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Caso Evandro: Podcast vai virar série dirigida por Aly Muritiba

Com a marca de 4 milhões de downloads, a temporada “Caso Evandro” do podcast Projeto Humanos, do AntiCast, narrado e produzido por Ivan Mizanzuk, vai virar série e também um livro.

O programa que detalha um polêmico caso de desaparecimento de Evandro Ramos Caetano, com 7 anos na época, na cidade de Guaratuba, no litoral do Paraná, no início dos anos 90, faz sucesso na internet e conta, até o fechamento desta matéria, com 23 episódios. A projeção é que chegue até 30 episódios.

O criador do podcast declarou, em entrevista à um site, que “almejava que fizesse sucesso, mas nunca imaginou que seria assim”

Mizanzuk começou a pesquisa para o podcast em 2015, quando começou a falar com colegas de profissão e outros jornalistas que cobriram o caso. No final de 2016, ele conseguiu acesso aos autos do processo na Justiça.

A série de televisão vai ser dirigida por Aly Muritiba (Ferrugem) e a previsão é de que a série tenha oito episódios. Segundo Muritiba, o trabalho de filmagem e montagem deve durar cerca de um ano. Mizanzuk contou que os direitos autorais foram vendidos à produtora responsável ainda antes do lançamento do podcast. 

Contudo, a plataforma em que o seriado será transmitido ainda não pode ser revelada, mas já está em negociação.

Caso Evandro

Também conhecido como “As Bruxas de Guaratuba”, o caso de desaparecimento do menino Evandro aconteceu em no dia 6 de abril de 1992, no trajeto entre a casa e a escola. 

Dias depois do sumiço reportado, um corpo foi encontrado em um matagal sem alguns órgãos e com pés e mãos cortadas. A Polícia Militar diz acreditar que a criança foi morta em um ritual religioso encomendado por Celina e Beatriz Abagge, esposa e filha, respectivamente, do então prefeito da cidade. Três pais de santo teriam participado do crime também. Os cinco confessaram o crime, mas todos alegaram que tinham sido torturados para admitir a morte e o ritual.

Com cinco julgamentos diferentes, o caso Evandro se arrastou por mais de 20 anos e entrou para a história. Um dos tribunais do júri realizou em 1998 foi o mais longo da história do judiciário brasileiro, durando 34 dias. Na época, as rés foram inocentadas porque não houve a comprovação de que o corpo encontrado era do menino Evandro. 

O Ministério Público recorreu e realizou um novo júri em 2011. Beatriz, a filha, foi condenada a 21 anos de prisão. Celina não foi julgada, porque já tinha mais de 70 anos, o crime já havia prescrito.

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