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Homem-Aranha: De Volta ao Lar | Crítica sem Spoilers

Imagine aquele filme que você sempre assiste quando passa na TV. Aquele filme que você já viu mil vezes e nunca vai deixar de gostar. Pois é. Assim é Homem-Aranha: De Volta ao Lar. Cheio de significados, o filme vai agradar a todos, seja o fã mais antigo ou o mais atual. O diretor Jon Watts acerta o tom do filme estilo colegial, no melhor formato John Hughes (com muitas referências) com seu Curtindo a Vida Adoidado, Clube dos Cinco e a aura colegial que tanto pedimos em Peter Parker. Tudo isso com um malabarismo tão certeiro quanto para adaptar a aventura ao Universo Marvel dos Cinemas (UMC ou MCU, se você preferir) e se fazer valer da melhor forma de toda a infraestrutura já deixada há uma década atrás, quando tivemos o primeiro filme do Homem de Ferro.

O diretor Jon Watts com essa galerinha do barulho, que apronta altas confusões.

Desde os créditos iniciais nós já sabemos onde estamos pisando. A Batalha de Nova Iorque ainda ecoa pela cidade que abriga o nosso cabeça de teia e vai colocar um pai de família na linha de uma já criada equipe de Controle de Danos (olha a referência chegando…). Adrian Toomes encarnado em Michael Keaton, desde já um dos grandes vilões da Marvel no cinema, trabalha para dar boas condições para a família e se revolta a ter sua unidade de reciclagem retirada de tanto trabalho para limpar a sujeira Chitauri deixada pelos Vingadores. É o estopim de tudo. E que bela escolha de ator. Keaton passa tudo que é necessário para o personagem.

Salvando a vizinhança e os amigos também

De outro lado temos um Homem-Aranha garoto. Aquele de início da carreira. Sem as grandes necessidades de se explicar como ele surgiu. O terreno está livre para Jon Watts brincar com o personagem da melhor forma. Ele já foi visto atuando em público em Berlim. E ele fez um divertido vídeo com tudo isso. A partir de agora, Peter Parker (Tom Holland) é vigiado por Happy Hogan (o ótimo Jon Favreau). O trabalho afinal é deixado por ninguém menos que Tony Stark (Robert Downey Jr., nunca reclamem dele, não nesse filme). E aqui começamos a ter o clássico Peter Parker. Com a turma do High School teremos os melhores momentos do filme. E lá estão o pior amigo, Flash Thompson (Tony Revolori), o melhor amigo Ned (Jacob Batalon), a crush Liz (Laura Harrier), e a “outsider” Michelle (Zendaya). Muita atenção à eles. Aliás, muita atenção a tudo. O ritmo do filme vai te surpreender a todo instante.

Ned e Peter Parker, a dupla que queremos, mas não merecemos.

Surpreendente e Espetacular são alguns bons adjetivos para Homem-Aranha: De Volta ao Lar. A todo o momento temos uma virada diferente. Seja na apresentação dos personagens, em seus aprofundamentos, seja pela trama, costuradinha nos mínimos detalhes, até as já clássicas referências. E claro, o que torna o Homem-Aranha o herói mais adorado de 9 em cada 10 pessoas: o seu senso de humanidade, suas derrotas pessoais, suas preocupações, sua imaturidade e no final, sua maturidade também. Vai chegar aquele momento do filme em que você vai falar: esse é o Homem-Aranha, essa é a essência que gostamos nele. E isso vai acontecer de uma forma ainda mais marcante. M. Night Shyamalan ficaria com inveja de tantos plot twists e viradas de roteiro.

Obviamente, você não pode sair antes dos créditos, com a mais surpreendente (nossa, quantas vezes eu escrevi isso no texto) cena pós-créditos já vista no Universo Cinematográfico da Marvel.

Você queria um filme para indicar aos melhores do ano? Então você já tem. Cinco estrelas com todo o louvor.

Leia também: Homem-Aranha: De Volta Ao Lar | Crítica com MUITOS Spoilers.

Veredito da Vigilia

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