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A polêmica do Remake dos Cavaleiros do Zodíaco

Desde a divulgação do primeiro trailer do remake em computação gráfica dos Cavaleiros do Zodíaco pela Netflix, na noite de sábado, dia 8 de dezembro, inúmeras polêmicas surgiram, principalmente entre os fãs. Isso porque no vídeo e em seus materiais de divulgação, tivemos a confirmação de algumas mudanças bem marcantes nesta nova adaptação. Vamos a elas:

  • Saori Kido se chamará Sienna;
  • Mestre Ancião não será mais “roxo”;
  • a história foi adaptada para os tempos atuais, e por isso teremos batalhas contra um tipo de exército que utiliza canhões e tanques de guerra;
  • Cassius provavelmente será um Cavaleiro Negro;
  • os cavaleiros de bronze terão as suas armaduras nos moldes da terceira versão (aquelas da Saga Hades) aparecendo sempre sem capacetes,
  • e a principal delas, que rendeu Trending Topic Mundial no Twitter: Shun será Shaun.

Isso mesmo amigos, Shun de Andrômeda será uma mulher no remake de Saint Seiya na Netflix. A mudança de gênero do personagem gerou inúmeros memes e fez até o perfil do escritor da nova história do anime, Eugene Son, ser bombardeado por uma enxurrada de otakus revoltados.

Son então explicou que desde o início a ideia era mudar algumas coisas, mas havia a necessidade de atualizar a série. Os conceitos fundamentais que tornam Saint Seiya amado são muito fortes e se mantém mesmo após 30 anos. A série sempre teve personagens femininas fortes e dinâmicas, mas era necessário ter uma protagonista mulher. Antigamente um grupo de homens lutando para salvar o mundo sem uma garota por perto era algo comum, o padrão da época. Se ele mantivesse isso nos dias de hoje, certo ou errado, o público poderia interpretar de maneira equivocada (ele cita até as garotas lutando no MMA).

O mundo mudou, garotos e garotas trabalhando juntos é o padrão agora. Eles se viram diante de uma situação: o que fazer? Não queriam transformar Marin ou Shina em Amazonas de Bronze, nem transformar Saori (que na verdade passará a se chamar Sienna), muito menos dar poderes para Shunrei e Miho (Minu no Brasil). Cogitou-se a possibilidade de criar uma nova personagem e adicionar ao grupo de Bronze. Mas ele vetou isso porque não seria algo natural, ela não teria personalidade, seria apenas uma menina inserida ali no contexto. Eles discutiram bastante e sabiam que o personagem Shun de Andrômeda é muito querido, mas chegaram a conclusão que seria interessante ter Andrômeda como mulher em uma nova interpretação. Ela agora, inclusive, se chamará Shaun. Quanto mais eles iam desenvolvendo, mais potencial eles viam na personagem. Os conceitos originais não mudaram: ela usa suas correntes para se defender, tanto para si mesma quanto para seus amigos, e aprendeu a lutar com seu irmão protetor. Os fãs mais antigos de Saint Seiya sabem o que acontece com Andrômeda com o progresso da série, então ele achou interessante apostar nisso, mesmo sabendo que era algo controverso. Até mesmo dentro da Toei Animation foi um tema controverso. As pessoas perguntavam: você tem certeza disso? E os criadores admitiram: foi uma escolha ousada.

O escritor diz entender que muitos fãs irão odiá-lo e pode até parecer um “tapa na cara”. Então se você é um fã e disser que esta série não é para você, ok, ele disse que vai entender e aprecia sua paixão por Saint Seiya. Quando Son era criança, estranhou uma mudança parecida na série Battlestar Galactica, que gostava, mas encarou, assistiu e gostou da nova interpretação. Ele acredita que este novo Saint Seiya será bem divertido e espera que os fãs assistam em 2019 na Netflix. Eugene Son termina dizendo que não está autorizado a responder as outras perguntas dos fãs, mas elas serão respondidas conforme o anime for sendo exibido.

E aí, o que você achou da polêmica e do trailer (reveja ele aqui)? Está botando fé? Deixe aí nos nossos comentários.

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