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Dia do Cinema Nacional: lista de filmes – parte 1

Dia 19 de junho é a data oficial do Dia do Cinema Nacional. E claro, a Vigília não podia deixar de registrar esse momento com uma de suas especialidades: uma bela lista de filmes. No entanto, a conversa ficou tão séria que vamos fazer três. Exatamente, três grandes listas do que melhor representa o cinema nacional. Passando por Glauber Rocha até José Padilha e Jorge Furtado, vamos celebrar a sétima arte tupiniquim.

A data, pra quem não sabe, é uma homenagem ao dia em que o italo-brasileiro Afonso Segreto, o primeiro cinegrafista e diretor do País, registrou as primeira imagens em movimento, no ano de 1898. E claro, de lá pra cá, muita coisa melhorou. Passando pelas clássicas pornochanchadas (ou só chanchadas mesmo) dos anos 70 e 80, pro cinemão pipoca do final dos anos 90, até os grandes clássicos contemporâneos da chegada dos anos 2000, elencamos algumas das mais importantes obras do nosso cinema. Além do dia 19 de junho, o Brasil também guarda com carinho o dia 5 de novembro, aniversário da primeira exibição público de cinema em nossas terrinhas.

Enfim, vamos à lista. Depois, confira as partes 2 e 3 dessa seleção!

Cidade de Deus (Fernando Meirelles; Kátia Lund, 2002)

“Dadinho o C%¨&*#! Meu nome é Zé Pequeno P#$%@!” – Dificilmente você ainda não viu esse filme, e se não viu, pare tudo o que está fazendo e assista! O enredo se passa nas favelas do Rio de Janeiro da década de 70 e acompanha a história de dois personagens: Buscapé (Alexandre Rodrigues), que é fotógrafo e registra o cotidiano violento do lugar e Zé Pequeno (Leandro Firmino), um traficante ambicioso. Um clássico instantâneo que mudou paradigmas do cinema brasileiro ao ter quatro indicações ao Oscar (Melhor Fotografia, Edição, Roteiro e Diretor).

Central do Brasil (Walter Salles, 1998)

Esse filme não foi Oscarizado por muito pouco (merecia!). Intenso e emocionante, o filme conta a história de Dora (Fernanda Montenegro), que é uma professora aposentada e ganha a vida escrevendo cartas para pessoas analfabetas, na Central do Brasil. Ela ganha dinheiro e não posta as cartas. A vida dá uma rasteira no amargor de Dora quando o filho de uma de suas clientes, o pequeno Josué (Vinícius de Oliveira), acaba sozinho depois que a mãe morre em um acidente de ônibus. Ela tenta ignorar, mas aceita cuidar do menino e embarca em uma viagem para o Nordeste do Brasil, em busca do pai de Josué.

Dona Flor e Seus Dois Maridos (Bruno Barreto, 1976)

Até a estreia de Tropa de Elite, essa era a maior bilheteria do cinema brasileiro. A obra, baseada no livro homônimo de Jorge Amado, é protagonizado por Sônia Braga, José Wilker e Mauro Mendonça. O filme se passa no início da década de 1940, quando uma sedutora professora de culinária, Dona Flor, fica viúva de Vadinho (José Wilker) um malandro que passava a vida na jogatina e em boates da cidade. Rapidamente, ela se casa com Dr. Teodoro (Mauro Mendonça), um pacífico farmacêutico. Apesar do recente casamento, Dona Flor tinha saudade do falecido marido e começa a vê-lo como um espírito. Um remake está em andamento com Juliana Paes, Leandro Hassum (medo) e Marcelo Faria. A direção será de Pedro Vasconcelos. 

Bicho de sete cabeças (Laís Bodanzky, 2001)

Esse filme vai mexer com você, temos certeza. Rodrigo Santoro brilha como Neto, personagem que tem um relacionamento péssimo com o pai Wilson (Othon Bastos). Quando as discussões e brigas constantes chegam no limite, Wilson resolve internar Neto no manicômio. É um filme para repensar os preconceitos da sociedade com as doenças mentais.

O homem que copiava (Jorge Furtado, 2003)

Lázaro Ramos levando a pior por causa de uma paixão (você vai ver isso em outros filmes). Desta vez, ele vive André, um operador de fotocopiadora (o guri do xeróx mesmo) que observa a vizinha Sílvia (a belíssima Leandra Leal) pela janela. Um dia, ele resolve conquistar Sílvia, e começa a “fabricar dinheiro” para impressionar a moça. O filme é genial, engraçado, leve e despretensioso. Vale a pena!

O cheiro do ralo (Heitor Dhalia, 2007)

Selton Mello protagoniza o filme e dá vida a Lourenço, um proprietário de uma loja de penhores, que toca sua rotina com compras e vendas, pequenos rolos e jogos de azar para alimentar a ganância. Até então, tudo corre bem. Mas Lourenço conhece uma garçonete (Paula Braun) que faz com que ele comece a perder o controle da vida que até então estava equilibrada. Estamos diante de umas das narrativas mais interessantes do cinema brasileiro.

Abril Despedaçado (Walter Salles, 2002)

O filme se passa no sertão brasileiro, em 1910. Tonho (Rodrigo Santoro) vive lá com sua família e é estimulado por seu pai (José Dumont) a vingar a morte de seu irmão mais velho. Tonho se divide entre seguir a tradição e viver com essa culpa. A carga dramática de Abril Despedaçado é arrebatadora, esteja preparado. Foi o filme que deu ainda mais visibilidade para Rodrigo Santoro.

Terra em Transe (Glauber Rocha, 1967)

No fictício país chamado Eldorado, o jornalista e poeta Paulo Martins (Jardel Filho) é ligado ao político Porfírio Diaz (Paulo Autran), que está em ascensão, e a sua amante Silvia (Danuza Leão), que também tem um caso com Paulo. A partir daí, as complicações políticas e amorosas só começam a piorar! É possível comparar o enredo do filme à história política brasileira de 1960-66. Clássico dos clássicos quando se fala em cinema nacional.

Hoje eu quero voltar sozinho (Daniel Ribeiro, 2014)

Um daqueles filmes adolescentes, mas que vai fazer você se emocionar. Leonardo (Ghilherme Lobo) é um menino cego, que tenta fugir da superproteção dos pais, e que vive aquele período difícil da vida: a adolescência. No novo ano na escola, ele se aproxima de Gabriel (Fábio Audi), que chega e ocupa um espaço muito importante na vida do menino. Prepare-se para se emocionar e viciar em Belle and Sebastian!

O Palhaço (Selton Mello, 2011)

Dirigido, roteirizado e protagonizado por Selton Mello, O Palhaço conta a história de Benjamin (Selton Mello), que trabalha no Circo Esperança, na companhia de seu pai Valdemar (Paulo José) e juntos eles formam a dupla de palhaços Pangaré & Puro Sangue, que diverte plateias e mais plateias. Porém, Benjamin está passando por uma crise existencial e começa a repensar toda a vida. Um filme legal para repensarmos sobre quem queremos ser e quem somos.

Gostou da lista? Faltou alguma coisa? Deixe nos comentários! Na parte 2 da lista temos Tropa de Elite, mais Jorge Furtado, mais Selton Mello, Wagner Moura e claro, Lázaro Ramos.

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