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Família Addams tinha potencial, mas… | Crítica

Desde 1930, a Família Addams está assombrando e divertindo as pessoas, geração após geração. Criada por Charles Addams, os quadrinhos foram adaptados para a televisão em 1964, e desde lá, ganharam muitas versões. E chegou a vez da nova geração ter contato com essa família nada comum.

Gomez, Mortícia, Vandinha, Feioso e tantos outros integrantes da Família Addams retornaram, mas agora em forma de animação. Desta vez, a história começa no dia do casamento de Mortícia e Gomez e vai evoluindo, como se fosse um timelapse, mostrando a casa e as crianças crescendo. Para marcar um momento importante da vida de Feioso, a família Addams toda vai se reunir na casa de Gomez e Mortícia. 

Com elementos da cultura pop, inclusive os famosos programas de construção e reforma (tipo Irmãos à Obra), o filme tem pretensão de ser engraçado. Mas não é. Em alguns momentos, é possível esboçar alguns sorrisos, em outros, até quem sabe alguma risadas, mas a animação tinha potencial para mais. O design não é nada inovador, mas agradável, sem muitas pretensões.

O maior problema de Família Addams é, com toda certeza, a inúmera quantidades de subtramas. Feioso e sua prova, Vandinha e a vontade de conhecer o mundo atrás do portão, a casa que intrigava a comunidade, a família toda chegando para cumprir o fanservice e focar em um elemento explorado até cansar: o fator nostalgia.

Vandinha, a parte mais curiosa da Família Addams, na escola com as colegas.
Vandinha queria apenas ser uma menina normal…

Em um looping quase infinito, a música tema da Família Addams foi utilizada de forma exaustiva, em vários momentos. Outros elementos, como a rápida aparição do Primo It, sem sentido e sem explicação, deixaram uma certa frustração no espectador. Queríamos ver mais e com mais objetivo.

Com muito potencial, Família Addams pecou em sua execução. Talvez não agrade os mais nostálgicos e não cative a nova geração. Uma pena.

Veredito da Vigilia

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