CríticaSéries

13 Reasons Why: segunda temporada | Crítica

Sucesso entre os jovens, a série original da Netflix, 13 Reasons Why, inspirada no livro Os 13 Porquês, de Jay Asher, que em sua primeira temporada deixou todos com gostinho de “quero mais”, ganhou sua segunda temporada.

Para os desavisados, 13 Reasons Why conta a história de Hannah Baker (Katherine Langford), uma menina que se suicidou, e dos colegas da Escola Liberty, onde ela estudava. Na primeira temporada, o foco eram as fitas que ela deixou, contando os porquês de ter cometido suicídio. Porém, nessa segunda temporada, nos aprofundamos na história e vários elementos novos vão surgindo durante o julgamento e todo o processo movido pelos pais de Hannah contra a escola.

Antes da segunda temporada de 13 Reasons Why começar, já somos impactados com um vídeo dos atores da série falando que o conteúdo que vem à seguir trata de suicídio, estupro, violência, entre outras questões. E, caso você tenha alguma tendência suicida, eles não recomendam que você assista a série, mas que procure ajuda no site https://13reasonswhy.info.

A grande novidade nesta temporada é poder ver as histórias que Hannah citou nas fitas pelo ponto de vista de quem estava com ela, mostrando que a menina pode ter, muitas vezes, uma vontade de vingança ou uma interpretação errada dos fatos. Inclusive, quando falávamos na primeira temporada que esta seria uma série para todos perceberem que influenciaram na morte dela, esse “todos” inclui, inclusive, os pais de Hannah. Olivia Baker (Kate Walsh), muitas vezes, é absurdamente cruel com a filha e fala palavras duras. Porém, tudo que ela quer é culpar a escola com o que aconteceu com a filha e, em uma das cenas em que ela percebe que poderia fazer mais, nós também nos emocionamos.

Dentre os personagens, podemos dar destaque para Clay (Dylan Minette), Jessica (Alisha Boe) e Tyler (Devin Druid). Passados cinco meses do ocorrido, Clay continua obcecado por justiça, tanto que não consegue tocar a sua vida normalmente, nem engatar um romance com uma menina que parece bem interessada. Clay apronta tanto para saber o que aconteceu com Hannah que chega quase a destruir a empatia que temos por ele. Inclusive, ele começa a ver o espiríto de Hannah em todos os lugares e começa a conversar com ela. Porém, a atuação de Dylan Minette não melhorou praticamente nada, infelizmente.

Clay começa a ver Hannah em todos os lugares!

Jessica, que foi abusada e se sente realmente culpada pelo que aconteceu com Hannah, está claramente em foco nessa segunda temporada. Podemos ver que seu trauma é profundo e deixou tantas marcas, que nos solidarizamos com ela. Junto com Kate Walsh, Alisha Boe tem uma das melhores atuações da série. E Tyler, de todos os treze, é definitivamente, quem mais ficou impactado com tudo que aconteceu. Se você ainda não assistiu, saiba que ele vai te surpreender e você vai torcer por ele.

Jessica foi um dos grandes destaques desta temporada.

A fotografia, os jogos de câmera e a trilha sonora alternativa tão presentes em filmes com essa temática adolescente, continuam marcantes em 13 Reasons Why. E sobre a produção (alô, Selena Gomez), não temos o que nos queixar. Realmente, o que peca é o enredo.

Com cenas mais brutais do que as apresentadas na primeira temporada, os novos capítulos parecem não ter um enredo suficiente para amarrar 13 episódios com média de cinquenta minutos. A trama fica arrastada, repetitiva, e, muitas vezes, nos faz pensar que não saiu do lugar. O maior diferencial desta temporada é que percebemos que as histórias têm dois lados e que (quase) todo mundo tem coração e se arrepende das suas ações. Caso você tenha assistido a primeira temporada e ficou com dúvidas, alertamos: nesta temporada você ficará com ainda mais questionamentos. Aguardamos então … uma terceira temporada.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *