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Exterminador do Futuro: Destino Sombrio | Crítica

Ignorando totalmente os filmes mais contestados da franquia que leva o nome “Exterminador do Futuro”, chega aos cinemas brasileiros no dia 31 de outubro, Exterminador do Futuro: Destino Sombrio (Terminator: Dark Fate). Com direção de Tim Miller (Deadpool), o longa utiliza os principais argumentos criados por James Cameron neste universo para recontar o destino da humanidade, que em algum momento, passou a ser ameaçada pelas máquinas que ela mesmo criou.

Se a premissa costuma não mudar muito, desta vez, pelo menos, o núcleo forte foi revigorado. No lugar de John Connor, até então o salvador da humanidade incontestável, temos a representação feminina e latina de Dani Ramos, vivida por Natalia Reyes, e a sua própria T-800, chamada Grace. Essa última vivida por Mackenzie Davis (Black Mirror). Mas é claro, uma franquia do passado não faz sucesso entre todos os públicos se não houver o fator nostalgia. E ele vem carregado com a excelente participação de Linda Hamilton repetindo seu papel de Sarah Connor, a principal ligação com Exterminador do Futuro (1984) e Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final (1991). As três, logo de cara, vão mostrar que teriam condições de segurar o filme até o final. Mas… em Exterminador do Futuro, sempre temos um “mas”.

Natalia Reyes é Dani Ramos. Seria ela a nova escolhida?

Por outro lado, temos em Gabriel Luna um novo vilão, com a iconoclastia que “Exterminador do Futuro” sempre nos entregou. Ele é Rev-9, a evolução do T-1000. Ele é o que podemos chamar de Venom dos Exterminadores. A explicação se dará em tela, ao você se deparar com tudo que ele pode fazer. Neste sentido, temos resgatada a essência dos dois primeiros filmes. Não importa o quanto você possa fugir, o vilão mais forte sempre vai te encontrar, e isso sempre funciona em um filme de ação. Você vai novamente se segurar na cadeira.

Gabriel Luna é Rev 9. Um inimigo que vale por dois.

Mas antes de colocadas todas essas peças no tabuleiro, vemos que Exterminador do Futuro: Destino Sombrio nos aponta logo em suas primeiras cenas uma quebra do paradigma para a família Connor. Não cabe entrar em spoilers, mas, dá pra dizer que ficou incrível toda a recriação. Com direito a participação do esquecido Edward Furlong, o clássico John Connor de 1991.

Mackenzie Davis: já queremos um novo filme com a humana aprimorada do futuro

Feito o parênteses, podemos voltar a trama. Aqui a promessa é colocar o núcleo feminino em destaque. E as três escolhidas são provavelmente as melhores coisas do filme. Dani é a latina que a gente simpatiza logo de cara. Embora tenha suas limitações, vemos que desde sempre ela tinha algo de especial. Um segredo que pode até ser óbvio, mas funciona. E para ela, temos não um T-800, mas a humana Grace, que foi aprimorada no futuro e consegue bater de frente com as principais ameaças. E mesmo com as suas habilidades de “curto prazo”, ela entrega as melhores lutas e participações nas cenas de ação. Já queremos ver Mackenzie Davis repetindo o papel nos futuros filmes. E claro, tudo se completa com a maior badass já criada nos filmes de ação: Linda Hamilton. 

Linda Hamilton: se existe mulher mais badass que ela, não conhecemos.

Em Exterminador do Futuro: Destino Sombrio, Tim Miller nos reconta uma saga com ótimas cenas. Mas, chegamos ao momento “Mas” da crítica. É quanto temos a introdução do nosso T-800 imortalizado por Arnold Schwarzenegger. Ele entra como um respiro, foge de obviedades, mas se ampara no personagem para alguns alívios cômicos. Não está proibido gostar de tudo que colocaram neste contexto, mas ele basicamente desvaloriza o senso de preocupação criado até ali. Fora algumas escolhas bem absurdas, quase que desculpas para inserir piadas no roteiro. É aqui que o filme desliza. Tinha humor em Exterminador do Futuro 2? Tinha. Eram com falas do T-800? Eram. Então, ao mesmo tempo, não é nada que não tenha ocorrido antes. MAS… Este que vos escreve torceu o nariz.

Arnold Schwarzenegger e Linda Hamilton se reencontram depois de momentos trágicos e poucas vitórias.

Baixando um pouco mais a efervescência do longa, o arco final se resume em cenas grandiosas e megalomaníacas para criar o clímax com o desfecho que provavelmente todo mundo espera em um blockbuster deste cacife. Ao mesmo tempo que você acredita que robôs vieram do futuro para salvar a humanidade, é possível que a sua suspensão de realidade seja colocada a prova com tudo que envolve a última etapa de Exterminador do Futuro: Destino Sombrio. Mas ninguém está proibido de gostar.

É fã de Exterminador do Futuro e de filmes de ação? Então esse é o seu momento.

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