Mostra Competitiva de Curtas Gaúchos: segundo dia

Domingo, dia 18 de agosto, foi mais um dia cheio de Curtas-Metragens Gaúchos na 47ª edição do Festival de Cinema de Gramado. Novamente, a exibição contou com dez curtas e teve acesso livre para o público geral. Não esqueça de ler a primeira parte aqui. Confira um pouco dos filmes que completam a categoria:

“Linha Travessão” é um curta documental, dirigido por Douglas Roehrs, e que tinha o intuito apenas de contar a história de sua família em formato de vídeo. Todo em preto e branco, metade sendo falado em alemão, “Linha Travessão” é simples, direto e de fácil conexão com o público.

Focando na distância entre as pessoas, “Êles”, dirigido por Roberto Burd, traz questionamentos sobre a vida moderna e como lidamos com os problemas. O plot, que a primeira vista primeira parece a morte da empregada, se mostra mais profundo do que isso.

Com direção de Felipe Diniz, “Sonata” mostra a realidade como ela é. Pessoas tendo que viver a vida da maneira como conseguem e não da maneira como gostariam. Isso tudo ainda em um cenário político conturbado.

“Stardust” é responsável por trazer um pouco de sci-fi para a categoria de curtas. Dirigido por P. Zaracla, “Stardust” vem com vilões reptilianos, viagens através do espaço, armas laser e uma princesa para ser salva.

Focando em uma temática bem pesada, “Tempestade e a janela de papel”, de Viviane Locatelli, aborda a violência e a realidade dos transtornos psicológicos. O curta é bastante poético porém ainda bem pesado.

Apoiando-se em acontecimentos atuais, “Dia de mudança”, obra de Boca Migotto, fala sobre as pessoas de diferentes gerações podem reagir ao novo sistema de governo no Brasil. Sarcástico, ácido e atual.

“A maior locadora do mundo”, dirigido por Matheus Mombelli, é um curta documental sobre a maior locadora do mundo e o que ainda existe de uma indústria que foi – praticamente – extinta. Um diferencial: a locadora em questão é especializada em pornografia.

“Buitenlanders/ estrangeiros”, obra de Cassio Tolpolar, busca retratar a realidade de um estrangeiro vivendo no anonimato em Porto Alegre. As diferenças idiomáticas e culturais são grande parte do curta.

Com uma forte crítica política, “Who’s that man inside my house” mostra que talvez não fazer algo já é ruim o bastante. O diretor, Lucas Reis, se apoia em cenas escuras, um personagem assustador e trilha sonora muito bem escolhida para manter o público atento.

Existe uma realidade muito pesada retratada em “O carnaval de Gregor”. A diretora, Kiwi Bertola, mostrou nuances de um crime não seguindo o padrão esperado.

Está curtindo a cobertura do 47º Festival de Cinema de Gramado? Conte para a gente nos comentários! E lembre: a Vigília não Para!