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Dia do Cinema Nacional: lista de filmes – parte 3

Encerrando a nossa “Lista Trilogia” de filmes nacionais, temos a terceira lista repleta de clássicos, passando por Glauber Rocha, Zé do Caixão, José Padilha e as produções do cineasta Jorge Furtado. O criativo e produtivo diretor gaúcho, que figurou tanto na primeira, quanto na segunda parte do nosso especial Cinema Nacional agora emplaca não só histórias que fazem rir, mas que também fazem pensar, como no premiado documentário A Ilha das Flores. Uma das obras essenciais da produção brasileira.

Assim como nas anteriores, também temos a volta de figuras clássicas e atores como Lázaro Ramos, uma adaptação de um clássico da literatura brasileira e um dos grupos humorísticos que mais vezes figurou nas telonas, arrastando multidões para os cinemas de Norte a Sul: Os Trapalhões. As nossas listas foram inspiradas pelo dia Nacional do Cinema, que é celebrado em 19 de junho.

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Houve uma vez dois verões (Jorge Furtado, 2002)

Chico (André Arteche), encontra Roza (Ana Maria Mainieri) num fliperama na praia (a maior e pior do mundo, segundo ele). Eles transam e Roza some. Chico não consegue esquecer a menina e vai atrás dela, acompanhado de Juca (Pedro Furtado). Quando o verão acaba e eles retornam para escola, Chico finalmente encontra Roza, que conta que está grávida. A partir daí, a vida dos dois passa por muitos encontros e desencontros.

Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), de Glauber Rocha

O baiano Glauber Rocha é um dos grandes nomes do cinema nacional. Antes do também clássico Terra em Transe, ele rodou em 1964 o igualmente clássico Deus e o Diabo na Terra do Sol. Estrelado por Othon Bastos, Geraldo Del Rey e Yoná Magalhães, é considerado um marco no Cinema Novo e faz parte dos 100 melhores filmes brasileiros pela Abraccine. A história conta a sofrida saga de um casal que é traído por um coronel no sertão na busca pela sobrevivência.

À Meia-Noite Levarei Sua Alma (1964), de José Mojica Marins

Outro clássico do cinema nacional produzido pelo essencial José Mojica Marins, também conhecido, ou mais conhecido, pelo apelido de Zé do Caixão. Em 1964 ele remava contra a maré com o gênero de terror. O coveiro Zé do Caixão quer gerar um filho perfeito para dar continuidade a sua linhagem e vê na vizinha o par perfeito para levar o plano adiante, já que sua mulher não consegue engravidar. Consumada a violação, a moça quer cometer suicídio e voltar dos mortos para ter a sua vingança.

Ônibus 174 (2002), de José Padilha

Documentário de José Padilha sobre o triste e histórico sequestro do ônibus 174 no Rio de Janeiro. O crime ocorreu dois anos antes, quando um sobrevivente da chacina da Candelária ameaçava disparar contra os passageiros. O fato foi televisionado e transmitido ao vivo. Na narrativa, Padilha conta e aponta os fatos que excluíram o rapaz ao ponto de ele chegar à situação limite do ato que levou à sua morte, apontando para falhas da sociedade e do poder público.

Os Saltimbancos Trapalhões (1981), de J.B. Tanko

Um dos grupos humorísticos mais ativos do cinema nacional. Você pode até estranhar esse filme por aqui, mas há méritos de sobra. Os Trapalhões eram responsáveis por levar multidões aos cinemas nos anos 80 e 90. Somente Renato Aragão, o Didi, tem pelo menos 50 filmes produzidos. Baseado na peça teatral Os Saltimbancos, de Sergio Bardotti e Luiz Enríquez Bacalov, foi adaptada para o Português por Chico Buarque, e tinha sua origem no conto Os Músicos de Bremen, dos Irmãos Grimm.

Saneamento Básico (Jorge Furtado, 2007)

Esse filme é muito bom e muito ruim ao mesmo tempo. Os moradores da pequena (e fictícia) Linha Cristal, na Serra Gaúcha, se reúnem para tomar providências sobre a construção de uma fossa para tratamento de esgoto. A Prefeitura disse que entende a necessidade, mas que não tem dinheiro. Dispõe de verba apenas para a realização de um filme. Então que surge a ideia de dividir o dinheiro para realizar a obra e fazer um filme sobre o assunto. Assim, os próprios moradores se juntam para produção do filme. O elenco conta com nomes como Fernanda Torres, Wagner Moura, Camila Pitanga (que está engraçadíssima), Bruno Garcia, Lázaro Ramos, Tonico Pereira, Paulo José e Lúcio Mauro Filho.

O ano em que meus pais saíram de férias (Cao Hamburguer, 2006)

Mauro (Michel Joelsas) é um menino de 12 anos que gosta de jogar futebol de botão e tem uma vida normal. Até que um dia, os pais de Mauro precisaram viajar as pressas e o deixam aos cuidados de um vizinho judeu, Shlomo (Germano Haiut). O debate desse filme é importantíssimo: é o retrato das marcas da ditadura brasileira, na vida das famílias. O filme todo se passa sob o olhar de Mauro.

O som ao redor (Kleber Mendonça Filho, 2013)

Quando uma milícia chega nas ruas de classe média na zona sul de Recife, a vida dos moradores do local muda. Parte dos moradores comemoram a tranquilidade trazida pela segurança, liderada por Clodoaldo (Irandhir Santos) e outros temem os momentos de tensão.

Memórias póstumas de Brás Cubas (André Klotzel, 2001)

Baseado no clássico livro homônimo de Machado de Assis, essa comédia, protagonizada por Reginaldo Faria, garante risadas. Depois da sua morte, no ano de 1869, Brás Cubas narra a sua história, contando os fatos mais importantes da sua vida.

 

 

 

Amarelo Manga (Cláudio Assis, 2003)

Pequenas histórias, com Recife como pano de fundo, são contadas e interligadas. Dunga (Matheus Nachtergaele) é cozinho e faxineiro de um hotel, e é apaixonado pelo açougueiro Wellington Kanibal (Chico Diaz). O açougueiro trai a esposa, Kika (Dira Paes). O necrófilo Isaac (Jonas Bloch) é apaixonado pela dona do boteco, Lígia (Leona Cavalli), mas desperta algo a mais em Kika.

Extra: Ilha das flores (Jorge Furtado, 1989)

Essencial para esta lista. O curta-metragem roteirizado e dirigido por Jorge Furtado vai te chocar. É impossível não ficar mexido com as informações do documentário. Ilha das Flores faz uma crítica sobre a desigualdade social entre as pessoas, abordando o tema do desperdício de comida e a produção de lixo. Assista, repense a vida e depois nos agradeça.

Relembre:

Cinema Nacional: lista de filmes – parte 1

Cinema Nacional: lista de filmes – parte 2

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