A Casa Sombria mistura sobrenatural e realidade com muito suspense
A Casa Sombria é a aposta de terror e suspense da Searchlight Pictures (antiga Fox) que chega aos cinemas brasileiros no dia 23 de setembro. Nele, balançada com a morte inesperada de seu marido, Beth (Rebecca Hall, Um dia de Chuva em Nova York) precisa lidar com a perda e enfrentar seus próprios demônios para poder seguir em frente. A casa a beira do lago, onde vive, reserva vários mistérios, tanto para ela, quanto para o espectador.
Desde o início acompanhamos o quebra-cabeça muito bem elaborado pelos roteiristas Ben Collins e Like Piotrowski (Super Dark Times), onde pouco a pouco a história vai ganhando ares de suspense. O que parecia “apenas” uma tragédia, acaba se tornando algo muito mais profundo.
A jornada começa com a protagonista lidando com seus pesadelos e tentando entender o que levou Owen (Evan Jonigkeit) a cometer suicídio. Enquanto tenta seguir a vida em frente, seguindo o conselho da amiga Claire (Sarah Goldberg), Beth separa as coisas do marido, e acaba encontrando a planta da casa, construída por ele, com rascunhos estranhos. A partir daí, toda vez que tenta dormir, algo sobrenatural acontece, sinais, fantasmas, sussurros.
O filme vai ficando mais tenso a medida que alguns segredos começam a vir a tona sobre Owen. Beth fica incomodada ao descobrir que talvez não conheça tão bem assim a pessoa com quem foi casada por 14 anos. A memória de um marido fiel e companheiro acaba ficando ainda mais turva quando, ao vasculhar o celular dele, ela descobre fotos de mulheres misteriosas. E para deixar tudo ainda mais estranho, todas elas são muito parecidas com a própria Beth.
Beth então resolve ir a fundo. Ela vasculha a casa inteira a procura de respostas. Durante uma trilha pela mata ao redor de casa, acaba encontrando uma casa misteriosa.
Seu vizinho Mel (Vondie Curtis-Hall), depois de muita insistência, acaba lhe contando outros segredos do seu marido.
Nesse momento tudo começa a vir à tona, e a investigação de Beth nos leva a uma jornada sombria, onde descobrimos que “a morte” cobra suas dívidas e elas não são fáceis de serem pagas.
Através de um bilhete deixado por Owen, começamos a entender tudo que levou seu cruel e apaixonado marido a cometer crimes horríveis, em nome de uma “força maior”, para proteger sua amada.
A trama envolve muito mistério, alucinações, pesadelos e vários toques de um suspense psicológico. Em alguns momentos não sabemos o que é real, o que é alucinação da protagonista, mas tudo é muito bem construído.
A direção de A Casa Sombria é de David Bruckner (O Ritual). O time criativo inclui os produtores David Goyer, Keith Levine e John Zois, a diretora de fotografia Elisha Christian, a designer de produção Kathrin Eder e a figurinista Samantha Hawkins.
Particularmente, falar de terror e suspense talvez não seja a minha praia, por um motivo muito claro: eu não gosto. Mesmo assim, posso afirmar que A Casa Sombria é um ótimo filme, que prende do início ao fim. Há muito tempo não levava sustos (vários deles) no cinema.
A Vigília Recomenda!