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El despertar de las hormigas: maternidade compulsória e o patriarcado | Crítica

Apresentado durante a 5ª noite da 47ª edição do Festival de Cinema de Gramado na categoria competitiva de Longas Estrangeiros, “El despertar de las hormigas”, dirigido por Antonella Sudasassi Furnis, marca a presença do cinema costa-riquenho nesta edição.

Contando a história focada em Isabel (Daniella Valenciano) uma mulher – aparentemente – muito comum e de sua família, “El despertar de las hormigas” traz um tipo de inquietação diferente para os espectadores. O filme retrata bem dois tópicos comuns na cultura latina: a maternidade compulsória e a força do patriarcado. Começamos com a ideia de que “Isabel é uma mulher normal, que trabalha, cuida das filhas, cuida da casa, cuida do marido…” até que percebemos que isso não está certo.

A atitude da protagonista começa a mudar quando ela percebe que não está sendo ouvida por sua família e que outras pessoas estão decidindo o rumo de sua vida. Uma das questões mais recorrentes é a conversa sobre quando o casal, que já tem duas filhas, terá um próximo bebê. A pergunta é tão normalizada que, basicamente, em nenhum momento se fala se o casal gostaria de ter um novo bebê. Só quando isso irá acontecer.

Uma das cenas mais puras de todo o filme

Uma maneira inteligente que foi utilizada para demonstrar esse incômodo que Isabel sente ao ser pressionada é a presença de insetos e momentos em que a protagonista parece estar perdendo os cabelos aos tufos. Assim como no resto do longa, muito da comunicação entre o casal principal é feita através de olhares e gestos ao invés de diálogos.

“El despertar de las hormigas” traz temas comuns a sociedade de uma maneira inovadora e não batida. A Vigília recomenda!

Veredito da Vigilia


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