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Divertido, Amor e Monstros estreia na Netflix

“Amor e Monstros”, filme que estreou na gringa em 2020 e foi adquirido pela Netflix, estreia na quarta-feira, dia 14 de abril, e nos traz um futuro distópico. Um mundo em que Joel (Dylan O’Brien, de Teen Wolf e Maze Runner), após se refugiar em um bunker com um grupo de pessoas por sete anos, decide ir ao mundo exterior (repleto de monstros) para reencontrar um antigo amor (Jessica Henwick, a Collen Wing de Punho de Ferro).

Ok, a premissa em si não é nada demais. Sim, o apocalipse em si já é um assunto super recorrente em séries e filmes da atualidade. Porém, mesmo com essas questões, o filme se sobressai, justamente pela sua despretensão, senso de humor e o fato de não se levar muito a sério. Algo que já vimos (e vamos comparar nas próximas linhas), mas sem tanto carisma quanto outras obras.

Ao longo da jornada de Joel, no entanto, não podemos deixar de encarar algumas comparações. Troque monstros gigantes por zumbis famintos e temos a principal delas (e que chega a incomodar um pouquinho) com o já clássico “Zumbilândia”. Assim como no filme de 2009 (e da continuação de 2019), o protagonista cria uma série de lições de sobrevivência que guiam a sua jornada. Além disso, em ambas as histórias, há uma narração de fundo feita pelo personagem principal, recurso antigo, mas que também vimos recentemente na trilogia “Para Todos os Garotos…“.

Basicamente, “Amor e Monstros” é uma versão de “Zumbilândia” menos zoeira, menos sangrenta e para uma faixa etária um pouco menor. E isso não precisa ser um problema, principalmente porque Michael Rooker (nosso adorado Yondu, de Guardiões da Galáxia) não decepciona nem um pouco com a sua própria versão do Tallahassee de Woody Harrelson, Clyde, ou melhor, o “adulto com experiência (e uma arma) que salva a vida do garoto”.

No quesito de comédias sobre o apocalipse, o longa também nos lembra um pouco “Meu Namorado é um Zumbi” (2013) e “Procura-se um Amigo Para o Fim do Mundo” (2012), apesar deste segundo ter algumas notas um pouco mais dramáticas do que esse quase romance teen que é Amor e Monstros.

O ponto em que “Amor e Monstros” talvez mais incomode seja na questão do desenvolvimento de relacionamento dos personagens. Nesse quesito, tudo acontece muito rápido (ou nem acontece).

Um monstro bacana, mas nada assustador

Já os efeitos visuais são muito bem executados e os monstros chegam a ser divertidos, pois nos trazem uma mistura dos clássicos filmes de terror lá das décadas de 50/60/70, com aranhas e sapos gigantes bizarros, com uma pegada meio Goosebumps. Resultado: monstros um pouco infantilizados, mas criativos e bem executados.

Caso ainda não tenha se convencido, aqui um incentivo: ao longo de sua jornada, Joel encontra Boy (Garoto), um cão que também perdeu a sua família e que vive sozinho em um ônibus abandonado. Juntos, os dois se aventuram, se ajudam e se salvam. Não tem como não gostar de filme de cachorro, não é mesmo?!

Assim, “Amor e Monstros” (dirigido por Michael Matthews) é uma bela dica para curtir no sofá com uma pipoquinha, sem precisar se preocupar muito com o que está acontecendo, mas mesmo assim, garantindo um bom momento na frente da tevê.

Veredito da Vigilia

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