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Elite: Histórias Breves entra no clima de Natal em sua segunda leva

Ao assistirmos a primeira leva de episódios de Elite: Histórias Breves, percebemos que a proposta desses quase “spin-offs”- já que são praticamente com os mesmos protagonistas da série regular, não podemos considerar um derivado – era a de aparar arestas e resolver pequenos detalhes que não precisariam estar na próxima temporada, mas que tem uma certa relevância para o decorrer da trama. 

Pois bem, meio ano depois dessa primeira leva, já temos mais três episódios colocando os “pingos nos ‘is’”, nos dando uma certa noção do que esperar depois da quarta temporada de Elite. 

Bom, na primeira parte de Histórias Breves 2, intitulado Phellipe, Caye e Felipe, vemos o que Cayetana (Georgina Amorós) está fazendo para superar o seu término com o príncipe Phellipe (Pol Granch). A garota que no passado se fingia de rica, agora está atuando como voluntária na arrecadação e conserto de agasalhos para o Natal. É nesse contexto que ela conhece Felipe (Àlex Monner), que apesar do nome, não tem nada parecido com o antigo namorado da garota (além de não ter carisma nenhum). No pior episódio dos três, temos cenas quase que teatrais entre os três personagens, com direito a DR em público, com discursos muito bregas. 

A Caye tem que parar de escolher o crush pelo nome

Quando você pensava que a pagação de mico já tinha sido o suficiente, temos a segunda parte, Samuel e Omar. Como o título sugere, acompanhamos os amigos que, além de trabalharem no mesmo lugar (que parece ser o único restaurante na Espanha), também moram juntos em um apartamento. Com uma história esdrúxula, o episódio inventa uma dívida impagável para Samu (Itzan Escamilla), proveniente de aluguéis que sua mãe nunca pagou. Para não ser despejado, o adolescente – depois de fazer uns bicos como Papai Noel, Árvore de Natal e por aí vai – cria uma espécie de OnlyFans para ganhar dinheiro, vendendo fotos suas na internet com o auxílio de Omar (Omar Ayuso). Até quando não temos uma nova namorada para Samuel, Elite dá um jeito de explorar a imagem do garoto sexualmente. Parece que o personagem não tem outra função a não ser protagonizar cenas de nudez. Todo o protagonismo sugerido no passado parece estar se esvaindo aos poucos. 

Samu olhando as visualizações do seu perfil no OnlyFans

Por fim, o episódio que entrega o único protagonista da história, Patrick. Na melhor das três partes de Histórias Breves, vemos mais uma vez a família do diretor Benjamin Blanco (Diego Martín) em pé de guerra, fazendo com que Patrick (Manu Rios) resolva acampar em uma cabana afastado de tudo e todos. Só que não vai ser tão fácil assim fugir das drogas, sexo e festas, já que um grupo de esquiadores praticamente obrigam o jovem a transformar a sua cabana em uma balada. Combinando os problemas familiares com o uso de entorpecentes, a Bad Trip começa. Como deveria ser em um legítimo conto de Natal, o jovem começa a revistar todas as suas ações, por meio do passado presente e futuro. Tais alucinações fazem Patrick refletir sobre a vida e, quem sabe, mudar daqui em diante. 

Patrick no melhor episódio de Histórias Breves

Elite: Histórias Breves 2 mostra que alguns personagens já estão desgastados e outros possuem grande potencial para o que a série regular promete. Porém, o curto espaço de tempo entre essas produções fez termos praticamente três temporadas de Elite em 2021, o que pode ser um pouco enjoativo. E se o remake de RBD for muito parecido, essa sensação pode aumentar ainda mais, fazendo com que uma abafe a outra. Ao meu ver Histórias Breves foi melhor executada na primeira leva, já que promoveu uma “passagem de bastão” entre a antiga e a nova geração de personagens. Talvez não precisássemos desses “pingos nos is” todos os anos (ou duas vezes, como foi em 2021). 

Veredito da Vigilia

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