco mais de como se constituíram os personagens a trama ganha um pouco mais de profundidade e peso. Como lidar com um poder que você não sabe como funciona? Pode ser bem traumático.
  3. O golpe de estado e a relação com a terra – É uma das possibilidades que fazem sentido para transpor a série para o nosso mundo. A dissolução da Família Real é o gancho para que os Inumanos tenham a dificuldade inicial (seja de forma individual) e é o clássico caminho do herói, óbvio, mas necessário.
  4. Interligação com Agentes da SHIELD – Já temos em MAOS a inserção de vários Inumanos e os produtores já deram pistas de que um crossover está bem próximo de acontecer. Isso é o universo Marvel expandido e funcionando da melhor forma, sempre com uma coisa impactando na outra.
  5. Dentinho – na trama, ele não ajuda da melhor forma, mas né, quem um dia imaginou ver o buldogue gigante nas telonas (ou telinhas?). Dentinho é pura simpatia.

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