Ghostbusters: Mais Além é a melhor matinê que você terá este ano
A nostalgia promete fazer o coração dos adultos que cresceram nos anos 80 esquentar de emoção em Ghostbusters: Mais Além (Ghostbustes Afterlife), que estreia dia 18 de novembro nos cinemas de todo o Brasil. O longa dirigido por Jason Reitman (Obrigado Por Fumar, Juno, Amor sem Escalas) é todo coração, mas, “mais além” do que a nostalgia, é uma retomada da franquia produzida anteriormente por seu pai Ivan Reitman e que faz uma belíssima passagem de bastão para uma nova geração, que tem tudo para se afeiçoar com os novos personagens e a ideia de se ter uma nova equipe de Caça-Fantasmas. Acertada na mescla da ação, comédia e emoção, “Ghostbusters: Mais Além” provavelmente será uma das melhores matinês que você poderá encontrar este ano.
O longa começa com um grande susto, mas desde os primeiros segundos, amparado no grande legado da equipe clássica formada por Egon Spengler (Harold Ramis), Raymond Stantz (Dan Aykroyd), Peter Venkman (Bill Murray) e Winston Zeddmore (Ernie Hudson). Em uma cidade do interior de Oklahoma, a família de Callie, uma mãe solo – vivida pela excelente Carrie Coon – precisa assumir as contas e a herança de seu pai (Egon), e levar a reboque os filhos Phoebe (McKenna Grace, que rouba o filme) e Trevor (Finn Wolfhard, figurinha carimbada de Stranger Things e agora, muitas outras franquias). O que eles não sabem é que essa herança vai muito além do que uma fazenda improdutiva. Mérito do roteiro, que consegue costurar fatos do passado com problemas que estão vindo de encontro a esta família. Tudo envolvendo ela tem um capricho interessante e todos os três personagens entregam o que precisam para conquistar o público de várias formas.
E claro, saindo da cidade grande para uma cidade no interior, a família vai conhecendo outros personagens. Entre eles o professor Grooberson (Paul Rudd), um coadjuvante de luxo, Podcast (Logan Kim, que também rouba a cena) e Lucky (Celeste O’Connor). Cada um deles com sua conexão com Phoebe, Trevor e Callie, além de abrir as portas da nova cidade. Aos poucos, Reitman ainda vai nos pregando algumas peças e entregando pistas e personagens que ficaram marcados nos primeiros filmes. A costura, fique atento, vai seguir até as duas cenas pós-créditos da novidade.
A carta de amor aos Caça-Fantasmas e seus ícones é uma viagem gostosa para quem guarda no coração os filmes de 84 e 89, mas nunca se esquece de pegar o novo público pela mão, com a excelente química do elenco juvenil, tendo ao lado Paul Rudd e Carrie Coon. Mackenna Grace, no auge de seus 15 anos, já recheou seu currículo em produções como Capitã Marvel, A Maldição da Residência Hill, Eu, Tonya, O Mundo Sombrio de Sabrina, Annabelle 3, Fuller House, Jovem Sheldon, Maligno e O Conto da Aia, tem o protagonismo nas veias, e faz uma ótima dobradinha com Logan Kim. É o espírito novo. O respiro que pode garantir um futuro glorioso para a franquia.
Com tudo bem apresentado, os perigos dos fantasmas até ficam de lado, mas nem por isso são menos graves. Tudo graças ao legado da família Spengler e tantas citações. Embora tenhamos o clássico momento de “salvar o mundo”, o final é singelo e sem tantas pirotecnias, garantindo os cenas mais emocionantes e que certamente vão trazer aos marmanjos aquela situação curiosa de pleno suor dos olhos. Não cabe aqui dar tantos detalhes, mas eles valem cada segundo e surpreendem pela distância do lançamento do filme para com as principais participações especiais.
Ghostbusters: Mais Além é um programa irretocável para pais e filhos. A Vigília Recomenda!