A lista definitiva dos filmes de Rock

Rock e cinema sempre fizeram uma mistura interessante. Mesclando dramas, aventuras, sucessos, fracassos, comédias, ficções originais, trash e até terror, as duas artes estão sempre se reencontrando. Por isso, no dia 13 de julho, o Dia do Rock, elencamos os filmes que melhor encarnaram esse espírito ao longo dos anos.

Confira e salve nos favoritos, muitos deles podem estar no seu serviço de streaming favorito!

A Encruzilhada (1986)

Lembra do Karatê Kid? Pois o talento de Ralph Macchio não se limitou aos exercícios do Sr. Miyagi. No filme A Encruzilhada ele encarnou Eugene Marton e contracenou com Joe Seneca, que vive Willie Brown. Ele vendeu sua alma ao diabo para se tornar um astro do blues, mas acaba se arrependendo do trato. De quebra, ainda temos o lendário guitarrista Steve Vai mostrando todo seu talento em um duelo com o eterno “Daniel San”. Já fez parte do catálogo da Netflix, mas saiu. A direção é de Walter Hill (Ruas de Fogo).

The Runaways – As garotas do Rock (2010)

Não se deixe influenciar pela adaptação do nome na versão brasileira. A história da lendária banda setentista The Runaways é contada de forma interessante, com um elenco bem conhecido dos filmes pop. Kristen Stewart é Joan Jett, Dakota Fanning vive Cherie Currie, Stella Maeve é Sandy West, e Scout Taylor-Compton é Lita Ford. Michael Shannon vive Kim Fowley. E claro, a trilha sonora marcante está por todo o filme. A direção é de Floria Sigismondi, que tem um vasto currículo no meio musical.

The Beatles: Get Back! (série, Disney+)

Peter Jackson – que dispensa apresentações – colocou a mão em um rico material dos Beatles. E com o material interminável, criou The Beatles: Get Back é uma série documental em três partes que proporciona ao público uma visão privilegiada das sessões de gravação da banda em um momento definitivo na história da música. Jackson foi o único em 50 anos a ter acesso a um acervo particular com mais de 150 horas de áudio e mais de 60 horas de cenas registradas em janeiro de 1969 por Michael Lindsay-Hogg. O documentário mostra, pela primeira vez na íntegra, a inesquecível última apresentação da banda, no topo do edifício na Rua Savile Row de Londres, e outras canções e composições clássicas que vieram a fazer parte dos dois últimos discos que a banda lançou, “Abbey Road” e “Let it Be”.

Ps: é uma série, mas abrimos uma exceção pra essa lista!

Quanto mais idiota melhor 1 e 2 (1992 e 1993)

Saindo direto da esquete do Saturday Night Live, os atores e humoristas Mike Myers (aka Austin Powers) e Dana Carvey criaram uma legião de fãs roqueiros ao redor do mundo com os grandiosos filmes “Quanto mais idiota melhor” (1 e 2). Do porão de casa, eles apresentam um programa musical. De quebra, resgataram “Bohemian Rhapsody” do Queen na cena clássica dentro do carro, que veio futuramente render uma piadela em Bohemian Rhapsody (o filme de Bryan Singer de 2018, mais adiantes nessa lista) em uma ponta do próprio Mike Myers. Um clássico da comédia dos anos 90 cheio de participações especiais, e claro, rock’n roll na trilha sonora.

Escola de Rock (2003)

Outra comédia cheia de música e referências ao mundo do rock. Desta vez, calcada em muito AC/DC. Jack Black é um músico frustrado que se faz passar por professor e acaba levando uma turma de crianças para um desafio de rock. O filme é um verdadeiro deleite. A direção é de ninguém menos que Richard Linklater da excelente trilogia “Antes do Por do Sol”, e do recente Boyhood: da infância à juventude.

Impossível não lembrar da apresentação da turminha…

que se reencontrou em 2015 e mandou ver no AC/DC novamente!

Quase famosos (2000)

Imperdível. O filme de Cameron Crowe é uma verdadeira homenagem cinematográfica ao mundo do rock e seus bastidores. É também basicamente uma autobiografia do próprio Crowe, que na época em que era um estudante do high-school teve a oportunidade de escrever para a Rolling Stone e acompanhar a turnê inteira de uma banda. No elenco temos Anna Paquin, Zooey Deschanel, Jason Lee, Kate Hudson e Frances McDormand (Três Anúncios para um Crime).

Bohemian Rhapsody (2018)

A biografia da maior banda de rock de todos os tempos chegou e agradou muito ao público. Com várias adaptações e liberdades artísticas em relação à vida real, a história de Freddie Mercury, Roger Taylor, Brian May e John Deacon chegou com um musical bem feito, mas muito chapa branca. Teve vários problemas de direção em função das acusações de abuso junto ao diretor Bryan Singer, e acabou sendo finalizado por Dexter Fletcher (Rocketman). Mesmo assim, ganhou Oscar por Melhor Edição de Som, Mixagem de Som, Edição e Melhor Ator, para Rami Malek.

Relembre a nossa crítica de Bohemian Rhapsody.

Tenacious D e a palheta do destino (2006)

Mais um filme do figurão Jack Black. Ele e seu amigo Kyle Gass, ou só KG, são (novamente) dois músicos frustrados que acabam enfrentando o Demônio (encarnado por Dave Grohl, do Foo Fighters) em uma batalha cheia de loucuras, non-sense, rock, hard e heavy metal. Entre as participações especiais estão Ronnie James Dio (1942-2010), Tim Robbins e Ben Stiller. Recomendamos também a trilha sonora original do filme!

Elvis (2021, HBO Max, Baz Luhrmann)

Duas horas e quarenta minutos de filme. Depois disso, se você não se afeiçoar a Elvis e uma importante página da história do rock, bom, aí você pode deixar essa lista. Não tem problema. No filme, o diretor Baz Luhrmann (O Grande Gatsby e Moulin Rouge) faz até aqueles que não são grandes fãs do cantor, saírem em êxtase. Relembre nossa crítica completa aqui!

The Dirt – Confissões do Mötley Crüe (2019)

A banda de hard rock de Los Angeles ganhou uma biografia em livro que foi adaptada para as telinhas (como um original da Netflix). Drogas, sexo, intrigas e mortes rondaram a história da banda. O filme é divertido e cheio de referências ao mundo do rock, com interpretações de atores vivendo David Lee Roth e Ozzy Osbourne. Vince Neil  é vivido por Daniel Weber, o guitarrista Mick Mars é Iwan Rheon, o baixista Nikki Sixx é interpretado por Douglas Booth e o baterista Tommy Lee pelo rapper Machine Gun Kelly. Leia nossa crítica completa The Dirt aqui.

Isto é Spinal Tap (This is Spinal Tap, 1984)

Aqui temos um documentário sobre uma banda fictícia chamada Spinal Tap. Dirigido por Rob Reiner, é um clássico da mescla rock e cinema, de 1984. Uma grande sátira ao comportamento e ambições dos músicos da época, principalmente do escopo do glam, hard rock e metal. O legal é que todos os atores e intérpretes da banda realmente tocaram e cantaram as músicas. É considerado até mesmo um marco no cinema.

Rocketman (2019)

O musical de 2019, também assinado por Dexter Fletcher, conta a história completa de Elton John. Colorido, vibrante, e muito mais honesto que Bohemian Rhapsody, apenas fica devendo no quesito “peso”. Mas vale cada segundo. Leia a nossa crítica completa aqui.

The Wonders, o Sonho não acabou (1996)

Escrito e dirigido por Tom Hanks, The Wonders traz a história de uma pequena banda da Pensilvânia desde sua formação até o estrelato e seu término, em uma espécie de paralelo com Os Beatles. No elenco temos Liv Tyler, Steve Zahn e Charlize Theron. Diversão garantida e um hit para uma vida inteira até mesmo fora das telas.

A Fera do Rock (Great Balls of Fire, 1989)

Com Dennis Quaid, Winona Ryder e Alec Baldwin, temos aqui outra biografia da vida e da carreira do controverso astro do rock Jerry Lee Lewis. Ou seja, puro rock’n roll.

Across the Universe

Um musical como poucos com a obra da maior banda de rock: Os Beatles. O filme dirigido por Julie Taymor (Frida) é algo caprichado. Um quase primor de adaptação de roteiro, letras e história. Tudo isso em uma trama que mescla os Beatles com a Guerra no Vietnã. No elenco temos Rachel Evan Wood (Westworld) e Jim Sturgess (Berlim, Eu te Amo), Salma Hayek e até uma participação de Bono Vox, do U2.

