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Jogos Mortais: Jigsaw | Crítica

Uma das franquias de terror mais bem sucedidas das últimas décadas está de volta

Jogos Mortais é uma daquelas franquias do cinema que parecem não ter fim. Depois de sete filmes em série de 2004 até 2010, o produtor/diretor James Wan volta com sua obra de terror, suspense, thriller, mutilações e plot-twists mirabolantes em Jogos Mortais: Jigsaw (nos Estados Unidos é só Jigsaw). Com estreia dia 30 de novembro, os fãs da fórmula já podem vibrar e garantir suas cadeiras em sessões que vão misturar pipocas e muitos sustos, afinal, tudo que já se conhece e se viu será mostrado novamente. E claro, vai dar aquele ruim na barriga que só os Jogos Mortais nos propiciam.

Fosse seguir um organograma (ou fluxograma, como quiser), o novo filme seguiria o criado lá em 2004. A diferença é que o mentor de todas as coisas agora já morreu (será? fica tranquilo, não é um spoiler) e agora ninguém sabe quem pode ter resgatado os jogos doentios de John Kramer/Jigsaw (Tobin Bell). E tudo já começa daquele jeito que o espectador gosta: movimentado e com as peças do quebra cabeças começando a serem jogadas na tela. Comece a recolhê-las, ou tente.

Ah essas armadilhas…

Desta vez a direção é dos irmãos Spierig (Michael e Peter) que também são os responsáveis por outra obra de horror e suspense, Winchester, que chega em fevereiro de 2018. E no elenco temos o clássico núcleo policial, formado pelo detetive Halloran (Callum Keith Rennie) e Hunt (Clé Bennett); o núcleo que sofre e vai tendo suas perdas; e um último que é envolvido na investigação, com o médico perito em autópsias Logan (Matt Passmore) e sua assistente Eleanor (Hannah Emily Anderson). Completam o fluxograma aqueles tradicionais flashbacks que contam um pouco mais da história de quem está prestes a passar dessa para melhor.

Jogos Mortais: Jigsaw é tão angustiante, torturante e instigante quanto seus antecessores. E se a fórmula de Jogos Mortais é seguida à risca, sem grandes novidades, há que se ressaltar a criatividade de produtores, direção e roteiristas em criar tantos jogos, armadilhas e torturas que remetem aos erros que todos os “escolhidos” cometeram. Sim, até o escopo da redenção e do arrependimento por seus atos está de volta. E se você não tentar se redimir, já sabe, uma serra pode cortar sua garganta, ou você ainda poderá ficar preso numa sala enquanto é soterrado por grãos (?!?!?!). Não faltam motivos para se criar novas charadinhas, jogos mentais e armadilhas.

Por tudo que já fez e o que representa no cinema de terror mundial, Jogos Mortais já pode entrar no hall das maiores franquias de terror. Não pela sua grande genialidade, mas sim pela sua manutenção e perseverança no gênero, que no final das contas, faz dinheiro e leva muita gente pro cinema. O seu icônico boneco pedalando uma bicicletinha também. Ele reaparece, com a deixa de gravações e tentando dar andamento aos Jogos.

A grande diferença entre Jogos Mortais: Jigsaw e seus antecessores é que, apesar de se manter fiel a toda estrutura de roteiro, plots e reviravoltas, é que dessa vez, a maioria das coisas terá uma conexão de tempo bem diferente uma da outra. Mas a edição e função de tudo que acontece, obviamente, só vai nos explicar isso depois que você tiver apontado o segundo ou terceiro, ou até mesmo quarto possível suspeito dos crimes. Até lá, vão ter sobrado poucos para contar a história. A última cena ainda vai deixar um gostinho de que teremos cenas pós-créditos. Mas não se preocupe, o alarme é falso.

Ah, e se você assistiu o filme e também viu o demogorgon numa das cenas finais, confirme aqui nos comentários.

 

2 thoughts on “Jogos Mortais: Jigsaw | Crítica

    • Robson Francisco Nunes

      Né, o demogorgon é tenso demais nesse filme…

      Resposta

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