Crítica

As Trapaceiras é um bom remake? | Crítica

Uma grande parte da produção visual lançada hoje em dia é um remake ou adaptação. As Trapaceiras, com direção de Chris Addison, também vem desse mesmo esquema. A pergunta que fica é: As Trapaceiras consegue ser um bom remake? O filme chega ao Brasil dia 25 de julho.

As Trapaceiras é um remake de Os Safados (1988), só que com protagonistas femininas. Mais ou menos o que aconteceu com Os Caça-Fantasmas. Acompanhamos a história de Josephine, interpretada por Anne Hathaway (Oito Mulheres e Um Segredo, 2018), e Penny, interpretada por Rebel Wilson (A Escolha Perfeita 3, 2017). Ambas são um tipo de estelionatário, dando golpes em homens ricos através de histórias bem ensaiadas. Elas se conhecem em um trem, na Riviera Francesa, e Josephine, que é completamente bem-sucedida nesse “ramo de trabalho”, considera Penny sua inimiga.

Esse jardim de frente para o mar é um dos cenários mais bonitos do filme

As duas entram nessa competição para ver quem consegue tirar uma fortuna do engenheiro Thomas Westerburg (Alex Sharp). Nesse ponto todo o plot já fica bem batido. Se você já assistiu Os Safados… ainda mais. Tudo é bem parecido, tirando o fato de ter sido modernizado e que as personagens principais são mulheres. Toda a parte de comédia corporal, tombos e essa dinâmica já bem conhecida das comédias dos anos 80 e 90 está presente no filme. As Trapaceiras não tenta se apoiar em diálogos ou na temática de “piadas inteligentes”, que normalmente cria comédias mais refinadas. É a mais pura exposição de “comédia boba”.

Os cenários abertos são incríveis, principalmente, a casa de Josephine. Tudo no maior estilo vilã e megera ao mesmo tempo, com diversos níveis, arte e até animais exóticos, mas muito bonito. Os cenários fechados são um pouco repetitivos, porque a maioria das cenas é gravada ou no hall de entrada da casa de Josephine ou no quarto de hotel de Thomas.

A pessoa parada no meio da imagem não é um mero acaso.

Vale a pena assistir As trapaceiras? Vale, é uma comédia bem leve e “bobinha”, com um humor que não precisa de muita interpretação para fazer rir. Porém, vá com as suas expectativas alinhadas: não há nada de novo ou grandioso. As Trapaceiras não é uma obra-prima da comédia ou um filme que vai ficar marcado como As Branquelas ficou mas, ainda assim, é engraçadinho.

Veredito da Vigilia


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