Alta Fidelidade (2000)

Essa é uma dica mais ‘cult’. Stephen Frears dirige Alta Fidelidade, um filme que respira música. John Cusack é Rob, um dono de uma loja de discos obcecado por listas. Quer melhor que isso? Muitas listas dentro de uma lista. Pra variar, temos Jack Black envolvido novamente.

Rock of Ages: O Filme (2012)

Baseado no musical da Broadway, o filme de Adam Shankman traz toda a cor e a vida do hard rock dos anos 80, e de quebra, uma história clássica da menina que vai para a cidade grande perseguir seus sonhos. Embora seja bem produzido, não chega a acrescentar muito para a vida. No elenco temos Julianne Hough, Diego Boneta, Alec Baldwin, Catherine Zetha-Jones, Tom Cruise, Russel Brand e até mesmo Bryan Cranston.

Sing Street: música e sonho (2016)

Mais uma obra cheia de referências e excelente para se assistir (tem no catálogo da Netflix). Esse longa conta a história de um rapaz crescendo em Dublin nos anos 80. Para impressionar uma garota, ele monta uma banda que mescla The Cure, A-ha, entre outras do gênero. Vale assistir e depois curtir toda a trilha sonora original. O diretor é John Carney de obras excelentes como “Apenas Uma Vez” e “Mesmo Se Nada der Certo”. Diversão garantida. Você pode curtir nossa crítica completa de Sing Street aqui.

Sem Destino (Easy Rider, 1969)

Clássico dos clássicos. Um filme que não pode faltar na vida de um cinéfilo que se preste. Dirigido e protagonizado por Dennis Hopper, é um símbolo de uma época inteira. Com motociclistas que cruzam os Estados Unidos, teve seu roteiro escrito a medida que a produção progredia, e é um dos maiores road-movies de todos os tempos. Com Peter Fonda e Jack Nicholson, Sem Destino cravou a música Born to be Wild na memória do rock e do cinema.

O garoto de Liverpool (2009)

Uma crônica da história dos primeiros anos de música de John Lennon, focado na sua adolescência e vida pré-Beatles. O filme mostra inclusive o momento em que ele conheceu o companheiro de banda Paul McCartney. O que destoa de tudo é que Lennon é vivido por Aaron Taylor-Johnson. Não por acaso, o longa foi dirigido por sua esposa Sam Taylor-Johnson.

Detroit Rock City (1999)

Mais um filme de comédia no estilo Sessão da Tarde. Quatro amigos se rebelam contra os pais e decidem a todo custo viajar para assistir ao show do Kiss. Mas é claro, seus pais e várias pessoas no caminho vão fazer de tudo para atrapalhar a trip. Um dos protagonistas é Edward Furlong, também conhecido como o John Connor de O Exterminador do Futuro 2.

O Pior Trabalho do Mundo (2010)

Alerta de comédia pastelão na lista. Uma gravadora contrata uma espécie de empresário (Jonah Hill) para administrar um incontrolável astro do rock britânico (Russel Brand). Além da vibe rockstar do filme, temos participações especial do baterista do Metallica, Lars Ulrich, Pink, Christina Aguilera, e uma ponta de Elizabeth Moss (The Handmaid’s Tale).

La Bamba (1987)

A história real da ascensão da estrela do rock Ritchie Valens, que morreu aos 17 anos após um acidente de avião que vitimou também Buddy Holly e Big Bopper. Basicamente é a história que cunhou o dia 13 de julho como dia do Rock.

Tommy (1975)

A seminal obra baseada na música Pinball Wizard, do The Who. Um garoto surdo, cego e com problemas mentais se transforma em um grande jogador de pinball. Psicodelia total com assinatura e participação de todo o The Who.

Rock Star (2001)

Outra obra que bebe direto da vida real para contar uma história incrível do showbizz. Desta vez com Mark Wahlberg e Jennifer Aniston no centro de tudo. O filme foi inspirado na trajetória de Tim “Ripper” Owens, que se tornou o substituto do lendário Rob Halford no Judas Priest, de 1996 até 2003. O longa tem a participação especial de Zack Wylde e Jason Bonham. 

Não estou lá (2007)

O projeto do diretor Todd Haynes (Carol, 2015) coloca no foco a vida de Bob Dylan, que é interpretado por vários atores em diferentes fases. No elenco temos Christian Bale, Cate Blanchett, Heath Ledger e Richard Gere.

