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‘Hobbs e Shaw’ mostra (novamente) que não há limites para Velozes e Furiosos

Você ainda tinha dúvidas sobre para onde a franquia de Velozes e Furiosos iria depois do último filme? Então não se preocupe. Definitivamente não existem limites para Velozes e Furiosos e a maior prova disso é Velozes e Furiosos: Hobbs e Shaw, que estreia dia 1º de agosto em todo o Brasil. O filme que é, basicamente, uma parte separada da franquia – spin-off mesmo – foca no agente Luke Hobbs, interpretado por Dwayne “The Rock” Johnson, e no ex-mercenário Deckard Shaw, interpretado por Jason Statham.

Diferente dos demais filmes da franquia, o plot de Velozes e Furiosos: Hobbs e Shaw gira em torno de um vírus que foi roubado e pode acabar com a humanidade. Desta vez, nada de intrigas entre gangues de carros. A CIA entra em contato com os protagonistas para que eles trabalhem em conjunto, recuperem o vírus roubado e terminem com a organização responsável por essa criação. Bem simples, né? Uma receita de sucesso de filmes de agente secreto já bem conhecida: duas pessoas que não se dão muito bem tendo que trabalhar juntas; um problema que coloca a vida humana em risco; uma organização maligna. Um clássico.

Velozes e Furiosos: Hobbs e Shaw não deveria ser um filme conectado à franquia de Velozes e Furiosos. Tirando toda a parte que já foi “memetizada”, ela ainda gera uma grande quantidade de receita a cada novo filme lançado. E, como já disse o Choque de Cultura: é um filme de carro. Ignorando brevemente todos os outros problemas do longa, é possível dizer que para um “filme de carro”, quase não há cenas incríveis e marcantes envolvendo veículos, o que já é uma marca registrada da série, colocando perseguições inacreditáveis e cenas de ação envolvendo diversos automotivos.

Não sei se o início do filme foi um especial para os jornalistas presentes, porém, é necessário falar sobre isso. Na sessão, antes do filme começar de verdade, foi exibido um clipe de quase 5 minutos, apenas apresentando os dois protagonistas no maior estilo WWE ou UFC. Foco no rosto, mostrando músculos, câmeras diferentes… Tudo isso, apenas mostrando Hobbs e Shaw. Nesses minutos já ficava claro que Velozes e Furiosos: Hobbs e Shaw não seria sobre as perseguições, os carros com neon, o funky reggaeton ou qualquer outra coisa a não ser o foco em Dwayne Johnson e Jason Statham.

Aí você pode pensar “será que o resto do cast é ruim?” A resposta é não! Idris Elba é o vilão, Helen Mirren (A Maldição da Casa Winchester) aparece na cadeia, Kevin Hart faz uma aparição… Mas mesmo assim, diversas vezes é usado um jogo de câmera que imita a primeira pessoa, onde é focado apenas um dos protagonistas enquanto o outro fala, deixando a impressão de que o público está junto na discussão.

Vanessa Kirby é um cristal e merece ser elogiada – e ganhar protagonismo em outro filme de ação

Esse Velozes e Furiosos mais parece a continuação de G.I. Joe (outra franquia que The Rock fez parte). Infelizmente, não há maneira melhor para sintetizar Velozes e Furiosos do que a definição usada em Choque de Cultura: “Carro. Explosão. Mulherio.” Toda a franquia é baseada nisso, até mesmo o Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio, que foge um pouco do padrão. Mas, Velozes e Furiosos: Hobbs e Shaw é um filme sobre armas genéticas, genocídio em massa, motos que parecem bayblades e super-heróis. Falando em super-heróis, ele é quase tão longo quanto Vingadores: Ultimato: 2 horas e 40 minutos de filme!

É bem visível que a produção ficou nas mãos de Dwayne Johnson. Tudo o que ele sempre coloca em todos os seus filmes está no longa:

  • Super Pai? Sim.
  • Cultura Mahori? Sim
  • The Rock sem camisa? Sim
  • Piadinhas meia-boca? Sim
  • Um caminhote vintage? Sim

São quase 3 horas de adoração a ele. Como ele é grande, como ele é incrível lutando, como ele é forte… É de um exagero sem tamanho.

Ainda procurando sentido para essa cena ter acontecido

Procurando um filme de ação meio sem sentido e bem longo? Essa é a sua chance de assistir Velozes e Furiosos: Hobbs e Shaw.

Veredito da Vigilia


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