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Godzilla: The City on the Edge of Battle | Crítica

No embalo da estreia nos cinemas japoneses do último filme da trilogia Godzilla, que ocorreu no dia 9 de novembro, vamos falar sobre o segundo longa. A produção da Toho Animation e animado pela Polygon Pictures, foi lançada em maio nos cinemas japoneses, mas somente em julho entrou no catálogo do serviço de streaming da Netflix. Godzilla: The City on the Edge of Battle segue a linha de seu antecessor, tendo um roteiro denso, complexo, mas com reflexões de fácil percepção do público.

A história é uma ligação direta com o primeiro filme – Monster Planet – no qual Godzilla surge gigantesco no final da trama para deixar mais desesperançosos ainda a equipe que voltou à Terra para combater o mostrão que já vem evoluindo a 20 mil anos. Haruo, o protagonista, é resgatado por uma tribo, os Houtuas, que parecem ter sobrevivido na Terra graças ao nanometal, substância oriunda da carcaça do Meca-Godzilla, que foi elaborado para matar a grande ameaça, que tomou a terra 20 anos atrás.

Haruo é o capitão da equipe nessa sequência.

Haruo descobre que mais pessoas de sua tripulação também continuam vivas e então, com a ajuda do povo Houtua, encontra uma cidade inteira feita de nanometal, que servirá como matéria-prima para concretizar o seu grande plano: exterminar Godzilla. A partir daí, temos um longa metragem que mistura os filmes mais recentes de Alien com a história de Moby Dick. Os conflitos religiosos, racionais ou qualquer outro tipo de divergência da equipe de reconhecimento do planeta lembra muito os filmes de ficção científica, no qual a ameaça só está ali para nortear as ações, mas que no final das contas, o objetivo do filme é mesmo apresentar os temas que ele mesmo se propôs a debater.

No caso de Godzilla: The City on the Edge of Battle, somos indagados sobre o que aconteceria se um monstro criado pela poluição ambiental se tornasse o grande soberano da terra, que se voltou contra os humanos, adaptando o seu ecossistema apenas para servir à Godzilla, que conseguiu fazer com que todas as criaturas se submetam à ele. Outra questão é a da capacidade humana de planejar um ataque puramente utilizando a razão, ignorando quaisquer outras intuições e avisos. Só para justificar a citação de Moby Dick, é justamente nesse plano de matar o monstro, que vemos o quão obstinada uma pessoa que está à frente dos demais pode ser, apenas para cumprir a sua missão.

O povo Houtua ajuda a equipe de Haruo a descobrir sobre o nanometal.

O segundo longa é bom, até melhor do que o primeiro. Porém, por vezes pode soar um tanto confuso, caso você tenha assistido a muito tempo o primeiro. Por isso, vale a pena curtir os dois com o mínimo de intervalo possível, já que temos termos e motivações dos personagens que estavam presentes ainda no primeiro longa. Temos várias viradas de roteiro, introdução de mitologias e inclusive uma deixa para o terceiro filme… em uma cena pós-créditos.

Relembre também a nossa crítica de Godzilla – Monster Planet.

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