Harry Potter e a Criança Amaldiçoada, o oitavo livro da saga
Desde 2007 os Potterheads estavam órfãos de novidades do mundo mágico. O último livro lançado por J.K. Rowling, Harry Potter e as Relíquias da Morte, completou quase uma década quando tivemos o anúncio: a peça de teatro lançada em Londres e intitulada “Harry Potter and the cursed child” (Harry Potter e a criança amaldiçoada) seria lançado em forma de livro, no dia 31 de outubro aqui no Brasil, data sempre sugestiva! Não precisamos nem mencionar que os fãs, assim como eu, enlouqueceram com essa notícia. Não é por menos que foram vendidos cerca de 15 mil exemplares nos primeiros quatro dias.
Ganhei meu exemplar de presente de aniversário (valeu, Rob!) e foi uma emoção imensa poder ver que eu teria mais um pouquinho da saga em minhas mãos. Cresci com Harry Potter, inclusive já contei os motivos de amar tanto essa saga aqui na Vigília.
Mas vamos ao enredo, escrito por John Tiffany e Jack Thorne, diretor e roteirista da peça respectivamente. Como o livro é um roteiro de teatro, não vemos a narrativa de J.K., mas nos são entregues diálogos que sustentam essa nova realidade do mundo bruxo. Harry Potter e a Criança Amaldiçoada se passa 19 anos depois das últimas aventuras de Harry, Rony e Hermione. Harry é agora um funcionário do Ministério da Magia, casado com Gina e pai de três filhos, aquilo que lemos no final de Relíquias da Morte. Hermione é Ministra da Magia e Rony é dono da Gemialidades Weasley. Fica a cargo de Mione as decisões do mundo bruxo e de Rony o alívio cômico para o livro, como sempre. Temos uma narrativa mais adulta e madura, com conflitos familiares. A impressão que nos dá é que a série cresceu junto com a gente.
A história aborda o relacionamento de Harry e seu filho caçula, Alvo, um menino corajoso, que se sente sozinho e tem que viver com o peso de ser um Potter. Porém, ele é um Potter, é destemido, mas está sempre se metendo em todas as confusões. Alvo e Harry entram em diversos atritos, deixando os dois constantemente frustrados. O melhor amigo de Alvo é Escórpio Malfoy. Isso mesmo, o filho de Draco Malfoy. Os meninos pertencem a mesma casa, Sonserina, porém se aproximaram antes de tudo, lá no Expresso de Hogwarts (já vimos essa história antes). Um precisa do outro e vemos, mais uma vez, passagens emocionantes sobre amizade.
Nesse livro, revisitamos cenas inesquecíveis em nossas memórias. Vemos personagens que se foram voltando para flashbacks que nos fazem voltarmos a todos os outros sete livros da saga. Vira-tempo, magia, feitiços, Hogwarts, Capa da Invisibilidade, Mapa do Maroto. Esses elementos estão presentes nessa nova obra. Visitamos Godric’s Hollow, vamos ao Torneio Tribruxo, encontramos Cedrico Diggory. É impossível conter a emoção durante toda essa obra.
É um livro para fãs. Os Potterheads estão bem servidos de uma sessão de nostalgia com novidades. Quem viveu a saga na infância e na adolescência vai passar por reencontros dos personagens tão presentes da época. Mais um vez eu me senti com nove anos, quando assisti HP e a Pedra Filosofal e me apaixonei. Contudo, caso você não tenha tanto carinho pela série, não se arrisque. Tem muitos outros livros por aí.
E lembramos que em poucos dias teremos a estreia de Animais Fantásticos e Onde Habitam e a Potterhead aqui virá dar o veredito, porque a Vigília não para!