Blood Drive (Corrida Sangrenta) | Crítica
Qualidade nos efeitos especiais não é sinônimo das obras de selo do canal norte-americano Syfy. Ao menos não era! Com a popularização e atualização dos recursos gráficos e sonoros, cada vez mais os canais e produtoras se vêem obrigados a darem um upgrade nos seus materiais. E é isso que acontece nessa série trash-gore do canal dos nerds raiz. Corrida Sangrenta (Blood Drive no original) é uma ode a bizarrice, corpos decepados e sanguinolência sem pudor.

Em um EUA pós apocalíptico, há um show de televisão chamado Corrida Sangrenta, onde todos os jogadores munidos de automóveis tunados devem sobreviver e lutar entre eles, até chegar ao seu destino final. Aparentemente ilegal, a dupla policial da divisão de contracrime (nada específico, mas soa muito legal), Arthur (Alan Ritchson – o Raphael de Tartarugas Ninja e o Rapina da futura série dos Novos Titãs da DC) e Christopher (Thomas Dominique – Black Mirror) descobrem o esquema e são pegos pelos insanos competidores. Arthur recebe um disco de obediência (tipo Planeta Hulk ou o visto em Thor: Ragnarok) que frita ele com choques caso ele se separe da dupla dele, a linda Grace D’Argento (a espanhola Christina Ochoa) que também recebe o disco. Ele, um policial correto e disciplinado. Ela, uma assassina sem escrúpulos. Juntos eles devem participar da corrida… ou morrer. Christopher é sequestrado pela empresa Heart que pretende dominar o mundo (e parece ser responsável por tudo) e transforma ele em um ciborgue após perder o olho. Loucura pouca é apelido.

A dupla Grace-Arthur tem boa sintonia e luta cada um pelo seu propósito, de forma que seus conflitos ficam expostos, juntamente com a tensão sexual entre eles. Não há como se levar nada a sério, como logo de início, quando se descobre que todos os carros são movidos a sangue… (pelo menos é um combustível não poluente). Então, haja matança!
Eles vão parando em cada cidade e tendo desafios como monstros mutantes, cidades zumbi, ou inimigos robôs. Tudo isso com muita morte, sanguinolência e nenhum pudor.
Criado pelo faz-tudo (menos nada de destaque) James Roland, a série tem 13 episódios do mais puro grindcore, uma espécie de Mad Max escrito por Tarantino, que infelizmente não foi renovada para uma segunda temporada. Mesmo assim, isso não estraga o deleite do espectador, principalmente nos primeiros episódios onde somos apresentados aos personagens e a realidade onde se passa a série.

A bizarrice é tanta que alguns desafios da dupla policial-bonzinho/femme-fatale-maníaca são amazonas selvagens, uma doença que faz as pessoas transarem até a morte, e as Blood Drive Parties (festas quando chegam nas cidades) tudo organizado pelo afetado Julian Slink (Colin Cunningham – de Falling Skies) em uma ótima interpretação (até mesmo para o nível SyFy).
Enfim, se curte uma “sanguera”, palavrões e ideias bizarras sem limites, vai se divertir muito com essa série ainda sem previsão de estréia no canal brasileiro. Confira o vídeo abaixo:
You won't believe the insane grub this father-daughter duo is kicking up.This is Pixie Swallow Diner.
Posted by Blood Drive on Tuesday, June 20, 2017