Segundo dia do 50º Festival de Cinema de Gramado teve comédia, curtas e homenagens | Dia 2
Depois da noite de abertura, o 50º Festival de Cinema de Gramado seguiu movimentando o que há de melhor no cinema brasileiro.
Confira aqui os principais destaques:
Durante a manhã, a sala de debates recebeu os autores e atores dos curtas “O Fim da Imagem” e “Deus Não Deixa”, além dos longas “A Mãe” e “La Pampa”, todos exibidos na noite anterior.
A equipe de “A Mãe” se emocionou ao falar do longa. A escolha de Marcelia Cartaxo como protagonista foi elogiada pela imprensa e a atriz, em seguida, comentou sobre a importância da mensagem desse trabalho, de trazer essa dura realidade de muitas mães de periferia. A equipe também comentou sobre essa visão de um espaço da nossa sociedade em que a ditadura parece ainda não ter acabado e sobre como o personagem de Valdo, o filho desaparecido da mãe Maria, de Marcelia, representa vários filhos do Brasil.
Na parte da tarde, eventos muito especiais, como o primeiro dia de exibições dos Curtas-Metragens Gaúchos, com oito exibições de obras do Rio Grande do Sul.
Paralelamente, houve uma coletiva de imprensa, em que Marcos Santuario, curador do Festival, recebeu com Marcos Palmeira, que mais tarde no mesmo dia viria a ser homenageado com o Troféu Oscarito, honraria concedida desde 1990, por seus mais de cem trabalhos, incluindo cinema, televisão e teatro.
Tanto na coletiva, quanto no palco, durante a homenagem, Marcos trouxe falas impressionantes sobre a sua carreira, dizendo sentir que “ela está somente começando” e sobre a emoção de ganhar esse prêmio, que também fora dado a seu pai, anos atrás. Palmeira, que é intensamente envolvido com causas sociais e ambientais, contou para a imprensa sobre como quase não virou ator, apesar de contar com diversos artistas na família. Ele relembrou o início de sua jornada, quando antes mesmo de atuar, já trabalhava em uma produtora de cinema, passando por diversos setores, como atendimento e iluminação.
Confira nossa matéria especial sobre a homenagem e a história de Marcos Palmeira!
Na parte da tarde, na programação paralela, ocorreu o lançamento dos livros “Um Certo Cinema Gaúcho de Porto Alegre” de Boca Migotto e “50 Olhares da Crítica Sobre o Cinema Gaúcho” da Associação de Crítiticos de Cinema do Rio Grande do Sul (ACCIRS).
Um ponto importante a comentar sobre essa edição do Festival, é que ela conta com ferramentas de audiodescrição das obras exibidas no Palácio dos Festivais, promovendo a acessibilidade da cultura para a nossa sociedade.
A segunda noite da Mostra Principal
Na parte da noite, tivemos os curtas nacionais “O Último Domingo”, de Joana Claude e Renan Barbosa Brandão, e “Benzedeira”, de Pedro Olaia e San Marcelo. Já nos longas metragens, primeiro houve a exibição do nacional “O Clube dos Anjos”, dirigido pelo estreante Angelo Defanti, baseado na obra homônima de Luis Fernando Veríssimo. Em seguida, o uruguaio e argentino “9”, de Martín Barrenechea e Nicolás Branca chegou na telona do Festival.
No palco, a equipe e o elenco de “O Clube dos Anjos”, exaltaram a democracia, a importância da cultura e do Festival de Cinema de Gramado. O diretor, Angelo Defanti, também fez questão de salientar que, mesmo se tratando de um filme sobre gula e comida, a fome no Brasil precisa ser debatida.
O 50º Festival de Cinema de Gramado segue até 20 de agosto e a Vigília Nerd está conferindo tudo direto da Serra Gaúcha. Cola por aqui!
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