Os Cabeças de Vento (1994)

Quem é maior, Lemmy ou Deus? Se você sabe a resposta então com certeza já assistiu ao filme Os Cabeças de Vento (Airheads), que tem várias atrações. No elenco temos Chazz (Brendan Fraser de A Múmia), Rex (Steve Buscemi, de Fargo e Cães de Aluguel) e Pip (Adam Sandler, dispensa apresentações). Eles formam uma banda, e para fazer sucesso, acabam sequestrando uma rádio ao vivo para poder mostrar suas canções. Comédia que vale a pena ver. Ainda mais se você não sabe a resposta da pergunta feita na primeira frase. A direção é de Michael Lemman (40 dias e 40 noites) e tem o falecido Chris Farley no elenco. Ah, vale registrar ainda que esse mesmo fato ocorreu anos depois em uma emissora de rádio no Rio Grande do Sul.

Vida de Solteiro (1992)

Mais um filme de Cameron Crowe (Quase Famosos). Mas desta vez temos um grupo de amigos vivendo a era do auge do grunge em Seattle.

Kiss contra o Fantasma do Parque (Gordon Hessler, 1978)

Falamos que ia ter filme trash, não é mesmo? Pois é, esse é o tipo de produção que você só não se arrepende de ter feito porque consegue achar engraçado depois. Basicamente é um filme do Kiss baseado nos quadrinhos da Marvel na época, onde eles se tornaram heróis. Delicie-se com o trailer:

Deathgasm (2015)

Um terror comédia cheio de heavy metal. Esse com uma produção mais caprichada, mas também com um pézinho no trash. É divertido ao ponto de você reservar um tempinho. Pena que saiu da Netflix.

Jovens Loucos e Rebeldes (1993)

Olha o diretor Richard Linklater nesta lista novamente. Jovens, Loucos e Rebeldes se passa no final dos anos 70, época do rock, do amor livre e das inspirações mais ácidas (literalmente falando). Neste quase clássico, temos a velha história dos estudantes do high school desfrutando do seu último dia na escola. E claro, a trilha sonora rouba a cena.

Dois Loucos na noite (1994)

Na época das videolocadoras você veria estampado na capa de Dois Loucos na Noite a seguinte frase: “Melhor que ‘Jovens, loucos e rebeldes’”. Pois é. A aventura é parecida com o filme anterior, mas a saga é de dois jovens pela noite com a missão de “conquistar” as suas garotas. A trilha é puro rock ‘n roll.

O roqueiro (2008)

Rock e comédia parecem realmente se atrair. Mas a história de O Roqueiro (The Rocker) é original e divertida. Rainn Wilson (Super, The Office) é um baterista de uma banda de rock pesado, que acaba chutando ele pouco antes do grande sucesso do grupo. Mesmo traumatizado ele nunca desiste da vida de rock, e anos mais tarde se reúne com uma galera da “nova geração”, para retomar o posto que lhe foi tirado. Tem no elenco Christina Applegate, Emma Stone, Will Arnett e Bradley Cooper. A direção é de Petter Cattaneo (Unidas pela Esperança). Vale a pena conferir.

Hysteria – A história do Def Leppard (2001)

Outra biografia do rock mundial que vale a pena conferir. O longa dramatiza os primeiros anos do Def Leppard, sua escalada ao sucesso, suas tragédias, o acidente que acabou custando o braço do baterista Rick Allen e o vício em álcool do guitarrista Steve Clark.

Pink Floyd: The Wall (1982)

Não precisa falar muito. A obra assinada por Alan Parker é um marco na indústria musical e do ramo audiovisual dos anos 80.

The Doors – o filme (1991)

Oliver Stone coloca seu talento à disposição da biografia da banda The Doors e seu lendário líder, Jim Morrison. O vocalista é interpretado de forma magistral por Val Kilmer. Inclusive o pôster do filme parece replicar sua silhueta à imagem e semelhança do falecido artista. O filme trata da história dos Doors desde a ascensão nos anos 60 até a trágica morte de Jim Morrison. O longa ainda conta com Meg Ryan no elenco.

E aí, curtiu a lista? Que outras obras deveriam fazer parte dela? Deixe pra gente nos comentários!