Divulgados os curtas gaúchos que estarão no Festival de Gramado
A organização do Festival de Cinema de Gramado acaba de divulgar os curtas gaúchos selecionados para a edição de 2020. Desta vez, a edição será virtual, em função da pandemia do novo coronavírus. Ao todo serão 19 filmes de oito cidades gaúchas que estarão concorrendo ao Prêmio Assembleia Legislativa de Cinema – Mostra Gaúcha de Curtas. Este ano a competição recebeu 113 inscrições.
Assim como os filmes da Mostra Principal, os curtas gaúchos serão exibidos entre os dias 19 e 22 de setembro pelo serviço de streaming do Canal Brasil Play. As produções serão agrupadas em quatro programas, de acordo com a classificação indicativa.
Avaliação e premiações
Os participantes concorrem em 11 categorias: Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Atriz, Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Fotografia, Melhor Montagem, Melhor Direção de Arte, Melhor Música, Melhor Edição de Som e Melhor Produção Executiva. Além do troféu, os vencedores também recebem prêmios em dinheiro no valor de R$ 8 mil para o Melhor Filme, e R$ 4 mil para as demais categorias. O 48º Festival de Cinema de Gramado acontece entre 18 e 26 de setembro
O Prêmio Assembleia Legislativa de Cinema – Mostra Gaúcha de Curtas é fruto de parceria entre o Festival de Cinema de Gramado e Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, e conta com o apoio da Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (ACCIRS), Instituto Estadual de Cinema (Iecine), Associação Profissional de Técnicos Cinematográficos (APTC-RS), Fundação de Cinema RS (Fundacine) e Sindicato da Indústria Audiovisual RS (Siav).
Confira os selecionados:
Bochincho – O Filme – Porto Alegre
17’37’’
Direção: Guilherme Suman
Baseado no conhecido poema de Jayme Caetano Braun, Bochincho, O Filme conta a história de um velho homem que, ao lado de parceiros de lida, evoca suas lembranças de um pitoresco episódio de seu passado no Rio Grande do Sul.
Construção – Pelotas
16’
Direção: Leonardo da Rosa
Após ser despejada de sua casa, Andréia volta anos depois para a comunidade da Getúlio Vargas com seus filhos Augusto, Gustavo e Bruno. Com a ajuda deles ela inicia a construção de sua casa própria.
Corpo Mudo – Santa Cruz do Sul
13’02’’
Direção: Marcela Schild
Diretora, que sonhava em ser astronauta na infância, visita o universo de outras mulheres para tentar entender o que criou um buraco negro em cada uma.
Desencanto – Porto Alegre
12’
Direção: Richard Tavares
Distantes e rejeitados, um casal de amigos sonha com a mesma imagem.
Deserto Estrangeiro – Porto Alegre
23’
Direção: Davi Pretto
Um jovem brasileiro, que recém começou a trabalhar em uma imensa floresta em Berlim, é arrastado para um pesadelo envolvendo o passado colonial alemão quando tenta encontrar uma garota perdida na mata.
Dois Homens ao Mar – Porto Alegre
16’47’’
Direção: Gabriel Motta
Ao deixar o Brasil, César conhece Martin em um café vazio de Tallinn, Estônia. Em frente aos dois homens, apenas o incerto infinito do mar.
Fragmentos ao Vento 1945 – Porto Alegre
18’03”
Direção: Ulisses Da Motta
Senhorinha é uma mulher negra que vive em uma colônia alemã no sul do Brasil de 1945. No meio da ditadura do Estado Novo, ela luta para sobreviver entre as forças opressoras e imigrantes vigiados e perseguidos.
Lacrimosa – Porto Alegre
11’40’’
Direção: Matheus Heinz
Assombrada pela memória do irmão falecido, menina revisita os acontecimentos que levaram seus pais a abandoná-la aos cuidados da avó. Sob a ótica infantil, inocência e culpa colidirão na sua tentativa de alcançar a verdade.
Letícia Monte Bonito 04 – Pelotas
20’
Direção: Julia Regis
No interior do Rio Grande do Sul, Laís conhece a intensa Letícia, com quem passa uma tarde letárgica de verão.
MAGNÉTICA – Porto Alegre
16’20
Direção: Marco Arruda
Em uma cidade habitada por seres desenhados, um garoto indígena testemunha uma aparição holográfica. É a chegada de uma entidade de materialidade desconhecida. Com uma presença misteriosa e alegorias exóticas, ela passa a encantar os moradores, despertando os seus sentidos mais insanos.
O Céu da Pandemia – Porto Alegre
5’15’’
Direção: Marina Kerber
Eu achei que era um sonho. Não tinha ninguém na rua e eu tava sozinha. Todos os dias são iguais, mas hoje é meu aniversário.
O luto impossível – Porto Alegre
4’10’’
Direção: Bruno Carboni
A pandemia e o isolamento social me fizeram voltar a sonhar com meu pai. Sua visita me fez retornar ao seu antigo HD e nele encontrar surpresas em meio à fotografias e vídeos da família.
O que Pode um Corpo? – Bagé
14’44’’
Direção: Victor Di Marco e Márcio Picoli
Um bebê nasce, mas não chora. Um corpo grita e não é ouvido. As tintas que escorrem em um futuro prometido, não chegam em uma pessoa com deficiência. Victor faz de si a própria tela em um universo de pintores ausentes.
Pra ficar perto – Sapucaia do Sul
6’24’’
Direção: Lucas dos Reis
Para estar junto não é preciso estar perto. Para Rafa, é.
Quando te Avisto – Santa Maria
24’46
Direção: Denise Copetti e Neli Mombelli
O que acontece quando dois olhares se cruzam? E se esses olhares compartilham de um mesmo espaço, mas se constituem em mundos próprios? O que afasta e aproxima indígenas e não indígenas?
Sopa Noir – São Leopoldo
10’37’’
Direção: Beatrice Petry Fontana
Detetive Berinjela investiga o assassinato de Chuchu. Na tentativa de prender o responsável pelo crime, Detetive interroga quatro suspeitos e meio, sem saber que o verdadeiro culpado estava bem embaixo de suas raízes.
Teste de Elenco – Porto Alegre
19’59
Direção: Marcos Kligman e Mariany Espíndola
Estudantes de atuação foram convocados para um teste de elenco. O que eles não sabiam é que o teste já era o filme. Teste de elenco se propõe a testar o “Método” de Stanislavski e debater sobre a verdade x realidade nas atuações.
Um Pedal – Canoas
23’08’’
Direção: Alexandre Derlam
Nicolas Berghan percorre caminhos inóspitos, com apenas um pedal da sua inseparável bicicleta. Em suas cicloviagens, ele narra suas experiências, percepções do mundo, liberdade de escolha e inclusão. Indiferente das condições físicas ou distâncias, Nicolas é um viajante agradecido.
Ver a Vista – Porto Alegre
3’
Direção: Daniel de Bem
Durante áudio para minha mãe percebo um ciclo onírico entre memórias que alimentam sonhos a partir de reencontros com imagens que evocam a consciência e a performance da passagem do tempo. Revivo e transformo um momento com meu pai, morto há quase 20 anos.