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Homem-Aranha: Longe de Casa abre um ciclo completamente inesperado | Crítica

É aquela coisa, se você acha que já foi impactado pela Marvel de todas as formas, principalmente depois de Vingadores: Ultimato e que nada mais pode se aproximar disso, é porque você achou errado. Homem-Aranha: Longe de Casa (Jon Watts) estreia dia 4 de julho para revirar um pouco mais o Universo Cinematográfico da Marvel (UCM). E como o chefão da Marvel Studios, Kevin Feige, já vinha informando, o novo filme do cabeça-de-teia é o desfecho de um ciclo, mas, ao mesmo tempo, o início de um outro, um tanto quanto não esperado, e que com certeza vai te fazer sair da sessão com aquele sentimento de “Tá, mas como? Mas e agora?”. Divertido, cheio de ação e efeitos de tirar o fôlego, Homem-Aranha: Longe de Casa é um novo trunfo dos quadrinhos nas telonas. E ele consegue ser tantas coisas que fica difícil até se organizar para fazer esta crítica.

Para os iniciados no UCM, Homem-Aranha: Longe de Casa se passa exatamente após os eventos de Vingadores: Ultimato. E se você acha que o último longa dos irmãos Russo deixou situações sem explicações, bem… Longe de Casa vai mostrar que era tudo proposital. E logo de cara, o filme, novamente dirigido por Jon Watts, nos joga aos conflitos e, de uma forma bem didática, explica a situação do mundo após estalo de Tony Stark (Robert Downey Jr.). São lacunas que pareciam abertas e difíceis de se explicar, mas na máquina da Marvel Studios, tudo está tão bem ajeitado, que até mesmo esse tipo de explicação parece coisa de escola primária. Você piscou e já está tudo mastigado, e de uma forma tão bem-humorada quanto em Homem-Aranha: de Volta ao Lar.

Tom Holland volta ao papel de Aranha e conhece Jake Gyllenhaal, ou melhor, Mysterio

E nesse mundo pós sacrifício do Homem de Ferro, o Aranha, sua tia May (Marisa Tomei) e Happy Hogan (Jon Favreau) estão superando e levando tudo adiante. E fique atento, mais uma vez os trailers divulgados estão lá cheio de situações para nos enganar. Sempre da melhor forma. Há pegadinhas brotando por todos os lados, e elas nos são jogadas na cara e ‘respondidas’ com muita classe durante o filme. A trama, porém, é condizente com os vídeos promocionais: uma série de seres está atacando o mundo com formas “Elementais” (Fogo, Água, Ar e Terra). Nick Fury (Samuel L. Jackson) e Maria Hill (Cobie Smulders) se aliam ao novo personagem Mysterio/Quentin Beck (Jake Gyllenhaal) para salvar o mundo dessa ameaça.

Nick Fury (Samuel L. Jackson) e Maria Hill (Cobie Smulders) também estão de volta!

O ritmo de Longe de Casa é frenético e não nos dá muitos respiros. A abertura vai surpreender e divertir todos que gostaram de De Volta ao Lar. Novamente temos o núcleo escolar como base, e claro, a Eurotrip, que vai conduzir Peter Parker (Tom Holland), Ned (Jacob Batalon) e MJ (Zendaya) para o meio de toda a treta. Também retornam Betty Brant (Angourie Rice), Flash (Tom Revolori) e o novo colega Brad (Remy Hii). Todos pontuais e marcantes, por vezes, com um tom de comédia quase que passando do ponto.

Talvez o maior ditado para Homem-Aranha: Longe de Casa seja: “As aparências enganam”. Alguns fãs mais ávidos provavelmente até já tenham teorizado corretamente por algumas possibilidades de roteiro em função dos personagens escalados para o filme. Os quadrinhos deixam esse lastro. Mas na verdade, o ditado pode ser levado em consideração para várias outras coisas, que não vou descrever aqui. Acredite, qualquer spoiler de Longe de Casa pode ser algo fatal para sua experiência ao assistir.

Partiu rolê com o Aranha?

Colocado isso, prepare-se para um show de efeitos especiais e lutas nunca antes vistas nos filmes do aracnídeo. Coisas que só Mysterio poderia nos reservar (novamente, os fãs de quadrinhos vão delirar com as possibilidades e visual das coreografias). E ele vem com um lastro histórico deixado por outros filmes. Capricho típico do UCM e que, novamente, vai surpreender muita gente, entrelaçando longas que ninguém imaginava que pudessem caber aqui. Isso nos leva a acreditar que praticamente qualquer ação dos últimos 22 filmes pode realmente impactar a vida de toda a nova fase que virá. E isso é praticamente tudo que dá pra descrever numa crítica sem spoilers. Fato. Mas, evidentemente, você deve ficar até as clássicas cenas pós-créditos. Desta vez são duas, e uma melhor que a outra. Como citei antes, o nosso Aranha encerrou de vez um ciclo, mas abriu a porta para outro ainda mais cheio de possibilidades, tanto no aspecto do universo aracnídeo, quanto no universo Marvel em geral.

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Veredito da Vigilia


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