A Vilã: ação da Coréia do Sul para o mundo | Crítica

Começo essa crítica sendo direta: assista A Vilã! Ainda mais se você gosta de filmes de ação, games de realidade virtual, longas cenas de luta, muito sangue, algum drama, mulheres fortes e crianças fofas. O repertório é bom.

A Vilã, filme sul-coreano escrito e dirigido por Byung-gil Jung, tem tudo isso em uma história de vingança. A protagonista, Sook-hee (Ok-bin Kim), ao perder o pai na infância, passa a ser treinada para matar. Desenvolve diversas habilidades com o objetivo de encontrar o assassino do pai e dar um sentido a sua vida. Quando tudo dá errado, ela é recrutada por uma agência de serviços secretos, da qual não sabemos muito, mas que reúne mulheres talentosas para missões especiais.

A promessa é que, após 10 anos de serviço prestados, ela poderá seguir uma vida normal, criando a filha que carrega na barriga com segurança. Entretanto, o passado nunca nos deixa em paz, ainda mais nos filmes. O roteiro parece banal quando contado assim, se aproximando mais de uma novela mexicana do que de um grande filme, mas ele é apresentado de forma muito mais complexa, a partir de flashbacks misturados a cenas de ação de tirar o fôlego. Os movimentos de câmera deixam claro já no início que não se trata de uma produção qualquer. Em diversos momentos nos sentimos dentro do filme, a partir dos ângulos que lembram os games de tecnologia avançada que simulam a realidade.

O ponto negativo fica por conta de algumas sequências que acabam muito forçadas, com a protagonista enfrentando diversos homens ao mesmo tempo, mas que a atacam cada um de uma vez (respeitar a fila na hora da briga não dá né?). Já as cenas com sangue podem ser bastante angustiantes. Prepare-se, ele vai realmente espirrar.

Mesmo assim, A Vilã é um filme que vale muito o investimento pra assistir na sala escura. Não por acaso a produção foi super aplaudida quando foi exibida no Festival de Cannes deste ano.

A Vilã estreia em todo o Brasil no dia 23 de novembro.