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Crise na Terra-X é a DC que deu certo | Opinião

Na sexta-feira, dia 1º de dezembro, os brasileiros puderam conferir o especial de quatro episódios do maior crossover de heróis já feito para a TV. Reunindo os elencos de Flash, Arrow, Supergirl e Legend’s Of Tomorrow, os heróis da DC Comics conquistaram uma das melhores audiências da CW nos Estados Unidos na sua noite de estreia. No Brasil, ainda não há dados de audiência, mas os fãs deve ter garantido bons índices também, repetindo o que acontece com as bilheterias de cinema desse universo. Por aqui, o canal Warner passou a saga completa em uma só tacada.

Há algum tempo a DC vem acertando a mão em suas séries. Praticamente, desde a origem de Arrow, que puxou Flash, Supergirl e Legends Of Tomorrow. É claro que em séries de TV, com mais tempo de duração, temporadas de mais de 20 episódios e tempo de tela, temos altos e baixos, mas a média das produções é bem satisfatória. E na minha modesta opinião, o fato que possibilita essa consolidação é um misto de histórias, boas adaptações, efeitos especiais expressivos (afinal é TV), mas principalmente, a falta de amarras. Assim como nos quadrinhos, nas séries de TV da DC Comics, o céu é o limite. Não há qualquer rancor ou preocupação em soar estranho ou excêntrico demais. Isso desde a primeira temporada de Flash, quando o conceito de viagem no tempo foi estabelecido (o Éderson Nunes, nosso plantonista de Viagem no Tempo, pira).

Nomeie todos os heróis dessa foto nos comentários e concorra a um brinde.

Desde então, temos também os diferentes mundos e realidades alternativas que possibilitam o que o roteirista quiser. Dois Flashs em tela? Duas Supergirls? Dois Arqueiros? Basta querer. E tudo isso foi o que consolidou o aclamado título das HQs ser usado também nas telinhas. É claro, com suas limitações e adaptações. Mas está lá: Crise na Terra-X chegou em uma nova mídia.

Os Vilões da Terra-X, o mundo que teve os Nazistas como vencedores da Segunda Guerra Mundial, é o cenário perfeito para a criação do maior temor da Terra 1, onde estão todos (quase todos) os nossos heróis. E aí, o mérito. Anote quantos deles estiveram na história:

 

Obviamente o crossover não é um primor. Muito em função de algumas personificações, que ficam com atuações bem aquém, e uniformes do tipo Liga da Justiça da América (telefilme de 1997 e que chegou a passar no SBT, anos atrás). Mas o núcleo central é quase perfeito. Stephen Ammel (Arrow), Grant Gustin (Flash) e Melissa Benoit (Supergirl) são o suprassumo da simpatia e irradiam esperança. Até mesmo um deslocado Brandon Routh (o último Superman antes de Henry Cavill) tem seus momentos.

Liga da Justiça da América, de 1997. Uma época que não deixou saudades. E acredite, o rapaz de colete azul é o Lanterna Verde.

De quebra, Crise na Terra-X tem verdadeiros momentos de ousadia e diversidade. Tudo isso bem escancarado com os relacionamentos de Canário Branco (Caity Lotz) com Alex (Chyler Leigh) e Capitão Frio (Wentworth Miller) e Ray (Russel Tovey). E claro, aquela mescla de pancadaria e situações que não poderiam ficar de fora, com um desfecho clássico. Ah, e uma cena quase épica, com o casamento de Barry Allen e Iris West (Candice Patton).

Realmente, tivemos grandes momentos.

Casamento de heróis: nunca é normal e nunca termina bem.

Crise Na Terra-X é a DC forte, que acerta. Assim como foi na maioria de suas animações para a TV. Basta não ter amarras e seguir um planejamento. Não ter vergonha de que heróis devem ser heróis. Sem vergonha de mostrar a cor e de dar esperança para todos. Tudo o que falta no cinema.

Créditos imagens: Warner Channel BR.

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2 comentários sobre “Crise na Terra-X é a DC que deu certo | Opinião

  • cidadão gladio, sr. incrível, capitao frio, ray, elektron, harrisson wells, vibro, onda térmica, canário negro, iris west, flash, cao raivoso, alex danvers, nevasca, canario branco, supergirl, arqueiro verde, felicity, zari e vixen

    ja ganhei?

    Resposta

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