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A Barraca do Beijo 2 | Crítica

Filmes adolescentes que se passam em escolas nos são apresentados desde sempre na cultura pop. A Barraca do Beijo 2, assim como o primeiro filme da série, segue nesse mesmo padrão, com a boa e velha vida escolar do High School norte-americano, o verdadeiro “american dream” de muitas pessoas. Clichezão mesmo.

E essa continuação não chega a ser um grande trunfo, visto que a Netflix já se notabiliza pelo excesso de produções medianas. A Barraca do Beijo 2 já chega mostrando como a protagonista Elle (Joey King) está lidando com o fato de seu grande amor ter ido para a faculdade. Na clássica premissa de que o relacionamento terá que funcionar (será?), mesmo a distância. Ela busca dar espaço para que Noah (Jacob Elordi) tenha ao máximo todas as experiências, sem pressioná-lo, ou de certa forma, amarrá-lo nesta nova fase da vida. Elle então começa um podcast com seu melhor amigo Lee (Joel Courtney) e tenta encontrar maneiras de lidar com a distância.

A volta ao último ano dos protagonistas no ensino médio nos apresenta um novo super popular da escola, óbvio. Aquele temperinho para mexer com os personagens.

Como Noah foi para a faculdade e o tempo de tela dele seria pouco, Marco (Taylor Perez) assume o papel de galã do colégio, vindo transferido para fazer o último ano.

As novas adições ao elenco cumprem bem os seus respectivos papéis. A trilha sonora pouco acrescenta, sendo usada nos “momentos de reflexão”, que poderiam ser facilmente eliminados do filme.

Voltado para uma audiência despretensiosa e disposta a se divertir sem parâmetros e expectativas, a continuação tem sua maior falha em seu tempo de duração, que estica uma narrativa tão simples e fácil de ser resolvida para pouco mais de duas horas. A liberdade de se trabalhar com a Netflix tem dessas, às vezes o trabalho de edição acaba ficando de lado. Beirando o repetitivo e o cíclico, A Barraca do Beijo 2 se perde em si mesma, se empolga demais nos dilemas dos seus próprios personagens e depois tenta resolvê-los em uma fração de minutos.

E a continuação de A Barraca do Beijo 2 não passa disso. Utilizando de uma série de clichês desde os primeiros momentos do filme, você consegue tranquilamente apostar em qual rumo a história irá levar, pois ela usa de padrões que já vimos em centenas de outros filmes: o amor que tenta superar a distância de um dos integrantes, o garoto novo que aparece roubando a cena e mexendo com a protagonista, os dois amigos que tem o recorde batido em seu jogo supremo que, se você analisar por cinco segundos, já consegue saber quem é o responsável por bater.

Com seu próximo capítulo já confirmado (inclusive já foi filmado, como na cena já lançada ali em cima) pela Netflix, o longa fica dentro dos “padrões do algoritmo”, que com certeza vai atingir o público-alvo, mas que não será muito além disso.

Veredito da Vigilia

Zeh Marquez

Apaixonado por e-Sports e estudante de Publicidade e Propaganda.

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