AnimaçãoListasQuadrinhosSéries

Cavaleiros do Zodíaco: 7 motivos para assistir a Saga Hades na Netflix

A Saga Hades, famosa entre os fãs de Cavaleiros do Zodíaco por ter sido animada somente muitos anos depois do restante da série original, chegou à Netflix em setembro de 2019. Porém, dois anos depois, os episódios que marcam o final das aventuras de Seiya, Shun, Shiryu, Hyoga e Ikki deixarão o catálogo da empresa de streaming no próximo dia 14. Pensando nisso, a Vigília Nerd preparou sete motivos para você assistir esse arco, que possivelmente, não foi apreciado por muitas pessoas, que contemplaram apenas o que foi visto na TV Manchete, Band ou Cartoon Network.

Segue o fio!

1- Qualidade

A qualidade vai te deixar de boca aberta

Lançada inicialmente em 2002, 13 anos após a conclusão do anime clássico na Saga de Poseidon, a Saga Hades é dividida em três arcos: Santuário, Inferno e Elíseos, com essas duas últimas partes sendo lançadas em 2005 e 2008, respectivamente. Por serem relativamente “recentes”, esses episódios possuem uma qualidade infinitamente superior ao que foi visto nos anos 80 no Japão e nos anos 90 aqui no Brasil. Outro fator que contribuiu para isso foi o formato, que era em OVA, um tipo de modalidade voltada para o mercado de home video. Isso proporciona uma qualidade visual e investimentos maiores na hora da produção, afetando até mesmo na duração dos episódios. No caso da Saga Hades, a média dos episódios gira em torno de 24/25 minutos, contando apenas com o último da primeira parte com meia hora de duração.

2- Traço

A modernidade permitiu atualizar o traço do anime

Como citado anteriormente, esses novos episódios são marcados pelo ótimo traço, não tendo tanta disparidade entre um capítulo e outro. Na série clássica, era nítido o fato de termos mais de um animador responsável, criando algumas versões bem diferentes dos próprios personagens, que aumentavam e diminuíam o comprimento dos cabelos, a coloração das armaduras e até mesmo a anatomia do corpo. Nos OVAs, alguma mudança é sentida entre um arco e outro, mas em geral todos são muito parecidos. 

3- Trama praticamente fiel ao mangá

Não faltou nenhum momento importante

Tirando o arco do Santuário, no qual foram introduzidas mais cenas com a participação dos Cavaleiros de Bronze, o enredo apresentado nos OVAs é praticamente idêntico ao que foi visto no mangá criado por Masami Kurumada. Como a obra terminou de ser publicada aqui no Brasil em janeiro de 2003, pela Conrad Editora, assistir a esses momentos em formato de anime, vendo que foram fiéis até o final, tem um gostinho especial. 

4- Correções

Hyoga caolho e Shiryu cego: as coisas como deveriam ser

Depois do término da Saga de Poseidon, em 1989, tivemos no mesmo ano o filme Os Guerreiros do Armagedon. Assim como na série, foi retratado que Hyoga de Cisne não perdeu o olho esquerdo, diferente do mangá. Aqui, ele utiliza de uma faixa no olho, para esconder o ferimento, igualzinho ao que vimos nas páginas dos quadrinhos. Outro detalhe é a cegueira (mais uma) de Shiryu, que permanece após a batalha com o Senhor dos Mares e não como foi vista na série de TV. Se parar para pensar, os filmes só estavam alocados na linha do tempo da história de Cavaleiros do Zodíaco, mas não são canônicos. Há também correções nos flashbacks que aparecem aqui e ali, como cores de cabelos e formato de armaduras. Falando nas armaduras, as de Ouro mantiveram os designs do mangá, dando uma maior impressão de terem placas encaixadas e não uma mais com o aspecto “liso” que possuíam anteriormente. Elmos e outros detalhes também foram corrigidos, mantendo o mais próximo da obra original. Claro, na versão clássica é compreensível tais alterações, já que quanto mais detalhes, pior para animar, ainda mais naquela época. 

