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Hebe – A Estrela do Brasil é um belo tributo ao ícone | Crítica

Um dos filmes mais aguardados pelo público no 47º Festival de Cinema de Gramado estreou na quarta-feira, dia 21 de agosto, na Mostra Competitiva de Longas. Hebe – A Estrela do Brasil é uma obra do cineasta Mauricio Farias e protagonizado por Andréa Beltrão.

Contando uma parte da trajetória de um ícone da televisão brasileira, Hebe – A Estrela do Brasil mostra que Hebe Camargo é muito mais do que vemos na telinha. Ela é uma mãe, uma esposa, uma tia, uma amiga, que bebe, que ri, que brinca, mas que também sofre muito, com Lélio (Marco Ricca), um empresário violento que tem ciúme do seu trabalho e dos seus convidados.

Mostrando os bastidores da televisão, como Bingo também fez, o longa traz representações de figurões da televisão brasileira, como Silvio Santos, que no filme é vivido por Daniel Boaventura.

A grande mensagem do filme em tributo à Hebe é sobre empoderamento feminino. Nas décadas de 1980 e 1990, a apresentadora já defendia seu papel na televisão, trazendo para a pauta debates importantes, das causas que ela acreditava. Além disso, Hebe diz que “O mundo é das mulheres” e felizmente, podemos acreditar, assistindo esse filme, o que é um grande acerto da direção, afinal, Hebe fazia tinha como seu maior público mulheres e, provavelmente, serão estas mulheres que irão assistir o filme nos cinemas. 

Andréa Beltrão em sua melhor forma

Andréa Beltrão consegue dar seu melhor e entregar uma Hebe que o público espera ver. O tom do cabelo, a voz, os trejeitos. Em alguns ângulos, a semelhança era tanta que emocionava. O figurino, com todas as joias e acessórios, fez jus à apresentadora que ficou tão conhecida no Brasil todo. A Marilda, de Grande Família, desta vez se torna uma mulher poderosa, influente e, acima de tudo, muito humana.

Hebe é um filme com selo Globo Filmes, o que faz com que ele tenha um roteiro novelesco, com atores conhecidos da emissora. Mas isso não é algo que atrapalha. É, inclusive algo esperado, pensando no público-alvo do longa. O recorte do filme, com uma pequena parte da vida da apresentadora, pós ditadura, é correto e emblemático, mas nos deixa com gostinho de quero mais. Hebe poderia facilmente ser uma série com muitos capítulos, que faria todo amante de novelas e de televisão brasileira consumir com gosto.

Hebe – A Estrela do Brasil acerta muito em seu público alvo. Entrega, para os fãs da apresentadora, um belo tributo à uma pequena parte da vida dela. E ainda deixa com gostinho de quero mais. Quem foi impactado pela apresentadora deve ir aos cinemas assistir o filme, vai ser emocionante, garantimos!

Veredito da Vigilia

Agradecimento pela parceria: Instituto Estadual de Cinema – IECINE

Foto destaque: Edison Vara/Agência Pressphoto

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