B: The Beginning volta mais objetivo
Três anos depois, B: The Beginning volta à Netflix para mais seis episódios. Desta vez, com o subtítulo de Succession. Diferente do primeiro ano, em que a trama era um pouco confusa, possuía duas jornadas, dando a sensação de que estávamos assistindo a dois animes, bem como descrevemos em nossa crítica em 2018, agora todas as peças se encaixam e levam para um mesmo propósito, deixando tudo mais dinâmico.
Claro, saber que Keith Flick é o investigador gênio, que possui um passado trágico com a irmã e que ficou um tanto abalado com as revelações de Gilbert, no final da primeira temporada; que Koku é o adolescente com poderes criados em laboratório e que Lily é a policial alívio cômico da série já poupa um bocado de tempo. Mesmo assim, temos espaço para desenvolver um pouquinho a mais esses personagens.
Essa bagagem nos faz ir direto ao ponto agora: um velho conhecido de Koku sequestra Flick, obrigando o garoto a cometer crimes contra a realeza daquele país (que parece ser uma espécie de Espanha, principalmente pelas cores da bandeira). Além disso, Kirisame controla um grupo de seres com os mesmos poderes de Koku e que parecem ser mais fortes do que os Reggies que ele enfrentou anteriormente.
Basicamente o segundo ano de B: The Beginning é isso, com alguns plot-twists, regado a muitas batalhas, alianças inesperadas e planos mirabolantes de resgate. O fato de envolver todos os personagens em torno de uma mesma missão também torna o anime menos confuso e mais gostoso de acompanhar.
A animação do estúdio Production I.G, que desenvolveu o anime em parceria com a Netflix, continua impecável, caprichando ainda mais nas cenas de luta e coloração. Se formos apontar algum defeito seria a sua duração. No final temos um gancho para uma segunda parte, que se não for bem explorada, pode estragar o ritmo conquistado até agora. Em 2018 tivemos 12 episódios, mas a complexidade da mitologia da série exigia isso. Agora acredito que passaria do ponto repetir esse número. Nos resta aguardar.