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Deadpool 2: o mercenário tagarela volta ainda maior

A adaptação de Deadpool, em 2016, foi uma grande surpresa de crítica e bilheteria. Sua continuação, num mundo da sétima arte governado por super-heróis dos quadrinhos, era portanto, uma obrigação. E ela veio tão boa quanto o filme de sua origem, com nuances diferentes, mas o mesmo espírito arruaceiro digno das páginas e requadros. E essa belezura estreia no dia 17 de maio, em todo o Brasil. Segure-se na cadeira. Deadpool 2 é maior em volume de ação e piadas. Se é melhor que o primeiro? Vou deixar para você leitor definir. Afinal, a briga é boa.

Ryan Reynolds volta ao papel de Deadpool e o diretor David Leitch. Foto: Joe Lederer.

O projeto liderado por Ryan Reynolds trouxe para Deadpool 2 um diretor com o pé na ação. David Leitch, um dos responsáveis por John Wick, é quem assina o longa. Já o roteiro é creditado aos escritores de 2016, Rhett Reese e Paul Wernick, fora, novamente, o astro Ryan Reynolds. Reynolds, é bom que se registre, de uma vez por todas achou seu espaço entre os blockbusters de ação e comédia. É com Deadpool que ele tem seus melhores momentos, e vai ser difícil superar isso em outro papel. A continuação só veio carimbar a diversão que vimos no primeiro.

Deadpool 2 é maior. Talvez não mais ousado, porque o original foi quem deu o baque inicial de que algo tão alucinado fosse possível. Mas está lá com todo seu esplendor (se é que é possível usar esse termo num filme desses). Piadas certeiras, referências, easter-eggs, participações especiais e claro, mais grana. Por consequência, mais efeitos especiais, cenas insanas e aquelas loucuras dignas da criação de Rob Liefield. É maior também por trazer de vez para os cinemas uma nova equipe com o carimbo X, dos X-Men. Deadpool, como já se sabe, reúne um grupo de mutantes – AKA X-Force – para tentar resolver um problemão. Mas não se apegue. Sem dar spoilers, o grupo é responsável por uma das melhores cenas do filme, durante seus cinco segundos de fama. Nele temos Terry Crews (como o mutante Badlam), Zazie Beetz (excelente como Domino), Bill Skarsgard (o nosso palhaço IT, como Zeitgeist), um ‘papelão’ como Vanisher, Lewis Tan, como o conhecido Shatterstar, e Rob Delaney, como o querido Peter.

Shioli Kutsuna e Brianna Hildebrand, a Negasonic Teenage Warhead. Foto: Joe Lederer.

Essa continuação é também mais elaborada no roteiro. Se antes tínhamos um filme de origem com um grupo aleatório de vilões, agora temos um pouco mais de drama. Exatamente, um pouco mais de drama na vida do mercenário tagarela. E a nossa Vanessa (Morena Baccarin) é que está diretamente envolvida nele. É a força necessária para, em meio a tanta zoeira, ainda contar uma pequena história de superação e, quem diria, amor. Esse drama, por sinal, traz os momentos de respiros do filme que podem incomodar um pouco aqueles que se empolgaram bastante com o longa de origem. São as pausas claudicantes do filme. Colossos (todo em CGI) e Brianna Hildebrand, a Negasonic Teenage Warhead, também estão de volta. Essa última com a namorada, interpretada por Shioli Kutsuna. Também voltam o taxista Dopinder (Karan Soni) e a ceguinha Al (Leslie Uggams).

Julian Dennison é Russell, responsável por boa parte da trama. Foto: Joe Lederer.

E claro, como todos já sabiam, e como o próprio Deadpool tinha garantido no primeiro filme, temos Cable. E ao contrário das dicas, não é vivido por Liam Neeson (#referência). Quem encarna em sua quase perfeição o mutante Nathan Summers/Cable é ninguém menos que Josh Brolin, que você sabe, vimos como Thanos em Vingadores: Guerra Infinita. Se temos piada com isso? Não tenha dúvidas. Brolin está, novamente, irreparável em sua atuação, que carrega um pequeno drama também. Fecha o carreto dramático o jovem Julian Dennison (A Incrível Aventura de Rick Baker, de Taika Waititi #AVigíliaRecomenda) que move também as ações de Cable. Ah, e pra não esquecer, temos duas boas surpresas no filme, que não dá pra contar antes da estréia.

Fique atento aos momentos de Deadpool na Mansão X.

Se você achava Deadpool era um trunfo, Deadpool 2 é um trunfo ainda maior. Provavelmente a comédia do ano. Quase irreparável e responsável por duas das melhores cenas já vistas no mundo mutante da Fox (uma delas vem já no apagar das luzes). É uma cena necessária e daquelas de lavar a alma. Com duas adaptações já feitas, dá pra dizer que os filmes do Deadpool são uma piada. E se a piada é boa, a gente quer mais, independente de roteiro e ações. E isso até dificulta uma análise mais crítica, porque em Deadpool, tudo está valendo. Basicamente, se a piada é boa, funciona. E Deadpool é uma piada boa.

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