5- Trama diferente

Cavaleiros de Bronze e Ouro lutando juntos contra as Forças do Mal

Se você parar para pensar, geralmente a história apresentada em Os Cavaleiros do Zodíaco é tão básica, que contamos com quatro filmes praticamente iguais e as Sagas das 12 Casas, Asgard e Poseidon com praticamente o mesmo enredo: surge um deus ou inimigo com poderes inimagináveis, sequestra a Saori Kido e os Cavaleiros de Bronze vão ao seu resgate, lutando contra inimigos em combates um contra um e subindo em direção ao local da batalha final. Na Saga Hades temos algo mais dinâmico (mas ainda temos subidas de escadas na primeira parte), com todos os acontecimentos passados culminando para esse grande evento, como uma forma de revisitar a série. Além disso, as lutas não seguem um padrão tão convencional como anteriormente, tendo momentos de vários adversários contra um mesmo cavaleiro, aliados inesperados auxiliando os protagonistas, cavaleiros de Ouro e Bronze lutando lado a lado e uma participação maior e mais combativa da própria deusa Atena. Sem falar nos vários plot-twists e momentos emocionantes muito bem construídos, tanto em batalhas, como em pontos-chave para o desenrolar da trama. 

6- Maior destaque para outros personagens 

Shiryu e o Mestre Ancião preparados para a batalha

Mesmo que o nome original do anime seja Saint Seiya (foi na Europa que a série passou a se chamar Os Cavaleiros do Zodíaco), durante os acontecimentos da Saga Hades, temos espaço para que outros personagens brilhem também. Possivelmente Shun roube a cena com a grande revelação que ocorre em determinado momento da história (mas vamos segurar os spoilers caso você não tenha visto ainda). Shiryu também tem seu momento áureo ao encarar vários adversários de uma vez só e também nos deixa emocionados em todas as cenas em que divide tela com o seu mentor, o Mestre Ancião. Aliás, ele e os Cavaleiros de Ouro também ganham o seu devido valor aqui, o que fez mais tarde a Toei Animation apostar em um anime só deles, com Soul of Gold. Hyoga e Ikki encaram de igual para igual inimigos que possuem os maiores cosmos na história. Enfim, esses episódios provam que um anime não sobrevive apenas de seu protagonista.

7- Nostalgia

Meteoro de Pégaso!!!

Claro, não poderíamos encerrar a nossa lista sem falar na nostalgia que aflora em nossos corações todas as vezes que vemos esses personagens em tela. Assistir a um Meteóro de Pégaso; Corrente de Andrômeda; Cólera do Dragão; Pó de Diamante e um Ave Fênix com qualidade atualizada, se compararmos a versão clássica, é bom demais. A dublagem com as vozes originais, que fizeram os dubladores se tornarem celebridades pela primeira vez, também aquece a alma. 

Motivo extra

Não poderia encerrar a lista sem citar o tema de abertura, Chikyuugi, interpretado Yumi Matsuzawa. Confira o vídeo da cantora, cantando junto de Larissa Tassi, que dá voz a versão brasileira da música, que por aqui ficou com o nome de Pelo Mundo.

Enfim, sou suspeito ao falar sobre Os Cavaleiros do Zodíaco, mas por mais que a história tenha os seus inúmeros defeitos, acredito que Masami Kurumada se superou ao criar essa saga, que amarra muito bem uma trama, que poderia ter encerrado ali, mas que insiste em lançar derivados até hoje. Atualmente Kurumada publica o mangá Next Dimension, continuação direta da Saga Hades e que corrige o que foi apresentado no filme O Prólogo do Céu.

Os fãs de Cavaleiros do Zodíaco depois de 14 de setembro

Bom, mas depois de ler a nossa lista, corra pra Netflix e maratone os 31 capítulos da Saga Hades! Ah, lembrando que os 114 episódios do anime clássico ainda permanecem no catálogo da empresa de streaming mesmo após o dia 14.

Curtiu a lista? Compartilhe com os amigos e comente aqui embaixo! A Vigília Não Para!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *