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A Noite do Jogo, o retorno da boa comédia | Crítica

Caso você tenha se sentido órfão de uma boa comédia nos últimos anos, provavelmente com “A Noite do Jogo”, o seu problema de abandono ou sentimento de falta será suprido. Com estreia dia 10 de maio, o filme dirigido pela dupla John Francis Daley (lembram do Sam de Freaks And Geeks?) e Jonathan Goldstein reúne os ingredientes necessários para um filme com ritmo, ação, reviravoltas, referências da cultura pop e momentos absurdos e muito divertidos. É uma produção caprichada nos detalhes e que vai te surpreender. Pode apostar.

A trama é direta, mas com várias nuances que valorizam personagens e viradas de roteiro. E tudo está muito bem temperado com um elenco que mostra sintonia, simpatia e o mais importante, vai te fazer rir mesmo em momentos bizarros. A história é comandada pelo casal protagonista. Jason Bateman (Ozark) é Max e Rachel McAdams (Doutor Estranho) é Annie. Dois jogadores dos mais competitivos que formam uma união sólida e que adoram convidar amigos para as clássicas noites de jogos (mas de tabuleiro, adivinhação, quiz, jenga, Jogo da Vida, Banco Imobiliário, essas coisas… nada de jogos de azar).

O casal formado por Jason Bateman e Rachel McAdams está perfeito!

Até aí tudo bem, até que o irmão mais velho, “bem-sucedido” e bonitão, Brooks (Kyle Chandler), chega para agitar a função. Completam a história toda os amigos Ryan (Billy Magnussen), Sarah (Sharon Horgan), Kevin (Lamorne Morgan, de New Girl), Michelle (Kylie Bunbury, Under The Dome) e o vizinho pra lá de estranho Gary (Jesse Plemons, de Breaking Bad e Black Mirror). Em uma ideia inovadora de jogo, Brooks contrata uma empresa de atores que realizam provas e jogos reais, mas seu passado vai fazer com que coisas ainda mais reais atrapalhem tudo, colocando os competidores em uma gincana contra bandidos e chefões da máfia.

Vizinho estranho? Temos! Gary é vivido por Jesse Plemons (Breaking Bad e Black Mirror).

Do início ao fim as piadas são bem divididas, mesclando situações normais que vão se desenvolvendo até o momento em que uma simples janta com os amigos se transforma em uma grande perseguição, com direito a tiros, sangue mortes inusitadas e outras forjadas. Um dos detalhes legais do filme é que várias transições de cenários mostram a cidade como uma grande maquete ou jogo de tabuleiro, que ao se aproximar dá a sensação de um brinquedo que se torna realidade (você vai adorar isso!). Além disso, o grupo escolhido para o filme está todo muito bem em suas interações. Todos eles ganham grandes piadas e momentos clássicos, daqueles que você sai do cinema fazendo questão de comentar. Principalmente Rachel e Bateman e o sinistro Plemons. Há também uma cena inteira sem cortes, envolvendo todos os protagonistas, que mais parece uma sequência vista em filmes de ação, daquelas em que todo o cenário é explorado e a ação é muito bem coreografada.

Uma cena besta, mas sensacional, com o casal Ryan (Billy Magnussen) e Sarah (Sharon Horgan).

Vale lembrar que os diretores de A Noite do Jogo também são os responsáveis por Quero Matar Meu Chefe, e assinam roteiros de comédias como Férias Frustradas e o blockbuster Homem-Aranha: De Volta Ao Lar (2017). Mas com A Noite do Jogo, eles devem se consolidar ainda mais. Principalmente com a clássica possibilidade de uma continuação.

Separe a pipoca e o refrigerante. A Vigília recomenda!

Veredito da Vigilia

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