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Cinema Nacional: 9 filmes imperdíveis de 2018

A safra de 2018 do cinema nacional nos presenteou com uma diversidade marcante. Pelas salas escuras, nem tão badaladas quanto às dos blockbusters norte-americanos (infelizmente), passaram adaptações de Histórias em Quadrinhos, dramas políticos, biografias de importantes personagens da história do esporte e da música do Brasil, e até mesmo uma estreia experimental que mesclou teatro e cinema, em uma verdadeira aula de dramaturgia.

Confira os destaques do cinema nacional elencados pela Vigília!

Benzinho (Gustavo Pizzi)

As irmãs que nos emocionaram!

O vencedor do prêmio de Melhor Filme do Júri Popular no Festival de Cinema de Gramado ainda está excursionando pelo mundo. Com roteiro de Gustavo Pizzi e Karine Teles, o drama agridoce de uma família cuja mãe segura todas as pontas conquistou o público, mostrando uma história que quase todo mundo vai se identificar. Vale muito conferir. No elenco temos Karine Teles, Adriana Esteves e Otávio Müller. Relembre nossa crítica de Benzinho.

O Banquete (Daniela Thomas)

Drica Moraes em uma atuação memorável

Verborrágico na última, lembra muito o que foi Deus da Carnificina (adptação de Roman Polanski). Mas aqui, com uma história muito brasileira. Todo rodado em um só cenário (um banquete), Daniela reuniu um elenco de ponta (com atuações monstruosas) para contar um recorte da política nacional em um momento “todos bebem enquanto o navio afunda”. Cinema de primeira grandeza. Com Drica Moraes, Caco Ciocler, Mariana Lima, Bruna Linzmeyer e Chay Suede. Relembre nossa crítica de O Banquete.

Talvez uma história de amor (Rodrigo Bernardo)

Matheus Solano: surpreendente.

Comédia romântica produzida pela Warner Bros. Pictures e dirigida por Rodrigo Bernardo, baseada no livro francês homônimo, de Martin Page. Talvez Uma História de Amor consegue ser engraçado, ao mesmo tempo que apresenta um romance único que foge do modelo popular e pode facilmente te levar às lágrimas. No elenco temos Matheus Solano, Thaila Ayala, Paulo Vilhena, Bianca Comparato, Totia Meirelles, Nathalia Dill, Juliana Didone, Gero Camilo, Marco Luque, Dani Calabresa e participação especial de Cynthia Nixon (Sex and The City). Relembre nossa crítica.

10 Segundos para Vencer (José Alvarenga Jr.)

Daniel de Oliveira se transformou no pugilista Eder Jofre

O filme que deu o Kikito de Melhor Ator para Osmar Prado (confira nossa entrevista com ele aqui) conta a bela história de um dos maiores boxeadores que o mundo já viu: Eder Jofre. E sim, ele é brasileiro. Uma história que precisava ser contada ganhou em Daniel de Oliveira a encenação de uma época marcante, onde o boxe não contava com quase nenhum glamour por aqui. O filme vai virar uma minissérie que será exibida em janeiro pela Rede Globo. Confira nossa crítica aqui. A Vigília Recomenda.

O Beijo no Asfalto (Murilo Benício)

Experimental, filme é todo em preto e branco

Um filme experimental que mescla teatro e cinema e a adaptação de uma obra de Nelson Rodrigues. O Beijo no Asfalto aborda o Rio de Janeiro nos anos 60, e como um jornal pode usar da fake news para vender seu produto. Em meio a história, Benício mesclou as reuniões de elenco, que contou com Fernanda Montenegro, Otávio Müller, Débora Falabella, Lázaro Ramos, Stênio Garcia e Augusto Madeira. Uma proposta diferente e com várias simbologias e que marcou a estreia de Murilo Benício como diretor. Confira nossa crítica completa.

O Doutrinador (Gustavo Bonafé)

O vingador mascarado que mata corruptos.

O Doutrinador, dirigido por Gustavo Bonafé (que vai aparece duas vezes nessa lista), adaptou para os cinemas brasileiros um anti-herói tupiniquim indignado com a corrupção e com a falta de ação do poder público. Baseado nos quadrinhos de Luciano Cunha, temos a história de um vigilante mascarado lutando para combater o que ele considera de pior da sociedade. O filme mostra que o Brasil pode fazer um cinema de ação competente (e bem violento até). A produção ainda servirá como origem para uma série do Doutrinador para o canal Space, que estreia em 2019. Relembre nossa crítica em vídeo de O Doutrinador.

Legalize Já: Amizade Nunca Morre (Gustavo Bonafé)

Ícaro Silva e Marcelo Góes como Skunk e Marcelo D2

O diretor de O Doutrinador, Gustavo Bonafé, somou forças com o colega Johnny Araujo para contar uma bela história da música pop brasileira: o início das carreiras do Planet Hemp e de Marcelo D2. E tudo isso só foi possível graças a amizade de D2 com o talentoso rapper Skunk (não confundir com a banda). Mesclando boas cenas musicais, humor e dramas familiares, Legalize Já: Amizade Nunca Morre foi uma das boas surpresas do ano. Relembre nossa crítica em vídeo. No elenco, Marcelo Goés, Ícaro Silva e Marina Provenzano.

Praça Paris (Lúcia Muriat)

Crueza em Praça Paris

A prova de que para ser violento, não precisamos de violência explícita. O filme conta a vida de duas mulheres: Camila (Joana de Verona), psicóloga que trabalha na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Glória (Grace Passô), sua paciente, que traz uma vida de complicações e histórias horríveis para as sessões. Crueza e dramas que com certeza vão ficar martelando em sua cabeça. Relembre nossa crítica completa.

Tinta Bruta (Filipe Matzembacher e Marcio Reolon)

Elenco e direção de Tinta Bruta premiados no Festival do Rio

Vencedor do Festival Internacional de Cinema do Rio, onde abocanhou as categorias Melhor Filme, Melhor Roteiro, Melhor Ator e Melhor Ator Coadjuvante, o filme teve estreia mundial no Festival de Berlim, onde levou o Teddy Awards. Aqui no Brasil ele estreou no início de dezembro (ainda dá pra correr pro cinema). Na história, Pedro é um jovem tímido que responde a um processo e após a despedida da irmã, sua única amiga, tem que lidar com as angústias e descobertas da própria sexualidade. Com essas peças Tinta Bruta apresenta uma mistura de arte e política. Confira nossa crítica completa.

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