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Glenn Fabry na ComicCon RS: Curiosidades do famoso ilustrador do horror

Na oitava edição da ComicCon RS, o grande destaque internacional foi o ilustrador inglês Glenn Fabry. Desenhando desde os anos 80, Fabry é conhecido por apostar no horror e na crueza, sendo um dos ícones do gênero dentro dos quadrinhos. E foram das mãos dele que saíram muitas capas da linha Vertigo da DC. Por esse trabalho, Glenn Fabry hoje tem seu nome gravado na história de sucesso de Preacher.

Em um painel especial no evento no Sul do País, Fabry contou várias peculiaridades da sua carreira. Começando pelo seu estilo de desenho, o ilustrador contou que apesar de focar seu trabalho no horror, sempre tenta trazer elementos cômicos. Questionado sobre qual foi o trabalho de horror/terror mais nojento que já fez, ele respondeu rapidamente. “Foi um dos quadrinhos de Simpsons de Halloween” – que inclusive foram descontinuados -.  Ele brincou e lembrou, inclusive, que na capa estava escrito “não compre para menores de 15 anos”.

Preacher: convite veio após uns goles no bar

Sobre Preacher, ele contou que conheceu o autor em um pub. Os dois beberam juntos e assim surgiu o convite para o trabalho. Já Neil Gaiman, outro ícone do selo Vertigo, Fabry contou que nunca nem conseguiu conversar direito. Ele apenas o viu em convenções e disse que cada vez que o vê, Gaiman parece um personagem diferente.

Outro ponto que Glenn Fabry levantou foi que, quando ele começou a participar de convenções, em 1986, 98% do público era composto por meninos. Os outros 2% eram pais e namoradas. Hoje em dia, 50% do público já é formado por mulheres, levando em consideração as convenções realizadas nos Estados Unidos e na Europa.

Falando sobre a carreira, o ilustrador contou que toda a sua criação é manual, que ele não sabe nem utilizar o computador. Inclusive, ele cria suas peças com lápis e alguém as colore digitalmente. Fabry também contou algumas peculiaridades de sua forma de criar. Ele explicou que já passou três dias criando, sem parar. Fazendo pequenos intervalos apenas para lavar o rosto com água gelada e tomar xícaras de café preto. Já pensou?!?! Mas essas rotinas ficaram no passado. Agora, ele passa no máximo 12 horas (ainda é muito!) desenhando na frente da televisão, assistindo a algum programa que não disperse a sua atenção. Curioso, não?

*texto com colaboração de Tainá Hessler.

Créditos Foto: ComicCon RS

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