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Dragon’s Dogma usa os Sete Pecados Capitais para explicar a complexidade humana | Crítica

O anime original Netflix Dragon’s Dogma estreou em setembro na plataforma, despertando um ar de ‘nostalgia recente’, pelo fato de lembrar um pouquinho outra produção da própria empresa. É inegável que ao assistir os episódios da animação você não lembre de The Witcher. A pegada do protagonista passando por lugares diferentes a cada capítulo, enfrentando criaturas do folclore medieval e um dragão “bem mal feito” são algumas dessas semelhanças.

Em Dragon’s Dogma temos uma temporada de sete capítulos, com cada um dos episódios remetendo a um pecado capital. A cada play na história, você sente como se o personagem estivesse “avançando de fase”, como em um jogo de videogame. A sensação não é gratuita, uma vez que o anime foi baseado no game de mesmo nome. 

Criaturas mitológicas são as ameaças em Dragon’s Dogma

O enredo é bem simples no início, tornando-se complexo no decorrer da trama. Temos um caçador pacato, que quer vive feliz com sua esposa grávida e uma vizinhança bem tranquila. Mas tudo muda quando um dragão devasta todo o vilarejo, deixando apenas o nosso herói Ethan vivo. O bichão poupou o homem devido a sua bravura, mas não sem roubar “literalmente” o seu coração, despertando o pecado capital da Ira em seu interior. A partir daí, acompanhamos o herói em sua busca por vingança, ao lado de Hannah, uma peoa (é o feminino de peão!) que surge sempre que o dragão rouba o coração de alguém, e, daí por diante, precisa protegê-lo (e parece que isso é mais normal do que pensamos).

Hannah tem a missão de proteger o Ressurgido

Ethan então se torna um Ressurgido, lutando contra as criaturas mais perigosas até encontrar o “chefão” do game, o tal dragão. Em sua jornada, fica muito bem retratado como os humanos podem ser ameaças piores do que os monstros enfrentados pelo herói. Com um tom até pessimista sobre a humanidade, o anime mostra que os pecados capitais podem surgir em qualquer um, podendo levar até mesmo a ruína de um herói, rei, princesa, sacerdote, cavaleiro, etc. 

Ethan não consegue controlar o seu pecado da Ira

A respeito da animação, temos uma mescla de traço normal com computação gráfica. Algo que já vimos (de forma mal executada) no anime mais recente de Berserk, que continua a história após a trilogia de filmes. Tirando o dragão, você até releva algumas coisas e consegue aproveitar o visual.

Esse dragão parece que saiu de um jogo de Play 2

Dragon’s Dogma consegue contar uma história curta e ao mesmo tempo debater sobre o comportamento humano, demonstrando que indiferente do monstro que está acatando o seu vilarejo, o real perigo pode estar em uma pessoa como eu ou você. No final das contas, mesmo não querendo ceder aos nossos instintos, podemos ser os vilões da história se “nos deixarmos cair em tentação, não conseguindo nos livrarmos do mal”. 

Veredito da Vigilia

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